Capítulo 4

Madison:

Mas um dia que a rotina se repete. Quando chego no restaurante, como sempre a Rubi vem ao meu encontro.

— A Empresa de pescaria deu alguma resposta?

— Eles confirmaram que a encomenda chega hoje. — Rubi fala tentando me acompanhar, ela é baixinha, não sou tão alta mas as pernas dela se tornam curtas quando estou andando de salto.

— Tem uma encomenda de jantar de noivado o cardápio é especial com a chefe da casa, posso confirmar?

— Qual dia?

— Esse sábado. Querem fechar o restaurante para vinte pessoas, temos vagas só preciso da sua confirmação.

Poxa, essa semana iria tirar uma folga para ir ver meu pai, mas posso ir no domingo.

— Pode confirmar!

— Sim senhora!

A Rubi se prepara para sair, mas antes chamo ela.

— Ah, se possível encontra outra empresa de pescaria e me manda para eu analisar.

— Estou vendo isso, mas essa é a melhor daqui. As outras são muito longe e não sabemos se vai chegar tudo congelado como deve.

— Vê isso por favor, não aguento mais esses problemas.

A Rubi sorri confirmando e sai. Logo entra a Suelen com um óculos escuros, provavelmente tá de ressaca.

— Cadê a mulher que disse ontem que é responsável e profissional?

— Me dá uma trégua, estou morrendo de dor de cabeça. — ela se joga no sofá, eu me sento perto dela levando meu notebook comigo.

— Da próxima vez seja mesmo uma pessoa responsável e profissional. — Suelen abaixa seus óculos para me encarar eu dou risadas.

— Chata.

— Ainda sou sua chefe.

— Deveria deixar de ser frigida.

Dou um tapa na perna dela, eu não sou frigida.

— Você tá me ofendendo, eu não sou uma pessoa frigida.

— Uma mulher que se contenta a ficar sem sexo, é sim uma pessoa frigida.

— Só não quero relacionamentos e nem contato íntimo com ninguém, estou bem assim.

— Credo!!

— Vamos trabalhar. Iremos sair, você vai em um lugar comigo.

— Para onde vai me levar? Para igreja? — Suelen fala gargalhando. Ela gosta de se divertir com minha cara dou outro tapa em sua perna.

— Ai dói sabia?

— Vamos comprar um bichinho, talvez um papagaio.

— Você é estranha.

Demos risadas, trabalhamos a manhã. Almoçamos aqui mesmo no restaurante, e eu carreguei a Suelen para uma loja onde vende todos os tipos de aves, todas legalizadas e ainda levo a licença. Quando chegamos encontrei o papagaio que queria.

— Você vai mesmo levar um papagaio?

— Qual o problema? — pago tudo e coloco ele no carro dentro da gaiola.

Voltamos para o restaurante, foi tudo uma correria como sempre. Organizei a escala dos funcionários, a Suelen me ajudou. A Rubi me passou toda a agenda e logo anoiteceu, alguns funcionários já foram embora. O restaurante já está fechado e os que ficaram é para organizar tudo. Alguém bate na porta, peço para entrar. O Klaus um dos chefes de cozinha da equipe aparace.

— Chefe, a encomenda chegou. — ele fala de uma forma estranha e parece assustado.

— Eu não estava lembrando disso. Desculpa terem que ficar até mais tarde para organizar tudo, eu pago as horas extras.

Desligo tudo e organizo minha mesa. O Klaus me olha aflito como se quisesse falar algo.

— Aconteceu alguma coisa Klaus?

— Temos um problema...

— Fala logo homem, parece que alguém morreu.

— É melhor ver com seus próprios olhos chefe.

Sigo o Klaus preocupada. Já imagino que a cozinha pegou fogo, ou alguma coisa muito caro estragou. Assim que chego, os que ainda restam estão com cara de velório. A Suelen também apareceu.

— Mas o que aconteceu gente?

Ninguém fala nada. Sigo o Klaus mais uma vez, paramos de frente para três caixotes de madeira, cada um tem no mínimo um metro de altura e um de largura. São os caixotes que recebemos os frutos do mar da empresa de pescaria.

— Você já me disse que a encomenda chegou Klaus, para quê esse mistério todo. Veio estragado?

Klaus não responde apenas abre revelando o que tem dentro.

— Essa não! — meu espanto foi grande.

— Put@ que pariu!! — Suelen fala colocando a mão na boca.

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