Capítulo 18

#PONTO DE VISTA DE PABLO#

Dois dias depois do jantar na casa da Amélia, foi até a casa do Leandro entregar a cópia dele no contrato.

Chegando lá, não tinha ninguém em casa, uma das empregadas disse que só a Gi estava em casa.

A Giomar, empregada da casa, estava de saída, e então eu pedi para usar o banheiro, como eu era de casa, ela permitiu.

Eu subi as escadas, em direção ao quarto do Leandro, usei o banheiro e quando estava voltando, vi a porta do quarto da Giovana aberta, e me desesperei.

Ela estava caída no chão do quarto, com um vidro de remédios vazio ao seus lado, não exitei peguei ela em meus braços, levei ela até o meu carro e levei até o hospital.

Fiquei ao lado dela o tempo todo, não avisei aos pais dela, sei que a Giovana ficaria envergonhada. Fizeram uma lavagem estomacal, depois o médico disse que ela e o bebé estavam bem.

Esperei ela acordar, para que pudéssemos conversar, e entender o que aconteceu.

GIOVANA - O que aconteceu?

PABLO - Você tomou um monte de remédios de uma vez.

GIOVANA - Minha cabeça dói.

PABLO - O médico disse que é normal.- Me sentei perto dela, peguei em sua mão e perguntei.- Quer me contar o que aconteceu?- Ela parou um momento e depois a chorar, como se tivesse se lembrado de tudo.- Calma, respire.

GIOVANA - Eu estava tendo uns enjoos estranhos, me sentia muito cansada, então, fui a uma farmácia, descrevi os meus sintomas, e eles me deram um teste de gravidez.

PABLO - Você não perguntou, mais o bebé esta bem.

GIOVANA - Hoje eu tomei coragem e liguei para o Caio, tocou algumas vezes, e quando ele atendeu.- Disse chorando mas.- Era óbvio que ele estava com alguém, enquanto gemia, falou que não era para eu ligar mais, pois ele nunca se importou comigo, e não era agora que iria começar.

Não pensei duas vezes, só abracei a Giovana que desfazia em lágrimas. Eu sempre amei essa menina, desde o colégio, mais ela sempre me viu como o amigo do irmão dela.

Sofri cada vez que vi ela com um namorado, principalmente, quando ela começou a namorar o Caio.

Fiquei bem desanimado, como comparar? Ele é um ator e modelo com um físico perfeito, e eu só sou um advogado, "rato de escritório".

Nunca me atrevi a me aproximar dessa maneira, mais vendo ela naquela situação, não poderia deixar ela sozinha.

Passei a noite no hospital com ela e na manhã seguinte a levei para casa, a nossa sorte era que não tinha ninguém em casa.

Dali por diante passei a cuidar da Giovana, obrigava ela a se alimentar, ela estava muito magra, e isso não fazia bem para o bebé.

Nessas duas semanas que se seguiram vi ela, todos os dias, sempre trazia um agradinho para ela e para o bebé.

Mais naquela tarde, após muito pensar, eu tomei uma decisão, uma que mudaria a minha vida para sempre.

GIOVANA - Oi, já estava achando que você não vinha.

PABLO - Perdão, foi uma dia cheio, e eu também parei para comprar uma coisa.- Entreguei a sacola, e disse enquanto me sentava.- Vê se você gosta.

Ela abriu o embrulho, e depois de ver a peça, sorriu e disse.

GIOVANA - É lindo, amei.

PABLO - Que bom que gostou.

GIOVANA - Com tantos presentes que você está trazendo, vai ficar difícil esconder da minha família.

Respirei fundo e disse, sentindo que era o momento.

PABLO - E se você não precisar esconder da sua família e nem de ninguém?

GIOVANA - Como assim?

PABLO - Giovana casa comigo?

GIOVANA - O que?

PABLO - Eu prometo que eu vou ser um bom pai para essa criança.

GIOVANA -Não posso pedir isso.

PABLO - Você não está pedindo, eu que estou aqui de joelhos, implorando que você seja minha, Giovana eu te amo desde sempre, e sei que você não sente nada por mim, só quero uma chance de te conquistar, de dar todo o amor que você merece, casa comigo?

Ela pensou um pouco e disse, meio exitante.

GIOVANA - Eu não prometo te amar, mais farei o possível.

Fiquei muito feliz com a resposta dela, eu queria beijar a sua boca, mais não quis parecer atrevido, então dei um beijo na bochecha

Depois tirei a caixinha do anel do meu bolso, abriu, tirei o anel, coloquei no dedo dela, beijei a sua mão e disse.

PABLO - Esse é o anel da minha avó, ela me deu e me fez prometer dar a mulher que eu amasse.

GIOVANA - E você vai dar ele para mim?

PABLO - Você é a única que merece usar.

Conversamos mais um pouco, depois de um tempo, ela colocou a mão na barriga, fiz a mesma coisa e disse.

PABLO - Não se preocupe, mesmo que nós não dermos certo, eu vou ser o pai desse meninão.

Ela sorriu e perguntou.

GIOVANA - Pode ser uma menina.

PABLO - Não, vai ser um meninão, para poder jogar bola com o papai.

GIOVANA - Pelo jeito, o papai vai ser muito babão.

PABLO - Só vou dar a você e a ele, toda a atenção que vocês merecem.

GIOVANA - E se ele se parecer com o Caio.

PABLO - Pode parecer com ele, mais serei eu que estará lá quando ele nascer, quem estará com ele quando der o primeiro passo e dizer a primeira palavra, serei eu quem essa criança chamará de pai, e tem mais, eu vou propor uma coisa.

GIOVANA - O que?

PABLO - Faremos de conta que é meu filho, ninguém precisa saber.

GIOVANA - E se as pessoas começarem a falar?

PABLO - Eles que se fod@m, o bebé vai ser nosso.

GIOVANA - E o vamos dizer para minha família?

PABLO - Inventamos uma história, e contamos as novidades depois do casamento do seu irmão.

GIOVANA - Eu não sei...

PABLO - Vai dar tudo certo.

Depois de muito insistir ela acabou aceitando, conversando mais um pouco, depois ela adormeceu, ajeitei ela na cama, dei um beijo em sua testa e fui embora.

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