Capítulo 2

Em uma manhã ensolarado, Mirella voltava da casa da sua madrinha, Mônica, e ao chegar na porta da sala, estranhou o silêncio que ecoava na sala, ela sempre ouvia das escadas o barulho da tv, o seu pai sempre naquele horário gostava de assistir o seu programa preferido de culinária, mas ao entrar em casa, não ouvir a tv ligada, e nem a voz do seu pai falando sobre os ingredientes, ela logo sentiu um gelo nas suas mãos. Mirella começou a chamar pelo seu pai.

Mirella: pai... pai... O senhor está aí? (Ninguém responde).

Mirella vai até o quarto e não viu ninguém, a cama estava impecável, a cozinha estava vazia e o banheiro estava seco e limpinho. Então ela foi até a vizinha e perguntou a todos se alguém tinha visto o seu pai saindo de casa. Os adultos não tinham visto, mas uma criança de mais ou menos 9 anos, falou que tinha visto ele saindo com um chapéu na cabeça, pegou o carro e saiu em direção norte, a Mirella logo imaginou que ele pudesse ter ido para a pequena fazendinha.

Mirella: eu não acredito que o meu pai teve o atrevimento de sair de casa, ele não pode andar por aí sozinho, e se ele sentir alguma coisa e não tiver ninguém por perto? Eu preciso ir até ele.

Maria: não se preocupe, o meu marido pode levar você até lá.

Mirella: ai Maria, eu ficaria tão grata se ele puder me ajudar...

Maria: não se preocupe, ele vai sim...

O marido da Maria tirou o carro da garagem e levou a Mirella até o local. Chegando lá, Mirella saiu do carro correndo, foi até o estaleiro e viu o seu pai caído no chão, ele está respirando com dificuldades e muito pálido.

Mirella: pai! (Corre e grita desesperada) pai... O senhor está bem? Por favor, fale comigo. (Bate levemente no seu rosto).

João ainda sem força para falar, mesmo com toda a dificuldade, ele fala baixinho no ouvido dela.

João: filha, a sua mãe esteve aqui comigo, ela veio me ajudar, sorrimos, choramos, conversamos, ela estava muito feliz e muito orgulhosa de você... (sorrir fraco)

Ele estava delirando e com muita febre.

Mirella: pai... pai, por favor, não fala assim comigo, pai, precisamos ir para o hospital, o senhor está com muita febre.

— Dão, por favor, me ajude aqui, precisamos levar o meu pai para o hospital, ele não está bem.

Dão: claro, vamos...

Com a ajuda do Dão, Mirella leva o seu pai até o carro, eles entram o mais rápido e vão a um hospital mais próximo. 40 minutos depois, eles chegam ao hospital, Dão leva o João até a entrada do hospital, enquanto a Mirella corre desgovernada gritando por um médico.

Rapidamente os seus gritos foram atendidos e o seu pai foi levado pelo médico e alguns enfermeiros. Mirella estava impaciente, Dão ligou para a sua esposa e lhe contou tudo o que estava acontecendo, e em poucos minutos o vilarejo inteiro estava sabendo que o homem dos queijos estava muito mal no hospital, para ser mais preciso, na beira da morte.