TUDO POR AMOR
_Ola ! Sou o Pedro Ladeira, o Diretor-executivo do grupo Ladeira. Tenho 25 anos e desde pequeno sempre fui bem curioso e apaixonado pela empresa que o meu avô Miguel Ladeira fundou. Essa empresa já vem a três gerações. Não pense você que é fácil entrar e dominar o mundo dos negócios e principalmente quando na sua própria família existe disputa para derrubar-lhe.
Fui promovido à Diretor executivo logo depois que o meu avô adoeceu. Ele sofreu um AVC e o meu pai nunca foi, digamos dedicado ao trabalho árduo, ele sempre gostou de viagens e festas, não sei dizer ao certo, mas desde a morte da minha mãe que Deus a tenha, não o vejo mais se preocupar pelos negócios, não o culpo, mas gostaria de tê-lo ao meu lado e da minha irmã apesar que ela só vai à empresa mais para ficar de olho na minha secretária.
Voltando ao assunto . Aquele acidente de carro levou a minha mãe, mas meu pai sobreviveu . Nunca esquecerei aquele dia!
Eu e minha irmã Joyce tínhamos acabado de chegar em casa do aniversário do meu amigo Erick , a Joyce tinha acabado de completar seus 18 anos e eu já estava com os meus vinte anos e alguns meses .
Quando o telefone da minha casa tocou que atendi, ouvi sirenes ligadas, muito barulho e gritaria.
_Alô! É da casa dos Ladeiras?
Sim , a quem procura ? Perguntei.
_Aqui é do corpo de bombeiros.
Estamos prestando socorro ao casal Ladeira .
_O que aconteceu com os meus pais ?
Já fiquei trêmulo e a Joyce só em ouvir desabou no chão.
Senti o meu mundo virar de cabeça para baixo, mas fiz o possível para conversar e pedir maiores informações, afinal, era sobre os meus pais que estávamos a falar.
Corri para o hospital e quando entrei, os meus pais estavam sedados.
Fui retirado da sala quando vários profissionais de saúde entraram e foram para onde a máquina estava a apitar.
O meu coração quase saltou quando isso aconteceu.
Minha irmã ficou em casa aos cuidados da Maria a governanta lá de casa.
O tempo parecia ter parado ali.
Eu sentado na sala de espera, segurando as lágrimas que insistiam em cair.
Tentei ficar em pé e andar um pouco, mas senti minha vista embaçar, então, achei melhor ficar sentado, ao menos foi isso o que eu pensei, contudo acordei num leito do hospital com o Erick sentado numa cadeira ao lado, logo perguntei, espera, eu não estava no seu aniversário?
Ele respondeu que sim, mas que agora eu estava em uma enfermaria .
Vi que eu estava com uma agulha nas minhas veias. Olhei para o quarto e percebi que era o hospital e logo vi o balão de soro. Aos poucos minha mente foi trazendo todo o ocorrido.
Perguntei pelos meus pais e o Erick falou que o médico deixou ele lá para quando eu acordasse era para o chamar.
Fiquei sem entender nada, mas assenti e logo ele saiu, porém, ele me pediu para que eu não tocasse na agulha. Tenho certeza que o Erick sabendo quem eu sou tinha medo que eu arrancasse aquela agulha, saísse correndo e gritando pelos os meus pais por todo o corredor do hospital. Concordei mesmo a contra gosto .
O médico chegou e com ele a assistente social, enfermeiras e o Erick os seguiu. Eles começaram com umas perguntas estranhas, que segundo eles eram perguntas de praxes. Respondi que eu estava bem e tinha até dormido.
O tempo foi a passar e aquela conversa mole já estava-me dando nos nervos quando observei o meu pai entrar com vários curativos pelo rosto e um braço engessado.
Dei um suspiro de alívio, contudo, quando perguntei pela minha mãe, o seu semblante mudou e a tristeza no seu olhar, as lágrimas escorrendo; o médico pedindo para ele se tranquilizar e ele falou de uma vez: filho, eu sinto muito a sua mãe está morta.
_Morta? Não, não pode ser.
_ Filho, quem deveria estar morto era eu. Fui eu quem causei a morte dela.
Eu estava em alta velocidade e passei pelo sinal vermelho.
Ele falava em soluços e debatendo-se contra as mãos do médico e de um enfermeiro.
O médico mandou aplicar um calmante nele e logo o meu pai apagou .
Bom, agora chega de tanta tristeza!
Essas lembranças só faz mal.
Prefiro trazer comigo os momentos felizes que passei ao lado deles.
Agora que está sobre a minha responsabilidade os negócios da minha família, não vou me dá ao luxo de viver totalmente melancólico .
No tempo da morte da minha mãe as empresas da família Ladeira sofreu grandes perdas, houve roubos de carnes, de joias de todos os negócios que o meu avô possuía. A família Ladeira, através do meu avô conseguiu expandir em muitas áreas. Ele sempre disse que nunca é bom ter só um nicho que se acontecer algum problema em uma ou duas empresas, os outros negócios estariam a salvo.
Eu também penso assim.
O meu velho é sábio no que diz e é sempre bom ouvir a voz da experiência.
Nunca é demais.
Por falar nisso, não é que o meu avô teve uma ideia genial!
Ele disse que seria bom desenvolvermos linhas hospitalares, voltadas ao bem estar e aconchego dos pacientes e também dos médicos.
Com a ajuda da Zayra e da Renata, estamos finalizando algumas pesquisas. Na verdade, lançaremos em breve nossa marca hospitalar e com a ideia da Zayra de também expandir para a área hospitalar veterinária e ao mundo pet, tais como hotéis para cães e gatos. Fiquei fascinado com suas sugestões, o meu avô ficou super feliz também .
O meu maior problema é o meu cunhado, o Luciano que vive influenciando a minha irmã Joyce para que eu o deixe administrar alguns dos negócios da família!
Não permiti.
Estou desconfiado que os roubos nas outras duas empresas tem sua assinatura.
O crápula casou com a minha irmã, mas foi em regime de bens separados.
Ele não queria isso, é claro, mas a minha mãe já tinha deixado no testamento que só assim que a Joyce herdaria os bens dela.
Tenho certeza que minha mãe sabia muito bem que ingênua como minha irmã sempre foi, iria entregar todos os seus bens nas mãos de estranhos.
Outra cláusula que achei superinteressante foi que os filhos da (Joyce) só teriam parte da herança nos seus nomes depois dos 21 anos. A minha mãe parece ser profeta!
Ela tinha uma visão muito além do normal .
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 73
Comments