Quem é ele?

Athena Castello

Acordo me espreguiçando na cama e lamentando mais um dia exaustivo de trabalho que vou ter, mas infelizmente eu preciso desse emprego pois minha mãe está doente no hospital e o tratamento é caro.

Trabalho como dançarina em uma boate, odeio os olhares dos homens em cima de mim é algo na qual sinto repulsa, mas como eu disse é um sacrifício que tenho que fazer, as vezes é preciso fazer escolhas difíceis por quem amamos.

Tenho 19 anos, só tive um namorado durante o período escolar, mas não foi algo sério, não sou virgem e isso aconteceu aos meus dezessete fui forçada e violentada, é horrível lembrar das coisas que passei naquela época, eu chorava enquanto minha mãe falava com a polícia.

Minha mãe tem um câncer muito raro e eu estou trabalhando na boate há mais ou menos um ano, tenho amigas aqui e a dona do lugar prometeu que ninguém jamais colocaria as mãos em mim sem minha permissão, ela é como uma tia que sempre me pergunta como estou.

A boate abre no período da tarde, como ainda é de manhã eu vou visitar minha mãe. Algum tempo depois estou no hospital conversando com ela.

Athena:

Acordou bem hoje? o médico disse algo? – pergunto passando as mãos em seu cabelo.

Mary:

Sim, querida. O médico não disse nada e como vai o seu trabalho na lanchonete?

Claro que eu não diria a minha mãe que trabalho como dançarina, disse que trabalhava numa lanchonete vinte e quarto horas.

Athena:

Vai bem... vou receber meu salário amanhã, estou juntando o valor para o tratamento.

Mary:

Você é tão dedicada, querida. Gostaria de não lhe dar trabalho... – diz triste.

Athena:

Não se preocupe, cuidar da senhora não é trabalho é minha obrigação como filha.– beijo sua bochecha e ela sorri.

Um tempo depois, vi que já estava chegando a hora de ir trabalhar então me despedi da minha mãe e fui embora. Chegando em casa tomei um banho e coloquei um short jeans e uma blusa preta pegando minha mochila e indo a boate.

Chegando lá, vejo as meninas limpando as mesas.

Athena:

As coisas vão ser agitadas hoje, não é?

Kate:

Nem me diga, parece que uns playboys vão vir hoje.

_Gente muito rica, suponho_

Layla:

Athena, você vai ganhar muito hoje, sabemos que é a favorita dos clientes.

_Como se isso fosse uma coisa boa_

Athena:

Tô precisando mesmo... – vou até o camarim.

Oito horas da noite, o salão já está cheio e nós estamos nos preparando como sempre vou entrar por último já que elas se apresentam primeiro. Coloco um maiô de costas nuas e solto o cabelo, passo um batom vermelho e desenho as tatuagens nos braços com uma tinta a prova d'água, porque eu soo muito.

E o show começa, Kate se apresenta primeiro e dança com movimentos um tanto pesados e exagerados e da plateia eu escuto um: "gostosa" e isso me deixa enojada. Logo depois entra Layla, com movimentos brutos e provocantes, ela está de salto alto e um conjunto de roupas que deixa seu corpo a mostra.

Então chega a minha vez, me apoio na barra e faço movimentos suaves e giro, parece que tudo de repente ficou mais lento e tive um vislumbre de um homem de terno preto bebendo vinho, seus olhos estavam vidrados em mim. Termino meu show e volto para o camarim com uma sensação de sufoco o que já se tornou um costume.

Layla:

Crise de novo? – ela põe a mão nas minhas costas.

Athena:

Sim... eu preciso ir ao banheiro... – digo ofegante.

Kate:

Tome um banho, troque de roupa e vá para casa o que fez hoje foi o suficiente.

E então eu vou no banheiro do camarim, retiro a maquiagem e a roupa, colocando a de antes. Agora o maior desafio será passar por essa multidão de homens excitados sem ser notada.

Athena:

Kate, você tem um casaco com capuz?!

Kate:

Não tá pensando em passar por aqueles homens, está?

Athena:

A saída do camarim é muito esquisita, por favor.

Kate:

Tome cuidado, pirralha. – ela joga o casaco.

Eu aceno e saio pelos fundos tendo acesso ao salão, logo ponho o casaco erguendo o capuz e passo pelos homens, mas quando estou perto da saída esbarro miseravelmente com um homem, mais específicamente com aquele de terno preto.

???:

Fugindo antes do horário?

Athena:

Senhor, por favor eu preciso passar. – sussurro.

Tento passar mas ele se põe na frente.

— Qual é o seu problema?

???:

Beba esse vinho. – ordena.

_o que?!_

Athena:

Não, eu não bebo.

???:

Então serei forçado a dedurar você para todos esses homens.

_esse idiota... vou ter que beber_

Pego a taça e viro de uma vez.

Athena:

Pronto, satisfeito?

Ele sorri e meu pai e que sorriso mais... sensual ele é bonito admito.

???:

Qual é o seu nome e idade?

Athena:

Você parece ser o tipo capaz de investigar para descobrir.

???:

Garota atrevida... gostei, apenas diga.

Athena:

Athena, meu nome é Athena e eu tenho 19 anos, agora eu preciso ir.

???:

Não quer saber meu nome?

Athena:

Não tenho o menor interesse, addio. – falo a última palavra em italiano e saio correndo.

Que homem ridículo, Quem ele pensa que é? mas ele é até bonito, mas devo me lembrar de não julgar o livro pela capa. Chego em casa e me jogo no sofá pensativa, sinceramente espero que ele não apareça por lá nunca mais.

Matteo Ricci

Aquela garota é diferente, ousada e corajosa além de muito gata e sabe falar italiano o que é uma surpresa que a deixa mais atraente para mim, vou investigar mais a fundo sobre ela e assim dar uma jeito de tê-la a todo custo.

Saio da boate e vou para meu apartamento, amanhã vou viajar de volta para a Itália tenho negócios a resolver mas com certeza mandarei meus capangas a levarem até mim, quero saber o que a jovem Athena tem a me oferecer. Ligo para meu amigo Emílio e peço a ele para que venha até aqui, um tempo depois ele chega.

Emílio:

Qual é a urgência, Cara?

Matteo:

Quero que investigue um certa... mulher pra mim.

Emílio:

Hmm tá, qual o nome dela?

_droga, esqueci de perguntar o sobrenome_

Matteo:

Não deve ter muitas pessoas aqui em Londres com o nome de Athena, certo?

Emílio:

Athena? bem, se ela não disse o sobrenome talvez você possa me dizer as características dela.

Matteo:

Olhos azuis, cabelo longo preto e ondulado, corpo de... uma deusa.

Emílio:

Certo, ah e a última parte não vai me ajudar muito. – ele ri.

Matteo:

Não importa, quero que a ache e a leve para a Itália já que vou viajar amanhã.

Emílio:

Ei, ficou louco? vai levar uma desconhecida para sua casa na Itália? sem contar que vão notar o desaparecimento dela, sabe o que seu tio vai achar sobre isso.

Matteo:

Ele não tem que achar nada, eu sou o chefe, se ele não quiser seguir minhas ordens então que se foda e quanto a alguém notar o desaparecimento dela, você cuida disso. – digo friamente.

Ele caminha até a porta e olha por cima do ombro.

Emílio:

Cuidado Matteo, essa garota pode se tornar sua perdição. – e sai.

Eu só preciso que ela esteja disposta pra mim, apenas isso, assim quem sabe os outros não me deixam em paz e amor? haha isso não está nos meus planos.

Continua...

~•NOTA DA AUTORA•~

Oi pessoal, tudo bem?

Espero que gostem do meu novo livro, peço para que comentem o que acharam desse início, curtam o capítulo e votem na minha obra.

bjoo 😘 e até o próximo capítulo...

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