Cap IV - Plano Maquiavélico

Pronto, Carmen possuía um plano, e uma parte dele estava sendo executada, agora restava a outra parte... convencer sua irmã,  ir até o rio... Carmen passa na igreja do povoado, e vai ver seu irmão... O Padre.

Pe Lima: Carmen... minha irmã... por que você  demora tanto tempo para vir me visitar... Eu andava mesmo querendo falar com você...

Carmen : Comigo? O que se trata,  posso saber?

Pe Lima: Irmã,  Eu queria convidar você para vir morar aqui comigo, sou Padre, mas sou homem,  moro sozinho com Janete,  tenho medo que as pessoas do povoado digam coisas por eu criar sozinho uma menina.

Carmen: Nem pensar,  você pegou aquela fedelha para criar por que quis, de forma alguma vou ser babá de ninguém e morar com meu irmão...

Pe Lima: Deus perdoe você pelas besteiras que fala, e transforme seu coração minha irmã...

Carmen: Eu vivo muito bem na fazenda com a Catherine , Fernando e minha sobrinha, acha que vou trocar aquele conforto?

Pe Lima: Sei muito bem que você está lá além do luxo, ou acha que esqueci o que me disse?

Carmen: Mas você não pode dizer nada, afinal é um segredo de confissão...

Pe Lima: Carmen,  nossa irmã é tão generosa,   tão doce... E Fernando é apaixonado por ela, você sabe disso...

Nesse momento Catherine chega trazendo Janete,  a filha do Padre da escola...

Catherine: O que tem Fernando apaixonado por mim que a Carmen sabe?.

Os irmãos de Catharine ficam sem graça,  mesmo não concordando com nada de Carmen, o Padre não podia violar um segredo de confissão,  além de causar a contenda entre as irmãs.

Janete abraça o Padre, a quem ela chama de Pai.

Carmen: Apenas estava ... comentando com nosso irmão como é linda a felicidade de vocês,  não é mesmo irmão?

O Padre fica sem graça.

Catherine: Bom irmão,  sua filha está entregue, vou indo para casa...você vem Carmen?

Carmen: Não,  eu estou a cavalo, e como é difícil vir aqui ver meu irmão mais velho... vou almoçar com ele hoje...

Catherine: Ótimo! Lima,  bote algum juízo na cabeça da nossa irmã,  ela está precisando, já que ela não me ouve, talvez ela escute você..

Carmen: Catherine!

Catherine então vai embora,  levando sua filha,  quando Catherine chega em casa,  Luiz Fernando estava com o almoço pronto.

Luiz Fernando: Meu amor, quero te pedir desculpas se te ofendi hoje cedo, realmente eu não sei onde estava com a cabeça.

Luiz Fernando havia imaginado que a traição que houve foi a dele com Carmen por um impulso, e Catherine nunca havia lhe dado motivos para ciúmes.

Catherine: Tudo bem meu amor, só quero que tudo fique bem entre a gente...

Catherine vai ajudar Jeniffer a guardar o Material escolar, e logo vão almoçar .

Luiz Fernando: Filha, como foi na escola?

Jeniffer: Foi muito legal papai, eu estou na mesma turma que meus amigos José Ricardo e a Janete minha prima.

Luiz Fernando: Que bom, minha filha,  assim com seus amigos, você se sente mais à vontade na escola nova.

Catherine: Meu amor,  você caprichou no almoço...está muito bom...

Luiz Fernando : Você diz isso para eu cozinhar outras vezes não é?

Catherine: Não,  está realmente muito bom, mas sempre que você quiser tomar conta da cozinha, fique à vontade...

Luiz Fernando: E Carmen? não a vi desde cedo!

Catharine: Carmen foi visitar o Lima, ela ficou para almoçar com ele, Lima convidou Carmen para morar na Igreja com ele e Janete...

Luiz Fernando: Amor, gosto muito de sua irmã,  mas não acho que seria de todo ruim ela morar com seu irmão,  não me entenda mal..

Catherine: Eu também acho, Carmen anda com umas idéias,  umas coisas estranhas... talvez Lima colocasse  um pouco de Juízo na cabeça dela.

Luiz Fernando engasga, imaginando que Catherine possa ter desconfiado da noite passada, do que havia rolado entre ele e Carmen.

Catherine: Cuidado Fernando...

A família de Júlio também estava almoçando.

Ângela: Júlio,  o que a irmã de Catherine queria mesmo com você?

Júlio: Ela só veio entregar uns papéis...

Ângela: Engraçado,  para mim ela disse que vinha buscar uns papéis a pedido do cunhado.

Júlio: Nossa era isso mesmo...estou com minha cabeça voando hoje... mas encontrei e ela levou.

Ângela: Por favor,  não insulte minha inteligência,  eu vi o jeito que se olhavam, aliás foi bem demorado  a procura desse papel no seu escritório,  e ela além de não ter levado papel algum,  também também saiu assanhada de seu escritório...

Júlio se levanta irritado da mesa, acusando sua mulher de ser uma psicótica com a ideia de que ele lhe traía, afinal Carmen era a cunhada de seu melhor amigo.

José Ricardo apenas observa a briga dos pais.

A tarde passou rápido,  e Carmen havia chegado na casa de sua irmã com uma ideia na cabeça,  ela já havia persuadido Júlio Bandeirantes a ir ao rio no dia seguinte,  então agora faltava fazer  a irmã também ir, para armar um flagrante com o cunhado, que sabendo ela seu temperamento,  ele não ia querer ouvir eles...

Ao entrar em casa,  assim que avista Catherine,  Carmen corre para seu quarto chorando,  Catherine que ensinava a tarefa da escola de Jennifer,  vai ver o que a irmã tinha, e encontra Carmen chorando na casa,  lágrimas fingidas claro.

Catherine: Carmen... O que o Lima disse pra você voltar assim?

Carmen: Ele não disse nada minha irmã,  eu me confessei com ele, em confissão,  falei do caso com Júlio,  pedi perdão a Deus, vi que estava errada...

Catherine: Carmen ... fico muito feliz por você... que bom você percebeu...

Carmem: Quando eu vinha para casa, eu encontrei com Júlio,  tentei explicar a ele que não podemos mais manter este caso, mas ele não entendeu, disse que me espera amanhã às 9 horas no Rio..., se eu não for ele ameaçou falar para Fernando..., eu não quero envolver nosso irmão,  já foi doloroso demais me abrir com ele, sobre tudo isso.. E tenho vergonha de expor isso ao Fernando...

Catharine: Tudo bem minha irmã,  eu irei no seu lugar,  Júlio sempre me respeitou, creio que ele me ouvirá.

Carmen: Você faria mesmo isso por mim?

Catherine: Sim, afinal somos irmãs...

Carmen abraça a irmã,  com um sorriso maquiavélico no rosto...

-Agora Só preciso fazer que Fernando encontre os dois na margem do Rio... pensava Carmen...

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