a mulher vendo que não conseguiria achar os filhos naquele fumaceiro imenso, decide sair e tentar salvar ao menos a sua vida, mas ao chegar perto da porta, já sufocada pela fumaça e sem conseguir respirar quase, ela foi parada por uma viga que caiu no chão tapando a porta e a impedindo de sair, e mesmo ali de dentro já se entregando as chamas ela avista os filhos se debatendo do lado de fora da casa, tia Marta os segurando, pra que não saíssem correndo e se porém em perigo, ela levanta a mão e se deixa consumir totalmente pelas chamas...
_ não, mãe, mãe, mãe sai daí mãe...
os meninos gritava desespero vendo as chamas tomarem conta do coroa da tão amada mãe deles..
_ tia Sara....
Taty disse também em desespero agarrada a mãe que também não consegui mais se controlar e se deixou levar pelas lágrimas.
_ mãe, sai daí por favor, corre mãe, vem, sai daí corre mãe..
as crianças gritavam e se debatiam, mas infelizmente nada mais podia ser feito, seus pais se foram de forma trágica e incompreensível, inaceitável e inesquecível..
_ não, não, não, mãeeee
os gritos das crianças ecoava pelas ruas demonstrando seu desespero e pavor ao ver sua própria mãe ser carbonizada.. a casa da família não existia mais, tudo era fogo e fogo..
_ nossa mãe Marcos, nossa mãe, e agora? e agora?
os irmãos se agarram ali mesmo na rua e desabam seus prantos...
depois de todo aquele desespero, vizinhos em choque, amigos perplexos com tudo o que havia acontecido..
_ Marcos e o papai Marcos? o que ele vai fazer? o que vamos fazer? onde vamos morar?
a menina dizia agarrada ao irmão sentadinhos ali no meio do asfalto..
os bombeiros trabalhando a todo vapor, as chamas enfim sendo controladas..
depois de um tempo de um trabalho duro dos bombeiros, as chamas foram cessadas, dando lugar a um amontoados de cinzas e nada mais .
_ may, eu acho que ele também tava lá dentro.. olha o carro dele ali...
o menino disse já em meios aos soluços, pois agora o desespero era bem maior, saber que ficariam literalmente órfão..
_ não, não, não pode ser Marcos, papai, mamãe, por favor..
e agora Marcos? e agora? ficamos órfãos...sem casa, sem pais, o que vamos fazer Marcos, o que a gente faz?
a menina dizia em meio aos choros e desespero..
_eu não sei mayla, eu não sei, mamãe, papai..
o menino dizia entre prantos, depois de um bom tempo de desespero e choro, e pavor? porque não? aquilo era literalmente uma cena de filme de terror..
depois de os bombeiros terminarem seus serviços com as chamas.
_ Marcos! a gente vai dar um jeito tá?
a menina disse vendo o nervosismo do menino, o desespero do irmão .
_ que jeito mayla? a gente é criança ainda may, não temos como fazer nada, nada, a gente tá só com a roupa do corpo..
o menino disso desesperado sem ao menos se importar com o aglomerado de pessoas, amigos vizinhos da família..
_ ah meu deus crianças ! meu amigo Hugo, minha amiga sara, vão com Deus, que Deus lhes receba no seu descanso eterno..
a mulher disse em meio as lágrimas..
_ ah meus amores!
a mulher disse e abraçou as três crianças tentando conforta_los ou ao menos passar alguma segurança..
_ com licença, Sra. podemos conversar a sós..
um dos bombeiros disse vindo falar com a visível responsável pelas crianças..
_ pode falar Sr. eles precisam saber da verdade..
a mulher disse e o bombeiro afirmou com a cabeça concordando..
_ foram encontrados dois restos de corpos humanos, aparentemente um homem e uma mulher.. eu sinto muito..
o homem disse triste e saiu..
_ papai.
a menina disse
_ mamãe
o menino disse, os meninos caíram de novo em desespero..
_ crianças, crianças..
tia Marta disse chamando atenção dos meninos, tentando ao máximo parecer forte..
_ e agora tia Marta? o que a gente faz? pra onde a gente vai agora? tá tudo acabado, tudo...
a menina dizia agarrada ao irmão que não parava um minuto de soluçar..
_ calma, calma, calma tá.. é, olha meus amores, eu sei que é difícil, desesperador, que dói, dói muito né? mas escutem bem, vocês não estão sozinhos nessa, estamos com vocês ok, vocês tem um ao outro e isso é o que importa agora..eu vou cuidar de vocês tá , vão ficar comigo até, até, até nada, vocês vão ficar comigo e ponto final..
a mulher disse decidida e beijando os meninos..
_ mas tia Marta, a Sra. não tem nem marido pra ajudar, já cuida da Taty, como vai cuidar de três crianças...
o menino disse
_olha, eu sei que não éramos muito amigos, mas a gente também pode ajudar, pelo menos fome vocês não passam..
um Sr. disse ali e todos os vizinhos se comoveram com a situação e fizeram campanhas, arrecadações, todos ajudaram de alguma maneira, por um período..
_ Sra. marta Ribeiro?
um homem disse na porta da casa da mulher..
_ sim, sou eu..
a mulher respondeu..
_ desculpa incomoda_la, mas saiu o resultado da perícia..
o homem falou e logo foi convidado a entrar..
_ e então, alguma coisa importante.?
a Sra. perguntou ansiosa e muito nervosa .
_ bom, o que aconteceu, foi que alguém deixou o forno ligado e a encanação de gaz da casa tava furada e isso ocasionou o incêndio..
o homem disse e os meninos já estavam em lágrimas..
_ mas eu desliguei o forno, eu juro, eu juro, eu tirei o botão, tia Marta eu juro que eu desliguei, eu juro..
a menina falou desesperada..
_ provavelmente a Sra. sua mãe deixou o fogo em modo baixo e quando você girou o botão fez foi aumentar o fogo e não desliga_lo
o homem disse
_ então foi tudo culpa minha? eu matei meus pais?
a menina disse depois de um tempo pensando..
_ não, não, não, não foi isso que eu disse, o que aconteceu foi um acidente, não há culpados, não há como uma criança de 11 anos ser responsável por tão grande fatalidade .
o home disse sério..
_ como não? foi eu que girou o botão Sr.
a menina disse nervosa e amedrontada
_ calma maninha, não foi culpa sua, foi um acidente não e Sr.?
o menino disse abraçando a irmã..
_ sim garoto, foi um acidente, não há culpado..
o homem disse firme e logo a menina se levantou..
_ Sr. pode me levar pra cadeia, eu sou a culpada...
a menina disse com os olhos cheios de lágrimas e com as mãozinhas juntas como quem indicasse que era pro homem a algemasse.
_ calma criança, ninguém vai pra cadeia, como eu disse, foi uma triste fatalidade, não há culpados..
o homem disse de pé.
_ bom agora eu preciso ir, com licença, passar bem..
o homem disse e saiu às pressas, pois já tava segurando as lágrimas..
_ claro, obrigada Sr. eu te acompanho..
tia Marta disse e levou o Sr. até a porta de saída....
enquanto os dois irmãos ficaram abraçados no sofá..
_ Marcos, foi culpa minha, foi culpa minha, me perdoa, me perdoa, foi culpa minha, minha..
a menina dizia em meio as lágrimas..
_ tire isso da sua cabeça meu amor, não foi culpa sua, o fiscal disse, não foi culpa de ninguém, foi um acidente..
tia Marta veio consolar a menina..
_ may, se foi culpa sua, foi culpa minha também, afinal, eu tava lá também fui eu quem chamou vocês pra ir brincar no jardim..
Taty disse triste e de cabeça baixa..
_ eu também tava, então nós três somos culpados..
o menino disse e os três ficaram abraçados..
_ chega, chega... gente, meninos pelos amor de Deus, não há culpados, não há..
tia Marta disse e abraçou os dois..
_ calma mayla, a gente vai ficar juntos tá? aconteça o que acontecer, estaremos sempre juntos, tá?
o menino disse limpando suas lágrimas..
_ sempre juntos?
a menina disse levantando o rosto e olhando pro menino com o rosto entristecido e molhado pelas lágrimas....
_ sempre juntos..
o menino disse limpando as lágrimas da irmã..
_ eu vou cuidar de você e você vai cuidar de mim, igual como o papai mandou..enquanto estivermos juntos, ficaremos bem..
o garoto disse firme e forte..
_ você confia em mim? confia em mim mayla?
ele perguntou sério..
_ sim, e você?
ela respondeu perguntando..
_ eu confio em você..
o garoto disse e os dois se abraçaram de novo, mas dessa vez pra passar confiança um pro outro...
_ é isso aí meninos, temos que ser fortes, não podemos deixar a peteca cair...
tia Marta disse orgulhosa dos meninos, que de alguma forma se tornaram seus filhos..
o tempo foi passando, e passando e como o vizinho disse, todos os vizinhos ajudaram, mas infelizmente não durou por muito tempo, os meninos já tinham voltado a escola, e também na escola foi feita campanhas em prol dos gêmeos..
tia Marta cuidava deles com muito carinho e amor, os tratava assim como tratava sua filha, mas infelizmente está ficou doente e as coisas começaram a ficar difíceis na casa, os vizinhos sumiram, as coisas começaram a faltar e os meninos se sentindo um peso pra tia...
um certo dia eles estão tristes na escola e uma funcionária veio chama_los..
_ com licença crianças, a diretora quer falar com vocês, me acompanhem por favor..
a funcionária falou com eles..
que obedeceram e a seguiram
_ Marcos, o que você fez?
a menina perguntou preocupada..
_ eu? eu não fiz nada e você?
ele respondeu perguntando..
_ eu não fiz nada também..
a menina disse, e assim eles seguiram até a sala da diretora..
_ com licença Sra. as crianças..
a funcionária disse na porta da diretoria..
_ ah sim! podem entrar, por favor!!
maria Joana ( diretora da escola )
a diretora disse e eles entraram..
_ licença diretora..
a menina disse entrando de mãos dadas com o irmão..
_ tia Joana, a gente fez algo de errado..? aconteceu alguma coisa..?
o menino disse e se sentou na frente da mulher..
_ não filho, calma..
a diretora disse..
_ olha! é o seguinte, eu vou ser bem direta com vocês..
eu tenho uma amiga, que é diretora de uma abrigo pra menores e eu comentei de vocês pra ela e ela disse que seria uma honra recebe_los pra uma visita, só pra conhecer sabe? ver como funciona...
a diretora disse séria neles.
_ mas tia Joana! a gente mora com a tia Marta, e ela?
a menina perguntou desanimada..
_ ela vai ter que autorizar e ir também..
a diretora disse..
_ Marcos, eu acho uma boa idéia, a tia Marta tá doente agora e a gente tá lá só dando despesa, trabalho e preocupação pra ela, mas aí tem a Taty, como ela vai ficar sozinha lá, com a mãe doente?
aí meu deus Marcos, e agora?
a menina disse parecendo confusa e sem saber o que fazer..
_ olha meninos, eu posso ajudar, bom o abrigo é no caminho da escola, vocês podem ir ficar com a dona Marta nos finais de semana, e poderiam visita_la a hora que vocês quiserem..
a diretora falou..
_ eu concordo..
a menina disse..
_ é, parece ser uma boa idéia, tá bom, pela tia Marta..
o menino disse triste, pois ia ficar longe de sua paixonite de infância..
_ vamos falar com ela então?
a diretora disse e pegou sua bolsa pra sair..
_ agora?
a menina disse surpresa
_ sim, vamos?
a diretora disse e veio pra porta esperar os meninos que logo vieram e saíram os três..
já que ali na escola a única amiga dos gêmeos era a Taty, eles fizeram questão de ir chama_la, mas ela não pode acompanha_los, ia começar sua aula de culinária e ela amava aquela matéria e não queria faltar..
os meninos pegaram suas mochilas e saíram dali acompanhados da diretora rumo a mais um passo na vida sofrida dos dois..
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Atualizado até capítulo 61
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