16. TENTANDO DESVENDAR O MISTÉRIO - PARTE 2

Eles entraram no prédio e seguiram para o consultório de Theo, já passava das 16 horas quando Nick bateu na porta, Theo abriu sorrindo e envolveu o irmão num abraço, em seguida olhou para Emma com alegria e a abraçou, depois disse:

- Emma, não é? Entrem. Assim que eles entraram e se acomodaram num grande sofá, Theo voltou a falar: - Então Emma, quer me contar o que aconteceu? Naquele instante quem tomou a palavra foi Nick, ele disse:

- Bom, ela não queria vir, eu insistir bastante, se você puder começar, seria ótimo. No mesmo instante Theo se levantou e falou:

- Venham comigo. Eles caminharam até uma sala pequena, de paredes totalmente brancas, havia um divã num canto, dois sofás pequenos, uma mesinha, e um som harmonioso, Theo serviu um chá para Emma e disse: - Beba tudo, isso te deixará calma o suficiente para você relaxar. Emma sentou-se no divã, tentando ficar à vontade, bebeu todo o chá e deitando-se fechou os olhos, Theo sentou-se em um sofá pequeno e disse para ela: - Escute a música e deixe que ela domine seus pensamentos. Enquanto Theo conversava com Emma, Nick estava sentado em outro sofá observando em silêncio, logo sua namorado entrou em transe e mergulhou profundamente no subconsciente, Theo fazia as perguntas e Emma respondia, contando detalhadamente tudo o que aconteceu naquela noite, até que, em um dado momento ela disse:

“- Estou correndo pela floresta, descalço, minhas mãos e meus pés estão diferentes, de forma estranha, minhas vistas estão embaçadas. O que está acontecendo?” Naquele momento Emma ficou em silêncio, porém suas pernas começaram a tremer, mas durou apenas alguns segundos, de repente ela ficou imóvel, Theo olhou para Nick e sussurrou:

- Traga minha maleta. Nick se levantou, pegou a maleta e entregou para o irmão, ele colocou em cima da mesinha, preparou uma seringa, porém levou um susto quando Emma começou a se debater, tremendo os braços e as pernas, como se tivesse uma convulsão, ele ainda tentou-se tirá-la do transe, mas ela estava extremamente agitada, tudo aconteceu muito rápido, em segundos Emma avançou sobre ele, pegando-o pelo pescoço, os olhos dela estavam totalmente brancos e ela o pressionou contra a parede, Theo segurou a mão de Emma com toda sua força, mas percebeu que ela era mais forte que ele, e antes que ela o estrangulasse, ele olhou para Nick falando com dificuldade:

- A seringa, aplique nela. Nick parecia atordoado com a situação, mas correu até a maleta e pegando a seringa injetou em Emma, fazendo-a desmaiar em poucos segundos. Quando Emma caiu no chão, Nick correu até ela, enquanto Theo tossia com dificuldade, depois que ela foi acomodada no divã, os dois irmão discutiam, Theo tentava fazer Nick compreender:

- Precisamos levá-la, ela é uma bomba relógio.

- Não sabemos o que ela é.

- Sabemos sim, você não sente as vibrações? Ela é como nós.

- Não Theo, ela não é, tem algo mais do qual não sabemos, existe um bloquei que eu não posso alcançar, eu sei disso, estou com ela a bastante tempo e você só algumas horas. Theo olhou seriamente para o irmão, ele também tinha sentido o bloqueio, e lembrando do que aprendeu sobre os licantropos disse:

- Talvez ela seja uma bruxa também. Nick perguntou confuso:

- Como é possível?

- É possível, já aconteceu, e mesmo que as bruxas estejam extintas, Emma pode ser uma delas. Nick pareceu pensar, sabia que existia uma grande possibilidade de sua namorada também ter outros poderes, ele sentou-se confuso e perguntou para o irmão:

- E por que ela teve todos aqueles sintomas? Vomito, tonturas, vertigem, dores abdominais e febre? Theo sentou-se ao lado dele e falou:

- Eu não sei, ela não deveria sentir nada disso, é estranho. Enquanto eles conversavam, Emma gemeu e abriu os olhos devagar, os dois homens voltaram atenção para ela, porém quem falou foi Nick:

- Querida. Ele sentou-se ao lado dela e perguntou: - Você está bem? Emma não respondeu, mas as lágrimas escorreram de seus olhos, ela sentou-se silenciosa e cobriu o rosto com as mãos, Nick a envolveu em seus braços tentando consolá-la, enquanto Theo os observava.