Continuação

E o resto eu já imagino mamãe. Disse Maya com os olhos marejados.

— Na verdade, filha, acredito que você não imagine. Eu, na verdade, não tinha muito o que fazer, tinha apenas 18 anos e a minha mãe era quem tomava as decisões por mim, más, em, parte eu concordei com a Elise, nós realmente éramos muito jovens, estávamos no auge da adolescência, apaixonados e inconsequentes, não nos concentramos nos estudos e muito menos nos nossos objetivos. Então, eu só concordei! Nem cheguei a falar para ela que já tínhamos nos relacionado sexualmente No dia seguinte eles mudaram, más, antes disso, eu e o Mike, passamos mais uma noite juntos. Fizemos muitos planos e prometemos nos encontrar quando a gente terminasse os estudos. Tivemos uma noite quente naquele dia, e desde então, nunca mais nos vimos. A culpa não foi dos seus avós ou do seu pai, a culpa foi toda minha. Os dias foram se passando e eu concentrei-me em estudar, morar em Portugal não, era algo fácil de início, precisei aprender a língua deles e aperfeiçoar outros idiomas. Quando fizemos quase dois meses que havíamos nos mudado, eu e o Mike nos falamos poucas vezes, pois, estávamos sempre muito exaustos da carga horária de estudo. Ele, cursando administração e ciências contábeis e eu medicina. E, a medida que os dias se passavam, eu sentia-me mais exausta, até o dia que percebi que o meu ciclo estava bem atrasado. Eu, em nenhum momento suspeitei que pudesse estar grávida, pois não enjoei em nenhum momento, más, quando falei para mamãe que estava atrasada, precisei contar também que tinha dormido duas vezes com o Mike antes de nos mudar. Mamãe comprou logo o teste de farmácia e fizemos na hora, deu positivo! Você estava a caminho. Eu desejei contar a seu pai de imediato, más, lembrei das palavras da sua avó Elise, e, a mesma tinha toda a razão, não era a hora da gente ficar junto. Eu, conversei com a minha mãe e pedi que ela não falasse nada a ele, e, a mim mesma queria contar. Então, decidimos contar apenas a Elise e ao David. Eles prometeram não falar nada, más, queriam acompanhar a gravidez. Todos os exames, ultrassom, tudo mesmo! Os seus avós, sempre te acompanharam de perto. Eu e o seu pai já não nos falávamos tanto, depois da gravidez, eu mesma afastei-me, tive medo de acabar contanto sobre você e atrapalhar a vida dele, naquele momento. Quando você completou o seu primeiro ano de vida, a sua avó contou-me que o seu pai se envolveu com a amiga de trabalho dele, que estava louco para falar comigo, más que não obteve sucesso em nenhuma das suas tentativas. Ele já estava sem notícias minhas a quase um ano, por isso mesmo, não o culpo. Decidi que iria embora para outro lugar, deixei uma carta para a minha mãe e expliquei que, a partir daquele momento, seríamos só nós duas e que, por favor, não falasse nada ao David e pedisse aos seus pais que fizessem o mesmo, deixe-o viver a sua vida. Eu a manteria salva aonde quer que eu fosse. Tinha dinheiro e conhecimentos suficientes para te dar uma excelente vida. Fomos morar na Itália, uma província linda! As pessoas eram fabulosas! Lá, conheci o Yan, ele era uma pessoa extraordinária! Nos tornamos melhores amigos! Expliquei a minha situação, ele disse que agi mal, que não dei ao Mike a hipótese de ser pai, que, voltar agora e falar que tinha uma filha dele, seria arriscar ser rejeitada por ele e você também. Más, talvez, ele amasse a notícia e, mesmo a gente não ficando juntos, ele poderia ser um pai maravilhoso! Eu senti muito medo, fui covarde e nunca mais o procurei. A minha mãe falou que estava com muita saudade da gente e queria vir nos visitar, e eu passei-lhe todo o nosso trajeto até a Itália, ela chorou de emoção, e disse estar orgulhosa por eu amadurecer tão rápido e tornado-me uma excelente mãe, exceto pela parte de privar-te de conhecer o seu pai. Durante a viagem, ela conheceu o Yan e ficou muito feliz por saber que não estávamos sozinhas. contou-me que o seu pai estava casado e que tinha um filho, só não falou que o bebê não era dele. Eu senti-me triste, más, compreendi perfeitamente, afinal, fui eu quem sumiu, não ele.