Que sensação horrível..., parece que estou presa..., aos poucos sinto que consigo mover os dedos, alguém segurar minha mão e uma voz tão longe..., me esforço para ouvir..., não consigo entender.. , a medida que os sentidos vão voltando, sinto meu corpo dolorido, minha cabeça está com uma pressão estranha, uma dor desconfortável e meus olhos parecem ter cola, estão tão pesados que não consigo abrir por mais que tente...
De tanto me esforçar consigo perceber que é a voz de um homem..., ele fala comigo carinhosamente, com a voz carregada de emoção..., sinto que estou em meu quarto, na casa da minha mãe e essa voz..., só pode ser dele..., tento falar..., mas o som não sai, apenas um sussurro que mais parece a voz da minha cabeça...
Rebeca:_ richard...
Sinto que tem mais gente..., o homem continua falando comigo e acariciando meu rosto, minhas mãos..., alguém abre meu olho..., tem uma luz..., abre o outro..., ouço ele dizer que estou reagindo..., em seguida uma escuridão e silêncio...
Aos poucos vou despertando novamente, a sensação que tenho é que apaguei,e agora como se tivesse acordando de um sono profundo, me esforço para abrir os olhos..., ouço a mesma voz masculina de antes..., a claridade dói um pouco, mas consigo olhar para o ele com dificuldade..., estou com medo, nervosa..., ele tá tentando alguma coisa?..., ta me tocando e falando umas coisas estranhas..., achei que estava em meu quarto, em casa..., quero minha mãe, meu pai..., a consciência vai voltando e percebo que estou em um quarto de hospital..., um desespero me toma a medida que o estranho insiste em me chamar de amor...
Rebeca:_ Mãe..., mãe..., pai...
Dante:_ Beck..., graças a Deus..., sou eu amor..., Dante..., olha pra mim meu amor...
Rebeca:_ Minha mãe?..., onde?..., mamãe...
Estou muito nervosa, falo com dificuldade, mas ele parece tão assustado quanto eu..., não quero que ele me toque..., tem uns fios, um líquido pingando de uma bolsa, acho que é algum soro ou remédio intravenoso..., tento respirar, mas ainda tenho dificuldade, quero lembrar do que aconteceu para eu ter acordado aqui..., minha mente parece vazia..., alguns fleches vão surgindo, mas tudo muito confuso..., lembro que discuti com minha mãe sobre a faculdade de moda, ela queria que eu fizesse medicina..., conheci Anne..., e lembro que..., Richard..., ele terminou comigo..., ou nós resolvemos terminar e não faço ideia do motivo..., e esse homem?...
Dante :_ Beck, fica calma amor..., estou aqui...
Rebeca:_ Minha mãe..., meu..., pai...
Dante:_ Amor..., você não lembra?...
Rebeca:_ Não..., eu..., não sei..., cadê minha mãe?
Dante:_ Amor..., é normal que não lembre de algumas coisas..., o médico disse que isso poderia acontecer..., só fica calma...
Rebeca:_ Não..., me toque..., saí daqui..., mãe!
Minha fala ainda está fraca, não entendo nada e ele parece confuso, emocionado..., porque insiste em me chamar de amor..., nunca namoraria alguém da idade dele..., parece que percebeu que não o quero aqui, ele sai..., tento levantar, mas não consigo..., uns minutos depois, ele volta com o que acredito ser o médico, que começa a se apresentar confirmando o que deduzi..., ele faz alguns testes, uma enfermeira verifica minha pressão, pede para eu me acalmar..., um tempo depois, sinto um alívio quando vejo minha mãe passar pela porta, o pavor vai amenizando..., aos poucos vou me acalmando, me sinto segura quando ela me abraça..., estranho sua aparência, está mais velha?..., preocupada..., me concentro na voz do médico depois que minha mãe senta ao meu lado...
Úrsula:_ Estou aqui meu amor..., tá tudo bem...
Médico:_ Rebeca?, o que está sentindo?..., consegue falar?
Rebeca:_ Dor..., minha..., cabeça..., meu corpo dói...
Médico:_ É normal, vamos lhe dar um medicamento para aliviar..., tudo bem?..., tá sentindo mais alguma coisa?
Olho para o desconhecido, como se perguntasse "quem é ele?", o homem parece mais abalado do que minha mãe..., todos seguem meu olhar e imediatamente ele toma uma atitude estranha tentando pegar minha mão...
Dante:_ Meu amor?..., o que tá sentindo?..., tá tudo bem, prometo que vou fazer o que você quiser..., só nos diga alguma coisa..., o que lembra?
Puxo a mão para ele não me tocar, agarrando em minha mãe..., não quero que me toque, parece um pervertido e porque mamãe tá deixando ele falar assim?..., a abraço escondendo meu rosto..., minha voz agora sai melhor..., a dor, a confusão em minha cabeça, esse homem..., choro nos braços de minha mãe...
Rebeca:_ Mande ele ir embora..., porque tá deixando ele falar assim comigo?
Úrsula:_ Tá tudo bem Beck..., ele é seu marido...
Rebeca:_ Não..., não tenho marido..., o que tá dizendo?..., mãe?
Ela enlouqueceu, desde quando me deixaria casar aos 17 anos?, muito menos com um homem que tem o dobro da minha idade..., deve ser um pesadelo ou uma brincadeira de muito mal gosto..., insisto que não o quero aqui..., ele se volta para o médico indignado, confuso, assustado..., o tom de voz dele está alterada...
Dante:_ Doutor?..., minha mulher..., ela não lembra de mim?..., é isso?..., por isso ela está assim?..., me diga alguma coisa?
Médico:_ É possível..., Rebeca?..., lembra de seu marido?, lembra de Dante?
Apenas balanço a cabeça em negativo sem o olhar, estou assustada com essa insistência..., ele agora parece desesperado, o que me assusta ainda mais...
Dante:_ Só pode ser um pesadelo..., meu amor..., olha pra mim..., por favor Rebeca..., olha pra mim, sou eu...
Rebeca:_ TIREM ELE DAQUI..., NÃO ME TOCA..., NÃO TENHO MARIDO..., MÃE?..., NÃO O CONHEÇO...
Úrsula:_ Ele não é..., fica calma..., ele não é ninguém...
Agradeço ao médico que imediatamente tira o homem daqui, mesmo contra sua vontade, me deixando apenas com minha mãe que fala concordando comigo, vejo a enfermeira aplicar alguma coisa no soro..., aos poucos vou relaxando..., mas preciso entender toda essa loucura...
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Isabel Esteves Lima
Rebeca acordou e acha que tem 17 anos.😲😲😲😲
2025-01-17
0
Ivanilce Augusta Cassidori
que chato ela tinha que lembrar dele da traição
2025-01-18
1
Taty
bem feito pra ele, agora vai ter que correr atrás do prejuízo
2024-09-11
1