Seu Olhar, Ryan. Livro 10

Seu Olhar, Ryan. Livro 10

Apresentação

Me chamo Ryan Ferret,

tenho 22 anos e moro em Nova York. Sou um engenheiro recém-formado, porém tenho a minha própria empresa que próspera a cada dia.

Meus pais são Mirella

e Richard Ferret,

as melhores pessoas deste mundo. Eles são incríveis e os amo acima de tudo, na verdade Richard não é o meu pai biológico, mas o escolhi para ser o meu pai e foi então que ele se tornou o meu herói.

O amor, carinho, respeito e admiração que sinto por ele desde que o vi pela primeira vez, ainda continua forte e verdadeiro a cada dia, dentro de mim um sentimento que não sei explicar em palavras me inspira a ser como ele, além de ter conquistado a minha mãe me conquistou também.

Todos esses anos entendi que o amor que temos um pelo outro vai além do sangue, nossa ligação foi imediata e nos escolhemos como pai e filho. Posso dizer que Richard como pai foi a minha escolha perfeita.

Somos uma família grande e barulhenta, porque não sou filho único. Enzo e Clara são gêmeos, mesmo nascendo no mesmo dia e recebendo todas as atenções são completamente diferentes, eles tem 14 anos, tenho também um irmão caçula chamado Caio que tem 8 anos.

Os meus pais e meus irmãos são tudo para mim nada é mais importante que a minha família, quero me tornar tão íntegro e correto como o meu pai, ele me inspira e encoraja a ser melhor a cada dia. Também tenho avôs maravilhosos que me adotaram como seu verdadeiro neto, o que faz amá-los ainda mais.

Tenho uma tia linda chamada Bianca que é casada com meu tio Erick e juntos tem dois filhos lindos, não posso deixar de mencionar os meus tios Eduardo e Henry, eles são pessoas admiráveis e adotaram Júlia, uma garota linda e inteligente, ela tem 19 anos e o sonho dos nossos pais é nos verem casados, claro que isso não vai acontecer mesmo sabendo que ela tem sentimentos por mim.

No Brasil moram os meus tios Christian e Carol que são casados e tem quatro filhos lindos o que me deixa feliz, porque a sua felicidade é a minha também. O meu tio fez algo extraordinário, entregou em minhas mãos à sua empresa mesmo sendo eu um jovem de 16 anos.

Meu tio Christian acreditou e confiou que eu seria capaz, foi um desafio encarar tanta responsabilidade, mas se o meu tio confiava em mim, nas minhas habilidades e potencial, não podia desaponta-lo. Quando ocupei o seu lugar na empresa as pessoas não acreditavam na minha capacidade o que foi bom e serviu de incentivo para executar o meu trabalho com perfeição, então surpreendendo a todos inclusive a mim mesmo trabalhei, dei o meu melhor e tornei a empresa ainda mais próspera e lucrativa, quando completei 18 anos, o meu tio decidiu vender a sua empresa para mim, em menos de um ano, já havia me tornado um Ceo mesmo sem me formar.

No Brasil também moram minha avó materna e a tia da minha mãe. Sobre a minha avô a convivência com ela é zero, por algum motivo que desconheço a minha mãe não tem nenhuma aproximação e contato, sei que é estranho e que aconteceu algo entre elas, não interfiro até porque é um assunto delas, porém isso é o suficiente para me manter afastado, se não tem contato com a minha mãe não tem comigo, como disse, a minha família é tudo para mim.

Sobre mim, não tenho muito o que falar, tenho o privilégio de ter em minha vida pessoas incríveis, uma mãe linda e maravilhosa, um pai fantástico e irmãos que amo demais. A minha família é a mais linda e perfeita de todas, só tenho a agradecer por estar rodeado de pessoas boas e corretas que me amam e respeitam, como gratidão eles tem todo o meu carinho, respeito e admiração.

O meu pai biológico é um mistério, minha mãe é a única que sabe desse homem e aguardo o dia em que ela contará sobre ele, embora não seja importante saber da sua existência. Bem, a minha vida é normal como de qualquer jovem, porém um pouco mais agitada e com muitas responsabilidades que alguns buscam e outros fogem.

Gosto de quem sou e o meu objetivo é progredir, chegar no topo através dos meus esforços, colocando em prática todas as minhas habilidades e potencial.

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Me chamo Ana Mollina,

tenho 20 anos, nasci em Hannover uma cidade pequena dos Estados Unidos onde morava com minha mãe Elaine

e minha irmã Natália.

Sempre foi nós três desde que o meu pai faleceu quando eu ainda era um bebê de colo.

Não ter a presença do meu pai em minha vida e a falta de um lar estruturado, me fez caminhar por um caminho solitário onde me encontrei sozinha e desesperada. Sei que nada justifica as minhas escolhas e atitudes, mas a ausência de braços fortes, acolhedores e protetores de um pai, tornou tudo difícil para mim.

Desde bebezinha ir para a creche onde ficava o dia todo era o melhor, já que minha mãe precisava trabalhar. Cresci com a minha irmã executando um papel que não era dela, por isso ela dizia me odiar.

A minha infância não foi a mais saudável para uma criança e nem apropriada. Na escola nunca tinha ninguém para assistir as minhas apresentações, infelizmente isso começou a me afetar.

Odiava não ter os meus pais presente na minha vida, enquanto os pais e as mães dos meus amiguinhos estavam ali sorrindo, abraçando e beijando seus filhos, ali estava eu sozinha. Foi assim a minha infância, imaginando que um dia seria como uma daquelas crianças onde os meus pais estariam ali e se orgulhariam de mim, só que isso nunca aconteceu.

A minha mãe não me tratava mal, mas para ela, eu parecia não existir. Diversas vezes ouvi dizer que fui apenas um erro, um descuido, por isso sempre se importou apenas por Natália, confesso que aquilo me magoou muito e me fazia querer ser como a minha irmã, mesmo sendo uma boa filha não fez a minha mãe me enxergar.

Passei um tempo me esforçando para ser melhor que a minha irmã, mas Natália era boa em tudo que fazia, isso me fez retroceder. Mesmo buscando atenção e carinho da minha mãe, nunca consegui.

Natália, contudo foi uma boa irmã, ela tentou ser legal e as vezes me tratava com amor e carinho, mas saber que minha mãe preferia ela me fez se afastar, claro que eu a amava, porém foi mais fácil se manter distante. Somos irmãs, filha do mesmo pai e mãe, também completamente diferentes uma da outra, praticamente duas estranhas dentro daquela casa.

Natália é linda, doce e dedicada, já eu uma rebelde, alguém cansada de implorar por um pouco de atenção e totalmente louca por carinho, minha irmã é sem dúvida melhor que eu. Por ser a mais velha parece que foi mais fácil para ela lidar com a ausência do nosso pai, além dela ser uma excelente filha quis ser para mim uma ótima irmã.

Na adolescência como não tinha ninguém que me controlasse me tornei uma menina rebelde, com 12 anos comecei a me envolver com pessoas mais velhas, eram jovens de 17 e 18 e até 20 anos que não ligavam para nada assim como eu. Eles cresceram sozinhos, conheciam coisas que eram novidades para mim, com esses amigos iniciei uma etapa nova em minha vida, infelizmente não foi a melhor.

Hoje estou morando em Chicago, uma cidade nova para mim, porém libertadora. O que quero é recomeçar deixar para trás todos os erros e escolhas que me trouxeram a essa vida vazia e solitária.

Aqui trabalho em uma cafetaria bastante movimentada no centro da cidade, ganho um salário modesto com excelentes gorjetas. Moro em uma pensão humilde, confesso que me sinto bem melhor do que morava em Hannover.

Na pensão todos são boas pessoas e acolhedoras, foi assim que conheci Fernanda

uma garota linda e simpática, infelizmente ela tem uma história triste, o que nos torna amigas.

Ela se tornou alguém especial em quem posso confiar, embora não tenha contado muito sobre mim.

Tê-la em minha vida é algo novo também, porque um dia acreditei que havia encontrado amigos verdadeiros, então a realidade foi diferente. Por isso ter amigos ou até mesmo conhecer pessoas não é importante para mim, mas sei que Fernanda é diferente, ela tem uma história que a torna especial.

Desde que mudei tento todos os dias ser alguém melhor quero ter um futuro, metas, objetivos e também sonhos. Acredito que algo bom ainda vai acontecer para mim, que sou especial e que por algum motivo existo.

Faz dois anos que mudei para essa cidade e as coisas tem dado certo desde que cheguei, comecei o curso de história da arte em uma excelente universidade, consegui a bolsa após me inscrever em um programa estudantil que, além de oferecer a vaga me dá uma ajuda de custo para comprar os materiais que utilizo nas aulas e também me oferecerá um emprego no final do curso na minha área. Tudo ainda é novo para mim, nunca as mudanças foram tão boas em minha vida, jamais imaginei que fosse possível isso acontecer, o que me dá motivo para me surpreender e aproveitar todas as oportunidades que estão sendo oferecidas.

O que posso dizer, é que não fui uma boa filha e nem uma boa irmã, por isso estou aqui nessa cidade sozinha a minha maior dificuldade foi desistir da minha família, porque foi exatamente isso que eu fiz, desisti. Não as culpo, somente eu sou culpada, ser sozinha não é a pior parte do meu dia que preciso enfrentar, mas está longe de casa é um desafio constante.

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Comments

Mara Lessa

Mara Lessa

começando a ler 22/09/24 . Rio de Janeiro.

2024-09-24

0

Hilda F.P Marchesin

Hilda F.P Marchesin

Iniciando Leitura
31/07/2024 17:06 PM
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