A Noiva Do Mafioso

Prólogo - A revelação

Eu observava a luz do sol se filtrando pelas cortinas, lançando uma suave luminosidade no ambiente. O ar estava carregado de tensão enquanto eu caminhava pela sala em direção ao meu pai, Alejandro Martinez, que estava sentado em sua poltrona favorita. Seus ombros estavam curvados, e eu podia ver a sombra de tristeza em seu rosto envelhecido. Sabia que precisava enfrentar uma conversa difícil, uma revelação que mudaria tudo.

— Pai, precisamos conversar.— Disse com a voz firme, mas meu coração estava acelerado, cheio de incertezas.

Ele levantou o olhar, seus olhos cansados, encontrando os meus. Senti um aperto no peito ao ver a mistura de vergonha e desespero em seu olhar. Ele sabia o motivo pelo qual eu estava ali.

Sentando-me ao seu lado, abri a pasta que segurava com cuidado, espalhando os documentos sobre a mesa de centro. Eram faturas, contratos e extratos bancários, uma evidência inegável do vício de meu pai em jogos de azar.

— Eu descobri, pai. — sussurrei, lutando para manter a calma em minha voz. — As dívidas... elas estão consumindo tudo que temos.

Ele baixou o olhar, incapaz de encarar a realidade. Era doloroso vê-lo naquela situação, tão distante do homem corajoso e trabalhador que eu admirava. Mas precisava ser forte por ele e por nós dois.

— Tentei esconder isso de você, Sophia — Ele admitiu, sua voz carregada de remorso. "Achava que podia lidar com isso sozinho, mas as coisas saíram do controle.

Senti um misto de compaixão e frustração. Compaixão por ver meu pai lutando contra um vício tão destrutivo, mas frustração por ele ter escondido tudo isso de mim, deixando-nos afundar ainda mais nessa dívida insuperável.

— Não podemos continuar assim, pai.— Disse com determinação. — Essas dívidas estão nos sufocando. Precisamos encontrar uma solução.

Ele ergueu o olhar para mim, uma centelha de esperança surgindo em seus olhos. —Você tem alguma ideia, Sophia? Alguma saída?

Respirei fundo, ponderando sobre as opções que tínhamos. —A primeira coisa que precisamos fazer é confrontar a realidade. Não podemos fugir disso. Precisamos encarar as dívidas de frente e buscar ajuda. Talvez possamos falar com um consultor financeiro, alguém que possa nos orientar sobre como lidar com essa situação.

Ele assentiu, absorvendo minhas palavras. —Você está certa, Sophia. Não podemos continuar sozinhos nessa batalha. Precisamos buscar ajuda e encontrar uma maneira de sair dessa situação.

Envolvendo meu pai em um abraço reconfortante, prometi a mim mesma que faria tudo ao meu alcance para ajudá-lo a superar essa provação. Juntos, enfrentaríamos as consequências do vício em jogos de azar e encontraríamos um caminho para a redenção e a estabilidade financeira.

Naquele momento, tomei a decisão de lutar pelo meu pai e pela nossa família. Estava determinada a encontrar uma solução, mesmo que isso significasse embarcar em uma jornada perigosa e desconhecida. A verdade estava revelada, e era hora de enfrentar as consequências e buscar a luz no fim do túnel.

Encontraria uma solução, seja ela qual for, eu preciso tirar minha família dessa situação e ajudar meu pai a superar esse vício, que está o consumindo.