CAPÍTULO 12

REBECA

Ontem tive um susto danado,esses dois anos nunca tinha sido roubada,e para piorar quem nessa vida rouba sapatos....Tinha cerca de 600 dólares guardados para uso do cotidiano e foi levado, que raiva não queria mexer no dinheiro que tenho no banco, agora vou ter que demorar um pouco mais nessa cidade coisa que eu não queria, já estou gostando daqui..De algumas pessoas e isso não é bom.

Ontem eu ia embora, mas o Rafael me fez vir para a casa dele e essa aproximação está me perturbando, acho que é falta de sexo kkk estou a dois anos sem homem nenhum e o Rafael é um tesão em pessoa..... Para Rebeca o que você está pensando.

Me levanto e faço minha higiene pessoal... Quando saio do banheiro escuto alguém batendo na porta.

— Bom dia Beca... posso te chamar assim....

Esse furacãozinho entra pelo quarto toda animada e transbordando de felicidades.

— Bom dia Sam....Beca...gostei..pode sim...

— É mais fácil,haha, dormiu bem, descansou, ontem foi tenso né....

— Dormi sim....e descansei como a tempos não descansava e foi difícil...

— Ainda bem que você não estava lá....e pode ficar despreocupada aqui você sempre estará segura...

— Muito obrigada....

— Vem vamos tomar café... você acredita que o Rafa fez café e cozinhou...Deus vamos ter

o apocalipse zumbi...

— Ei eu ouvi isso....

Ele aparece na porta me fazendo assustar com sua voz grave e rouca.

— Bom dia.....

— Bom dia Rebeca

Ele me olha de cima a baixo me fazendo queimar em cada pedacinho do meu corpo... Só quando ele olha nos meus olhos é que me dou conta que estou só de robby,ele é bem curto e quase transparente.

— Bommmmm.....vou deixar você se trocar e te esperamos na cozinha...

Ela me olha e olha para o irmão com uma cara maliciosa...e sai nos deixando sozinhos.

Quebramos mais uma vez nossa conexão e ele sai sem falar nada...E eu caio na cama de costas.

— Eu ainda vou morrer, preciso voltar a ser despercebida....

Visto uma roupa e vou para a cozinha.

— Vamos tomar café, senta Beca ah e você se sinta em casa, pode vir aqui a noite e pegar o que você quiser e precisar ou de dia, depois que vocês chegarem do bar faça de conta que a casa é sua, acho que você entendeu né...

— Obrigada...

— Temos café, bacon, ovos e torrada... Rafael fala.

— Hum o cheiro está maravilhoso...

— Tomara que o gosto também...kkkk.... Sam diz e o Rafael joga um pedaço de bacon nela me fazendo rir.

— Hahaha, batatinha...

— Já disse não gosto quando você me chama de batatinha...

— kkk...

Eles são muito unidos e isso me dá um aperto no coração quando me lembro da Marcela e por segundos eu viajo e me lembro de nós.

— Tudo bem Rebeca....

— Tudo...

Fico sem graça e começo a comer e até que estava bom...Comemos em silêncio e percebo que o Wil não está na mesa.

— O Wil não vai tomar café...

— Não, ele foi embora essa madrugada...

Ouvir falar que ele foi embora me dá um bolo no estômago,ele disse que ia para o Maine e eu não sou de lá e para a piorar eu passei por Bethel e fiquei cerca de dois meses trabalhando de entregadora.

Continuo a comer em silêncio.

— Terminei Rafa,vou terminar de arrumar minhas coisas...

Ela sai que nem um foguete com sua cadeira me fazendo rir.

Me levanto e vou até a pia levando alguns pratos e xícaras.

— Onde ela vai, nessa felicidade toda...

— Ela vai viajar e essa é a razão dos meus cabelos brancos...

— Não pode ser tão ruim assim... Falo rindo.

— Não...Ela é cadeirante e vai para outro país e pelo que eu vi na internet lá quase não é adaptado para ela....

— Mas toda cidade tem algum cadeirante e tem adaptação...

— Eu sei... Mas eu vi que no Brasil é meio que complicado...

Quando ele fala Brasil eu meio que travo no lugar e deixo uma xícara cair na pia e acabo me cortando.

— Rebeca.....Meu Deus...Vem vou te ajudar...

Eu nem escuto só a palavra Brasil fica na minha cabeça e não movo meu corpo ele praticamente me arrasta até a mesa e me senta na cadeira.Pega a caixinha de primeiros socorros e limpa o local,foi um pequeno corte mas toda vida eu tive muito sangue e parecia ser um corte grande pelo tanto de sangue que estava saindo.

— Rebeca, está tudo bem.....

— Oi, ah isso, não é nada, você disse que a Sam vai para o Brasil, e para qual cidade....

— São Paulo, ela tem uma olimpíada de matemática e literária para participar.

Deus..... São Paulo......nem sinto ele cuidando da minha mão,só sinto vontade de sair correndo dali e sumir o quanto antes.

— Você conhece esse lugar...

Ele me tira mais uma vez de meus pensamentos.

— Não... Já ouvi falar...

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