Capítulo 4

O dia da seleção de novos integrantes para minha máfia chegou e pela primeira vez haverá um grupo de dez mulheres que terão que sobreviver e derrotar meus melhores homens para terem a oportunidade de trabalhar comigo.

Estamos em um dos meus campos de treinamento, equipado para fazer com que aqueles que não têm a coragem de trabalhar para mim urinem. Ao meu lado estão minha irmã e meu melhor amigo, os quais irão me ajudar a selecionar os novos 30 integrantes do nosso negócio.

Observo como um por um dos candidatos começa a entrar, e é claro que as últimas a entrar são as mulheres, pois embora tenha aceitado que participem, isso não significa que terão privilégios por serem mulheres, pois se elas realmente querem fazer parte do meu negócio, serão tratadas igualmente aos outros. Todas as mulheres começam a entrar e os olhares de medo não demoram a aparecer, pois o que elas enfrentarão hoje não será fácil e terão que provar que são úteis para este trabalho.

Causa-me risos ver como o medo vai aumentando em cada uma das mulheres que vão entrando, mas a última mulher a entrar chama muito minha atenção, pois é muito jovem e bonita, seus lindos olhos verdes se destacam na multidão, mas o que mais me impressiona é sua confiança ao entrar, pois não demonstra medo do que terá que enfrentar, a segurança em encarar é digna de uma rainha que não se intimida com nada nem ninguém e também não deixa ninguém improvisar, porque enquanto algumas das outras mulheres têm um pânico evidente em relação ao que está por vir e as demais me olham com desejo, ela apenas olha para frente e não demonstra nenhuma atenção, ao que me perguntei se não sou do tipo dela ou se ela gosta de mulheres, pois está apenas olhando na direção da minha irmã.

Observo seu corpo com o olhar e a roupa que ela está usando destaca sua bela figura, e só consigo imaginar tê-la debaixo de mim, gritando meu nome enquanto a possuo de maneira selvagem, mas aparentemente para ela sou invisível e isso me irrita muito, pois nenhuma mulher até agora resistiu aos meus encantos ou ao meu dinheiro.

Sua beleza e segurança me atraem mais do que eu gostaria de admitir, o que me deixa furioso porque não sou o tipo de homem para relacionamentos sérios. Apenas me envolvo com alguém quando preciso aliviar o estresse. Para evitar complicações, vou a algum dos meus bares e contrato uma acompanhante para me satisfazer. Se eu procurar qualquer outra mulher para saciar minhas necessidades, elas vão querer assumir responsabilidades que não lhes correspondem e que eu jamais darei, pois nenhuma mulher é suficiente para ser a rainha do Demônio Sangrento.

Agora preciso tirar essa bonequinha da minha cabeça e começar com isso de uma vez por todas, pois tenho coisas melhores para fazer e sei que essa boneca acabará morta como as outras. À exceção de minha irmã e minha mãe, as mulheres só servem para fazer compras, ir ao salão de beleza, academia e spa. Ou seja, só sabem gastar dinheiro. Portanto, não vou me deixar levar pelas fantasias eróticas que essa boneca provoca em mim e vou iniciar essa festa sangrenta.

—  Bom dia a todos, ou melhor, ao último dia de suas vidas, principalmente para as mulheres, pois não espero muito delas e duvido que sobrevivam mais uma hora.—

Olho para a bonequinha e seus punhos, assim como sua mandíbula, se apertam, mostrando que ela está irritada com meu comentário sobre seu gênero. Devo dizer que quando ela se irrita, fica ainda mais sensual e apetitosa. —

Essa prova será fácil, pois não quero perder meu tempo. Vocês terão três minutos para sobreviver, ou seja, enfrentarão uma batalha até a morte e os que sobreviverem terão a oportunidade de demonstrar se possuem habilidades além da luta corpo a corpo.

Todos ficam surpresos com o que acabei de dizer, mas a bonequinha sequer se abala, parece não se importar com o que eu disse. Vamos lá, bonequinha, vamos ver quanto tempo você sobrevive, e se você entrar no meu território para trabalhar para mim, será minha até que eu me canse de você.

—  Quando ouvirem o tiro, podem começar a função, e espero que os melhores sobrevivam.—

Olho para ela e aproveito que está me encarando para piscar o olho, e ela apenas me ignora.

Quem ela pensa que é para me ignorar? Mas que se prepare, pois preferirá morrer nessas provas a cair em minhas mãos. Pego minha arma e deixo que um tiro saia, assim dando início ao massacre.

A função começou e aconteceu algo que eu não esperava, porque a bonequinha luta melhor do que os homens e só precisa de alguns golpes para deixar seus oponentes no chão sem vida. Vejo como ela os mata e em seu olhar não há nem um pouco de remorso, o que me excita bastante, pois nunca havia conhecido uma mulher tão sádica, que se diverte matando e não expressa sentimentos ao fazê-lo. Sua forma de matar é rápida e certeira, ela os pega com um movimento ágil pelo pescoço e o quebra, não lhes dando a oportunidade de viver. Devo dizer que sua técnica de matar me surpreende muito, pois é preciso muita força para fazê-lo, e até para mim, sendo homem, é difícil, apesar de sua aparência frágil e delicada, ela consegue quebrar o pescoço de seus atacantes com um único golpe.

Os três minutos se passaram e a bonequinha sobreviveu, mas o que ela não sabe é que tenho muitos planos para ela, e não há forma de escapar do Demônio Sangrento.

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