Pai?

Após o médico ter explicado tudo para Maya, ela desabou, já não suportava segurar tanta coisa. Longe do quarto da mãe, ela conseguiu deixar sair tudo o quê a sufocava naquele momento. O médico perguntou se ele poderia fazer algo por ela, chamar alguém para ficar à seu lado. Ela só o abraçou, não se importou com a ética profissional, ela só precisava de alguém que a ajudasse a suportar mais uma perda. Deniel não recusou o seu abraço, pelo contrário, ele abraçou-a bem forte nos seus braços, e encostou a cabeça dela, no seu peito. A garota estava transtornada!

Calma Maya! Vai doer muito agora, más, vocês ainda terão algum tempo juntas, perder alguém nunca, será algo fácil, sempre irá doer, más, ter pessoas que te amem por perto sempre pode ajudar a superar tamanha dor. Eu não te conhecia até esse momento, más, saiba que achou em mim um amigo com quem poderá contar. Ele apertou-a ainda mais forte, fazendo com que ela se sentisse segura. Ela foi parando lentamente e pediu desculpas pelo desabafo. Ele entregou-lhe um lenço e entregou-lhe um copo com água.

— Obrigada! Eu estou melhor agora! Responda-me doutor, em quanto tempo eu poderei levá-la de volta para casa? Não quero que ela passe os seus últimos dias num hospital. Quero que sejam seus melhores dias. Disse Maya.

— a sua mãe estava muito ansiosa por isso teve uma crise tão forte. Acredito que, por estar a passar por algum tipo de estresse, o próprio corpo não suportou. Ela estará liberada amanhã mesmo, dependendo dos resultados dos exames de hoje. Disse o médico.

— Certo! Irei falar com os meus amigos, antes que pensem que também estou passando mal, disse ela em tom descontraído. Estendeu a sua mão agradeceu ao Deniel e saiu do consultório. O seu nariz estava vermelho e os olhos também, ela estava com a voz falha de tanto chorar. Observando a situação da "irmã", Arthur foi ao seu encontro e a abraçou!

— Como vocês estão se sentindo? Perguntou o homem por trás deles.

Maya virou de surpresa ao ouvir uma voz bem grave atrás deles.

— Estamos bem Senhor! Obrigada!

— Pai! Disse Arthur, que bom que está aqui! Esta é minha amiga Maya Bennett, foi da mãe dela que te falei, a senhora Martha Bennett.

Mike se apresentou para a filha, tentando segurar a emoção e não correr para abraçar a filha que tanto desejou ter nos seus braços.

— Olá querida! Venha aqui e dê-me um abraço!

— Eu realmente sinto muito pelo que aconteceu com a sua mãe, desejo de coração que ela saia desse estado e fique bem logo.

Maya se surpreendeu com o abraço daquele homem e se sentiu como se o Yan a estivesse abraçando, ela não aguentou e desmoronou mais uma vez a chorar. Ela o abraçou com tanta força, que seria capaz de achar que estava abraçando o Yan, o único pai que ela conheceu. Eles passaram muito tempo assim, e Mike se permitiu chorar junto a sua filha amada.