Capitulo 2
Marcos narrando
— Na sua idade, seu pai já estava casado e você
estava nascendo – Minha tia Patricia fala.
— Tia – eu olho para ela – está me chamando de
velho na cara dura?
— Você já tem 35 anos, fica pegando essas
menininhas ai no morro , isso não é vida para um dono do morro.
— O que o meu pau tem haver com o meu comando no
morro? Se liga tia, tem nada ver não.
— Seu pai está se remexendo dentro do tumulo, ele
sempre disse que você ia ser um homem de família que nem ele era.
— Porque eu? – eu pergunto – tem Thiago e ele pode
muito bem fazer isso.
— Você tem 35 anos, a vida útil de um dono do morro
é 45 anos no máximo – eu levanto da mesa – precisa se casar.
— Tenho dez anos ainda – eu olho para ela – quando
eu morrer, quem sabe descobre vários filhos meus perdido por ai.
— Marcos você não fale uma coisa dessa – ela fala
gritando e eu saio de casa.
Eu vou descendo para boca passando pelo morro, faz muitos
anos que estou a frente do comando, desde a morte do meu pai em uma invasão,
minha mãe morreu a alguns anos atrás por causa de um câncer e agora é só eu e
Thiago, a minha tia e a minha prima. Eu entro dentro da boca vendo o maior fuzuê.
— O que é isso?
— Flamengo pow – Thiago fala apontando para televisão.
— Dentro da boca caralho?
— Eu ainda acho que você seu pau no cu é
corinthano – Lk fala.
— Sai fora.
— Angel – Mosca fala – tá sabendo do convite que
recebeu.
— Ainda não falei para ele – Th fala e eu me sento
no sofá e Lk me entrega a pipoca.
— Tá ganhando pelo menos? – eu pergunto
— Não – Mosca fala
— Filhos da ....– eu falo – que convite?
— Pedro Alcantara – Th fala
— Mafioso mexicano? O que ele quer?
— Parceria.
— Ele quer distribuir as drogas dele aqui dentro,
isso sim. Sabe que se entrar na rocinha logo entra nos outros morros. – eu falo
— Deveria ir até o jantar, ver as intenções dele,
estamos precisando de fornecedor novo – Th fala.
— Ele tem razão, Angel – Lk fala
— Já disse para de me chamar de Angel – eu falo
— Ué, é o que o teu pai colocou em você.
— Marcos, me chame de Marcos! – eu repito
— Angel – Th fala – seu vulgo é Angel.
— Caralho – eu me levanto.
— Você vai? – Mosca pergunta
— Diz que eu vou – eu falo
— Até que enfim, essas drogas que tu tá comprando
aí – Lki fala e eu olho para ele sem paciência
– disse que a gente não deveria ter parado a produção.
— Estava tomando muito tempo e dinheiro, melhor
coisa comprar pronta e mandar entregar, economiza tempo e grana. – eu falo me
sentando na mesa – desliga a porra dessa tv e se manda trabalhar vocês tudo.
— Tamo indo – Lk fala saindo
— Th fica – ele me encara e os outros sai.
— O que foi?
— Não sei se vou aceitar negocio com esse mafioso.
— Porque não? – ele pergunta
— Se misturar com a máfia, não sei se a facção vai
gostar não.
— Fica na tua, pega as droga e se mantém na sua.
— Se descobrir a traição, o negócio fede para o
nosso lado.
— Relaxa – ele fala – se a droga for boa, depois
tu passa para eles, oportunidade boa e barata, vão negar não.
— Não sei não, esse Pedro e aquele genro dele.
— E a filha? Gostosa – ele fala.
— Filha? – eu pergunto
— É eu vi a foto dela com o marido lá – ele fala
rindo – em uma revista de fofoca.
— Cara, você vive com essas revistas de fofoca,
agora cuidar do morro quer cuidar não, nem arrumar uma mulher para meter um
filho e a tia parar de me encher a cabeça.
— Relaxa – ele fala – posso confirmar tua presença?
— Pode – eu falo – mas não sei se vou fechar
negocio.
— Com a facção eu me viro, vai lá e traga droga
boa para nós, depois das drogas vem as armas e fortalece a gente. – ele fala
saindo da boca e eu fico pensativo.
Por curiosidade puxo a foto da filha
de Pedro Alcantara e ela parecia ser mais superficial do que qualquer outra
mulher. Tiro a foto rapidamente.
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Atualizado até capítulo 77
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