cativeiro (8) Alice Negrini

Dois anos antes acordei em um lugar,frio e estranho com dores em todos os meus membros, sinto muitas dores em meu ventre,meus punhos doem por causa das amarras estão arranhados minha boca está seca tenho muita cede ,meu pequeno Alexander se sacrificou por seu irmão ,eu minhas lágrimas escorre por minhas bochechas vou fazer de tudo para que meus pequeninos saiam ilesos disso tudo ,oh meu amor sei que você vai nos trazer de volta meu ventre se contorce novamente e eu grito de dor oh Deus,oh Deus o que vai ser da minha filha meu Deus nascer em um cativeiro.Um homem

Encapuzado entra e grita cala a boca sua vadia ou vou fazer você gritar de verdade e sai.

Alexander continua dormindo por causa do sonífero, outra contração e me torço pra não gritar quando uma voz me surpreende ,uma voz conhecida não consigo acreditar.

-Vinícius socorro me ajude eu

-ele ergueu a mão

Então eu entendi tudo você não está aqui para me ajudar não é,

Ele sorriu ,mas seu sorriso não chegou em seus olhos e ele ordenou para os soldados levassem Victório que até então estava com o capuz na cabeça

—leven esse moleque.— por favor me joguei em seus pés e agarrei suas pernas por favor não faça nada com meu filho .

—ele gritou com um olhar frio para mim você era pra ser minha porra,eu engoli por anos o seu tão sonhado 'felizes para sempre '

Eu me encolhi com o seu olhar .

—Você era minha eu te amava ,eu sempre te amei ,mas seu maldito pai Ambicioso te entregou para o Victor o futuro Dom , por diferença de um minuto ele o maldito nasceu primeiro então o primogênito herdou o o trono da máfia italiana você era minha — você foi minha noiva por seis meses você casou por obrigação e eu te perdi para ele rosnou,mas agora eu tenho você e tenho o filho que séria meu .

—Vini — não me chama assim .

O Vini que você conheceu era fraco o Vinícius Negrini que sou hoje pega o que quer.

Então ele se vai .

—fui levada a um quarto minúsculo com um banheiro e uma pia o quarto só tinha uma cômoda velha e uma cama de casal passei vários dias presa recebendo comida uma vez ao dia perdi bastante peso minha gravidez já está quase no final a qualquer momento posso dá a luz me preocupo muito com o destino de meus filhos principalmente Alexander que só o vi uma vez rezo para Victor me encontrar ,sempre soube que não contar a Victor que eu tive um relacionamento com seu irmão gêmeo na verdade não passou de alguns passeios no jardim pois meu pai era contra sempre ambicioso e por mais que Vinícius falasse que me amava meu pai sabia que ele jamais seria o Dom ,pois o título seria dado para seu filho mais velho e jamais para ele na verdade a Victor sempre foi melhor em tudo mesmo eles sendo iguais e recebendo o mesmo tratamento .Vinícius volta e nós vamos para outro esconderijo —pergunto por meu filho e ele me mostra um vídeo de Alexander apanhando com um cinto de couro não dá pra ver seu rosto e eu grito pare por favor pare eu faço tudo que você quiser ,—eu só quero que meus filhos fiquem livres , vamos ver Alice, vamos ver .

Se aprece vamos sair daqui pois o maldito do meu irmão está revirando tudo atrás de vocês .

Saímos rápido minha barriga já está pesando meus pés estão inchados , chegamos no novo cativeiro esse é no subúrbio da Rússia ,comecei a sentir as contrações e dessa vez eu sei que não é alarme falso.

Após um longo dia de dores terríveis um dos soldados entrou no meu quarto,e constatou que eu havia entrado em trabalho de parto e ligou para Vinícius. Não sei quanto tempo durou , pouco tempo depois eu dei a luz, exausta ouvi um choro ao longe e pedi a Deus que esse pesadelo acabasse e que Meu amor nos encontrasse logo,e que O desgraçado do Vinicius pague por tudo que nos causou e tudo foi ficando escuro, já não ouço vozes coerente só murmúrios e desmaiei .

Ao acordar não sei quanto tempo depois, eu recebi a notícia de que meu filho nascido não havia sobrevivido, chorei por meses fiquei só pele e osso, não tive a oportunidade de me despedir do pequeno corpinho do meu bebê.

Vinícius chegou furioso por que só agora que percebeu que o menino que fez de refém não era o Victório e sim o Alexander,agarrou meu pescoço enquanto esbravejava— você sabia

— vociferou com ódio

Eu — por favor não machuque ele por —cala a boca

— eu faço tudo,mas por favor não machuca ,ele solta meu pescoço e sai

Alguns meses depois

— Alice não sei quanto tempo já estou aqui, mas tenho que convencer aquele demônio a libertar meu filho , com muita luta eu o vi Alexander está muito magro,e fraco tenho que libertar a qualquer custo .

Engulo minha ânsia de vomito e começo a acariciar esse verme que dorme em cima de mim,a muitos dias venho comendo pelas beiradas,ao menos as surras que eu e Alexander recebemos diminuiu muito.