Capítulo 5 - Babaca?

Miguel

Eu escolhi o melhor quarto do motel para ficar com a Bia, eu não sei dizer porque eu escolhi o melhor só senti que deveria fazer e assim o fiz. Passamos longas horas dentro deste quarto e minhas amigas que fogo é este, eu nunca estive com uma mulher tão quente e tão intensa, a Bia me deu um trabalhão danado quase falhei na missão, mas eu como bombeiro sou expert em apagar fogo não poderia deixá-la em fogo. Deixei apenas algumas brasas acesas para que possamos nos ver novamente. Eu quero mais momentos assim com ela, mas sem compromisso, eu não sei o que ela tem ou fez, mas eu me sinto extremamente atraído por ela, os nossos corpos se encaixaram perfeitamente como se fossem peças de quebra-cabeças, a cada toque seu meu corpo correspondia imediatamente, estamos indo embora mas não posso deixar de dizer que as minhas pernas estão bambas, estábemdifícilme manter em pé. Olho no relógio e vejo que já é madrugada, foi tudo tão intenso que nem percebi a hora passar.

— Qual o seu endereço Bia?

— Rua: XXV, 756.

A encaro esperando ela dizer que está brincando.

— O que foi?

— Você mora no Residencial Red?

— Sim! Por quê?

— Eu moro lá também!

Vou o caminho todo em silêncio, refletindo que eu sempre a encontrarei, apesar de ter curtido muito eu não quero que ela pense que ficaremos frequentemente, foi bom, foi gostoso, mas é só isso.

— O que foi Miguel?

— Nada!

— Nada? Desde que descobriu que moramos no mesmo prédio ficou com esta cara de b*nda.

— Não precisa ficar preocupado, eu não irei bater na sua porta, dizendo que estou com estou com saudades. Quando pisar fora do seu carro você pode ter certeza que vou fingir não te conhecer, e pode acreditar sou muito boa nisso!

Nunca havia levado um esporro deste de mulher nenhuma, muito pelo contrário sempre fizeram de tudo para me agradar, agora que não vou abrir mesmo a minha boca, depois do que acabei de ouvir.

Bia

Céus! Que homem meninas! Sabe quando você encontra aquela pessoa que te faz sentir única, desejada, foi exatamente isso que aconteceu. O Miguel tocou cada parte do meu corpo como se já o conhecesse, ele me venerou de uma forma que nunca havia acontecido. A química foi perfeita, na medida certa, ele foi tão intenso quanto eu, as horas passaram que eu nem percebi. Só decidimos ir embora quando ambos estavam satisfeitos.

Assim que ele pergunta onde eu moro e por coincidência moramos no mesmo prédio, percebo ele mudar a sua postura, ele fica tenso, calado, se ele está achando que eu vou ficar na cola dele está muito enganado, coitado.

— Miguel, fica tranquilo que eu não vou ficar na sua porta implorando para ficar com você, o nosso momento foi muito bom.

Ele sorri de canto.

— Mas fica tranquilo que homem para mim é apenas por uma noite, não coleciono figurinha repetida.

Observo ele apertar com força o volante e as suas veias saltarem, o caminho de volta foi feito em um silêncio bastante incômodo.

Ao chegarmos no nosso prédio, saio do carro sem me despedir e bato a porta.

— Babaca!

Digo em voz alta, sigo em direção ao elevador sem olhar para trás. Chego no meu apartamento, eu moro em uma cobertura, tomo um bom banho me deito com os pensamentos no babaca do Miguelindo.

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