Capítulo 4: Reencontros e Revelações

O amanhecer em Belénopolis trouxe consigo uma mistura de expectativas e nostalgia para Victória. Apesar de tentar se concentrar em seu projeto para a semana cultural, sua mente insistia em voltar para Chang. A ideia de reencontrar seu amigo de infância, agora um homem poderoso e influente, era quase surreal.

Enquanto isso, Chang já estava no Hotel Y, inspecionando as mudanças que planejava implementar. Mesmo com sua postura séria e profissional, ele não conseguia esconder a ansiedade de rever Victória. Ao olhar pela janela do hotel, viu a praça central onde tantas vezes brincaram juntos. Uma leve nostalgia apertou seu coração.

— Senhor Chang, seu próximo compromisso será às 10h com a equipe do hotel. Depois disso, temos a reunião com os fornecedores locais. — informou Angel, sua assistente eficiente.

— Certo, Angel. Mas antes, quero sair para dar uma volta. — Chang respondeu, deixando Angel surpresa, pois ele raramente fugia da agenda.

Chang saiu discretamente do hotel e caminhou até a praça. Lá, encontrou Victória sentada em um banco, com um caderno de croquis no colo, rabiscando ideias para seu desfile. Ele hesitou por um momento, observando-a de longe, antes de finalmente se aproximar.

— Victória? — chamou, sua voz suave, mas carregada de emoção.

Ela levantou os olhos, surpresa, e precisou de alguns segundos para reconhecer o homem à sua frente. Ele estava diferente: mais alto, mais confiante, mas ainda com aquele olhar gentil que ela lembrava.

— Chang? É você mesmo? — ela perguntou, levantando-se rapidamente.

— Em pessoa. — Ele sorriu, estendendo a mão, mas foi surpreendido por um abraço repentino de Victória.

— Não acredito que está aqui! E tudo isso sobre você comprar o Hotel Y? Desde quando você ficou... tão importante? — Victória perguntou, ainda atônita.

— Digamos que tive sorte e trabalhei bastante. Mas e você? Ainda sonhando em ser uma grande estilista? — Chang respondeu, tentando manter a conversa leve.

— Sempre. E você? Ainda obcecado por tecnologia? — ela brincou, relaxando aos poucos.

Eles passaram a manhã conversando sobre os anos que ficaram distantes. Victória descobriu que, apesar do sucesso, Chang sentia falta da simplicidade de Belénopolis e de sua infância ao lado dela.

— Sabe, eu sempre quis voltar para cá. Parte de mim nunca deixou este lugar. — ele disse, olhando para a praça com um sorriso melancólico.

— E por que voltou agora? — Victória perguntou, curiosa.

Chang hesitou por um momento, mas decidiu ser honesto.

— Porque queria ver você. —

A resposta a deixou sem palavras. Ela desviou o olhar, sentindo o coração disparar, mas antes que pudesse responder, Bruna apareceu correndo, ofegante.

— Vic! Você não vai acreditar! — Bruna parou ao ver Chang ao lado da amiga. — Espera... é você? O Chang?

— O próprio. — Chang respondeu, sorrindo de leve.

Bruna olhou para Victória com um olhar de "te avisei" antes de voltar à urgência.

— Vic, seu pai ligou. Parece que algo aconteceu no trabalho dele. Ele quer que você volte pra casa o mais rápido possível.

Victória ficou preocupada, se despediu de Chang rapidamente e correu para casa. Chang ficou parado, observando-a se afastar, com uma sensação de que ainda havia muito para dizer.

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Em casa, Allan estava sentado à mesa, com as mãos entrelaçadas e a expressão tensa.

— Pai, o que aconteceu? — Victória perguntou, ofegante.

— É sobre o trabalho, Vic. O Nawaki quer cortar custos, e ouvi rumores de que algumas pessoas podem ser demitidas. Estou fazendo o melhor que posso, mas não sei se é suficiente.

Victória segurou a mão dele.

— Você sempre fez tudo por mim, pai. Agora é minha vez de ajudar. Vamos superar isso juntos.

A conversa reforçou os laços entre pai e filha, mas no fundo, Victória sabia que algo maior estava acontecendo. Entre a volta de Chang e os desafios no trabalho de Allan, a sensação de que mudanças significativas estavam por vir era inevitável.

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Naquela noite, Victória deitou na cama tentando organizar seus pensamentos. Chang voltara e dissera que queria vê-la. Seu pai enfrentava um momento difícil. E, no meio de tudo isso, ela precisava se concentrar no desfile que poderia ser o início de sua carreira.

— Um dia de cada vez, Vic. — ela sussurrou para si mesma, antes de finalmente adormecer.

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