A secretária...

O primeiro dia de trabalho logo chegou ao fim, Rosana estava exausta, porém feliz por saber o quanto ganharia e por saber que a sua função não era algo difícil para ela, afinal de contas ao menos o que aprendeu, sendo secretária na empresa do seu falecido esposo estava sendo útil neste emprego.

—Obrigado Rosana, realmente precisava de uma assistente ou melhor dizendo, secretária, para que eu pudesse sair no horário, hoje graças a você, conseguirei chegar em casa antes que a minha filha durma.— Falou Igor feliz, apesar de saber que ela não seria sua secretária por muito tempo, já que o Thomas com toda certeza iria querer que ela fosse apenas dele.

—Eu quem lhe agradeço chefe, por ter me defendido e pela oportunidade de emprego.— Falou ela sorrindo.

Igor já estava prestes a entrar no elevador quando lembra de algo e chama a Rosana que também já se arrumava para ir embora.

Ele pega uma sacola e entrega a ela e diz:

—É um celular, formate ele e depois mande um oi para o meu contato, para que eu salve o seu número.

Rosana abre a sacola e quando o vê o celular, olha para o Igor e diz:

—Eu não posso aceitar, esse celular é muito caro, não seria certo.

—Aceite! Você é funcionária, então tem direito de ter um celular da minha empresa.— Falou Thomas que estava atrás dela.

Ela se vira olhando para o Thomas e diz:

—Então os funcionários da sua empresa ganham celulares caros?

—Apenas aceite senhorita Rosana, acaso tem algum celular que possamos entrar em contato?— Perguntou ele com um sorriso demonstrando deboche.

—Obrigada senhor Igor e senhor Thomas, mas assim que eu receber, pagarei pelo celular.—Falou ela encarando o poderoso Ceo da empresa.

—Como quiser.— Falou Thomas saindo em direção ao seu elevador individual.

Rosana despediu-se do Igor e foi até o Thomas, entrando no elevador privativo que ele estava, o deixando surpreso.

—Há algo que precisa saber? —Perguntou ele.

—Na verdade, gostaria de saber se poderia ir com o senhor para sua mansão, é que minha tia ainda está lá, já que ela quem prepara suas refeições.—Falou Rosana com uma voz delicada, o encarando de forma agradável.

—Acaso acha que eu sou o seu motorista?— Perguntou ele debochando dela de forma sarcástica e sendo bastante frio.

—Nossa, você parece que tem um limão azedo em sua boca, como pode ser tão rude? — Falou ela.

Thomas aproxima-se dela a deixando constrangida, o coração de Rosana bate acelerado, ele estava muito próximo a ela, apenas a alguns centímetros de tocar os lábios um do outro, então ele apenas respira lentamente e diz:

—Eu te levo, mas não faça da carona de hoje uma rotina.

As portas do elevador se abrem e ele sai na frente e ela respira fundo, afinal ele é um homem muito atraente, seu perfume era tão delicioso e marcante, a voz dele grossa e única, tudo nele era como um vício para as mulheres que o desejava, Rosana se sentia atraída por ele, por mais que ela estivesse buscando sua essência como mulher, de se amar primeiro novamente, focada apenas em reestabelecer a sua vida, Thomas tinha um jeito solitário que a fazia acreditar que eles eram semelhantes, por mais que ela negasse.