Transar pela primeira vez com Hassan surpreendeu Zaphira que não imaginava que ele fosse tão bom de cama.
Ele podia ser um cafajeste e se comportar de forma fútil, mas ele sabia como agradar uma mulher.
Depois que tudo acabou, Zaphira foi até o banheiro e tomou um banho delicioso de banheira. Porém, após voltar ao quarto, viu Hassan sentado na beirada da cama, com uma cara estranha.
Ele estava só de roupão e cueca e parecia pensar em algo sério. Zaphira ficou com um pouco de medo em perguntar o que ele tinha e então, só começou a vestir sua camisola de dormir.
Hassan: eu fui enganado e você não me disse nada.
Nesse momento, um calafrio passou pela espinha de Zaphira. Ela ficou paralisada ao perceber o que estava acontecendo. Hassan então, ficou de pé e acendeu um charuto.
Hassan: você sabe do que eu estou falando, não é?
Zaphira: não, não sei.
Respondeu Zaphira escolhendo qual camisola vestir. Hassan se aproximou dela e então, pegando no seu queixo, virou sua cara para ele, com autoridade.
Hassan: você é uma mentirosa e eu não gosto de pessoas assim.
Zaphira: do que você está falando?
Hassan: você não era mais virgem quando se deitou comigo! Com quem se deitou antes de mim? Hein!?
Hassan apertou o queixo de Zaphira com mais força e então, empurrou sua cara com violência, fazendo ela cambalear para o lado. Depois, deu mais uma tragada no seu charuto.
Zaphira estava nervosa. Ela achava que ele não ia perceber esse detalhe, mas ela estava enganada.
Hassan era uma homem experiente de trinta e cinco anos, acostumado a ficar com mulheres de todos os tipos, era óbvio que esse detalhe não ia passar despercebido por ele.
Hassan: Você é uma desonra. Você é o pior tipo de mulher. Eu não posso sujar minha reputação por causa de você!
Hassan andou de um lado para o outro, enquanto fumava seu charuto. Ele parecia tão nervoso quanto Zaphira.
Zaphira: eu não queria me casar com você. Meus pais me obrigaram por causa do seu dinheiro.
Falou Zaphira. Nesse momento, Hassan lançou um olhar fulminante para Zaphira e então, parecendo fora de si, se aproximou dela e deu um tapão forte na sua cara, que fez ela cair no chão.
Zaphira ficou olhando para o chão, sem saber o que fazer. Um misto de raiva, agonia e tristeza tomou conta dela, enquanto sua bochecha ardia muito.
Hassan: você é uma vadia! Uma falsa seguidora dos costumes! Eu podia matar você agora se quisesse. Achei que estava fazendo um bom negócio, mas acabei me casando com uma vadia!
Hassan ficava gritando, enquanto Zaphira permanecia caída no chão. Até que ela respondeu, sem se abalar.
Zaphira: você não sabe nada sobre mim...
Hassan: o que?
Após dizer isso, Zaphira se levantou, tentando se recompor. Então, tirando forças de onde nem sabia que tinha, enxugou as lagrimas dos olhos e falou em alto e bom som.
Zaphira: eu não te amo! Nunca vou te amar! Esse casamento foi algo arranjado e eu não devo satisfações do que eu fiz da minha vida a você!
Hassan olhou para Zaphira como se quisesse mata-la só com o olhar. Mas, ela permaneceu parada no mesmo lugar, o encarando com raiva no olhar.
Zaphira: eu não tenho medo de você! Pode me bater, pode fazer o que quiser comigo, mas eu nunca vou te amar! NUNCA!
Zaphira gritou tudo isso para Hassan, sem medo. Então, deu as costas para ele e correu até o banheiro. Quando chegou lá, trancou a porta e começou a chorar em silêncio.
Hassan: Zaphira! Zaphira, volta aqui, agora! Você é minha esposa, me deve obediência! Não pode falar assim comigo!!
Zaphira escutou Hassan bater várias vezes na porta, mas era impossível arrombar. Até que depois de alguns minutos, ele desistiu e tudo ficou em silêncio.
Zaphira não imaginava que a primeira noite de sua lua de mel fosse acabar de forma tão terrível. Agora ela estava ali, dentro daquele banheiro grande e luxuoso, sozinha, sentada em cima de um tapete felpudo.
Ela pensou em Khalid e pensou se tinha alguma forma de fugir dali, mas não tinha. Não tinha absolutamente nenhuma janela, nenhuma saída para fora.
Ela imaginou o que Khalid faria se estivesse ali. Então, em meio a lágrimas e memórias felizes, ela acabou dormindo em cima do tapete do banheiro.
* * *
Khalid se preparava para sair do país, naquela noite. O seu vôo para a Itália, saia às sete horas, no mesmo horário em que a festa de casamento de Zaphira ia começar.
“Não se preocupa, princesa. Eu volto pra te buscar” pensava ele, enquanto esperava pelo avião. Ele pegou o celular, clicou em uma foto de Zaphira e ficou olhando para ela.
Até que o nome do seu vôo foi chamado no aeroporto. Ele então, guardou o seu celular, pegou a sua mala e caminhou até a porta de embarque.
Já dentro do avião, o celular de Khalid começou a tocar. Ele atendeu.
Khalid: oi, aqui é o K.
Khalid escutou atentamente o que a pessoa do outro lado da linha falava, até que respondeu com uma voz séria e calma.
Khalid: assim que eu chegar aí, tudo vai estar resolvido. A encomenda já está a caminho, é só questão de tempo para eu assumir o controle de tudo. Os dias do “padrinho” estão contados.
Então, após dizer isso, ele desligou o celular e se acomodou no seu assento do avião. Khalid estava mais sério que o habitual naquele momento e ele sabia que a sua vida estava em jogo. Mas, ele fazia tudo aquilo apenas por uma pessoa: Zaphira.
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Atualizado até capítulo 26
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