Capítulo 5 - Por uma causa maior

Saindo da casa da minha avó, ainda me sentia

abalada com tudo o que acabara de descobrir. Como poderia existir

lobisomens e caçadores no mundo em que vivemos? E eu, uma

descendente dessa espécie, nunca soube de nada disso? Meu coração

estava pesado, principalmente porque eu havia conhecido Damon e já

estava completamente apaixonada por ele.

Chegando

à fazenda, procurei Jesse. Ele estava cuidando dos cavalos e, ao me

ver, sorriu calorosamente. Eu ainda não sabia muito bem o que dizer,

mas precisava desabafar com alguém.

"Oi,

Jesse. Eu preciso conversar com você. Eu... eu não sei o que

fazer", disse eu, visivelmente abatida.

"Claro,

Ariella. O que está acontecendo?", perguntou ele, preocupado.

"Eu

sou uma lobisomem e... e eu conheci Damon. Ele é um caçador, mas eu

estou completamente apaixonada por ele. E agora, com toda essa

ameaça, eu não sei se posso continuar com ele. Eu... eu não sei o

que fazer", falei, com a voz embargada.

"Ariella,

eu entendo que isso tudo seja assustador. Mas você não está

sozinha, nós estamos aqui para protegê-la e cuidar de você. E se

você precisar de ajuda, pode contar comigo", disse Jesse,

colocando a mão no meu ombro.

Eu

sabia que Jesse estava certo, mas a ideia de abrir mão do meu amor

por Damon era dolorosa demais.

"Mas

Jesse, eu amo Damon. Eu não posso simplesmente desistir dele assim",

desabafei.

"Eu

entendo, Ariella. Mas agora é hora de pensar na sua segurança e na

segurança da sua família. Damon é um caçador, e isso pode colocar

todos nós em perigo. Precisamos ser fortes e pensar com a cabeça,

não com o coração", disse ele, com uma voz firme.

Eu

sabia que Jesse estava certo, mas ainda assim era difícil demais.

Ele me ofereceu para me levar de volta para casa e eu aceitei. No

caminho, ele me explicou mais sobre a nossa espécie e como vivemos

há séculos escondidos dos humanos. Eu nunca imaginei que existisse

uma comunidade tão grande de lobisomens, e me senti um pouco menos

sozinha nesse mundo.

Quando

chegamos em casa, eu agradeci Jesse e entrei no meu quarto. Sentada

na cama, eu me sentia confusa e perdida. Eu amava Damon, mas agora

sabia que isso poderia colocar todos nós em perigo.

Será

que eu era forte o suficiente para abrir mão desse amor por uma

causa maior? Essa era uma pergunta que eu não sabia responder.

De

repente, meu celular tocou e vi que era uma mensagem de Damon. Meu

coração acelerou e eu senti um misto de felicidade e medo. Eu abri

a mensagem e li: "Ariella, preciso falar com você. Podemos nos

encontrar?".

Eu

não sabia se deveria ir, mas meu coração me pedia para ver Damon

uma última vez. Eu respondi: "Sim, podemos nos encontrar. Mas

precisamos ser rápidos e discretos".

Nos

encontramos em um lugar afastado da cidade, onde ninguém pudesse nos

ver. Damon parecia preocupado e eu sabia que não seria fácil.

"Ariella,

eu não queria que as coisas fossem assim. Eu sei que sou um caçador,

mas eu não quero lutar contra você. Eu amo você, Ariella",

disse ele, com a voz embargada.

"Eu

também te amo, Damon. Mas... mas eu não sei se podemos ficar

juntos. Eu sou uma lobisomem e isso pode colocar todos nós em

perigo", falei, com lágrimas nos olhos.

"Eu

sei, Ariella. Mas eu vou proteger você, não importa o que aconteça.

Eu nunca vou deixar nada de mal acontecer com você", disse ele,

colocando a mão no meu rosto.

Eu

sabia que Damon estava sendo sincero, mas ainda assim era difícil

demais. Eu precisava ser forte e pensar na minha segurança e na

segurança da minha família.

"Damon,

eu não sei o que fazer. Eu preciso pensar e... e tomar uma decisão",

falei, com a voz trêmula.

"Eu

entendo, Ariella. Mas eu vou estar aqui por você, sempre. Não

importa o que aconteça", disse ele, me dando um abraço

apertado.

Eu

sabia que aquele era um adeus. Seria difícil deixar Damon para trás,

mas eu precisava pensar na minha segurança e na segurança da minha

família. Eu não sabia o que o futuro reservava, mas uma coisa era

certa: eu nunca esqueceria Damon e o amor que sentia por ele.

**

Eu

sentia um nó na garganta, como se eu estivesse sufocando. Não sabia

como lidar com tudo aquilo. A ideia de perder Damon me deixava

desolada, mas ao mesmo tempo, a possibilidade de colocar minha

família em perigo por causa do meu amor por ele era assustadora. De

repente, ouvi batidas na janela do meu quarto. Imediatamente imaginei

que seria Damon. Eu me levantei rapidamente e abri a porta, esperando

encontrar aquele sorriso reconfortante e acolhedor que sempre me

fazia sentir segura. Mas não foi isso que vi.

Era

ele, sim, mas a expressão em seu rosto não era a mesma de sempre.

Havia uma tristeza profunda em seu olhar, uma dor que eu nunca havia

visto antes. Ele parecia abatido e perdido, como se algo estivesse o

corroendo por dentro.

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