Apresentação

Meu nome é Joana Albuquerque, tenho 45 anos, formada em administração, me casei muito cedo devido a algumas circunstâncias que irei contar.

Rodrigo é meu marido, nos conhecemos ainda na adolescência, tornamos amigos e acabamos nos casando.

Ele deveria ser meu alicerce e meu porto seguro, alguém que pudesse confiar, mas com o tempo sinto que me perdi de mim mesmo, já não ligava mais para minha aparência, minhas roupas, perdi contato com minhas amigas e passei a ter apenas ele como companhia.

Eu confesso que vi no meu casamento, minha liberdade, poder sair, conhecer lugares, mas eu mal sabia que

na verdade estava entrando numa prisão ainda pior.

Porque aquela Joana que tinha sonhos, que planejava uma vida cheia de aventura foi sumindo lentamente a cada dia.

No começo era um verdadeiro sonho… Nossa vida sexual era uma loucura, acho que exploramos todos os cantos da casa rsrsrs, mas depois de algum tempo era como se nos afastássemos.

Ele já não ligava mais em como tinha passado o dia, simplesmente esqueceu, abdiquei de muita coisa por ele,  como sair com minha amiga mesmo que fosse para ir ao shopping, chegava do trabalho já preocupada em fazer um jantar especial para ele, cuidar das suas roupas, etc.

Mas Rodrigo já não se importava com nada disso e muitas vezes cheguei a jantar sozinha.

Já fazia muito tempo que não cuidava de mim, acho que esqueci de como era comprar roupas, sapatos, passar um dia no salão, apesar de trabalhar e ter meu próprio dinheiro.

Certo dia entrei numa loja e fiquei parada em frente ao espelho, não me reconheci… Eu olhei e só via um vazio, um corpo sem alma, sem alegria e totalmente sem vida.

— Como pude me deixar chegar nesse ponto?

Eu tinha na verdade uma amiga, Natália, que por nos conhecermos desde a infância, foi a única que se manteve sempre ao meu lado.

Rodrigo todos os finais de semana saia para tomar cerveja com os amigos, jogar bola pelo menos era o que ele

dizia, pois chegava a vezes as 03:00 da manhã com aquele cheiro forte de álcool, eu me encolhia na cama torcendo para que não me tocasse.

E assim o sexo entre nós também esfriou.

Ele chegava em casa e nem ao menos me olhava, eu era como uma empregada que às vezes lhe dava algum prazer além de lavar, passar e cozinhar.

Mas um dia as coisas começaram a mudar, foi uma loucura mas aconteceu exatamente assim…

Já fazia alguns meses que precisava fazer meus exames de rotina, então pensei comigo o mesmo.

— Deixa de ser idiota Joana, você dedica todos os seus dias para seu marido e fica deixando sua saúde de lado, será que ele vai cuidar de você? Ele nem se preocupa como foi seu dia.

Então peguei o telefone e marquei tudo de uma vez, está na hora disso mudar. Eu trabalho tanto, pelo menos isso tenho direito.

Após alguns dias fui ao médico e para minha surpresa descobri que tinha um tumor no cérebro.

— Como assim doutor? Mas eu não sinto nada, às vezes apenas uma leve dor de cabeça como qualquer pessoa que trabalha e ainda cuida de uma casa rsrsrs

Doutor: Pois é, estranho mesmo, mas ela num estágio muito avançado, você demorou muito tempo para fazer seus exames de rotina.

— Nesse caso como será o tratamento?

Doutor: infelizmente nesse estágio não há mais possibilidade de tratamento.

— O que isso quer dizer?

Doutor: Que você só tem dois meses de vida.

Claro que ao ouvir isso forma um "O" na minha boca. Eu me levantei e sai totalmente perdida e a primeira coisa que fiz foi ligar para minha amiga Natália, que claro quando liguei veio imediatamente me encontrar, eu estava desesperada.

Natália: Amiga que houve?

— Estou morrendo.

Natália: Oi?

— É isso, estou morrendo.

Natália: Já ligou para o Rodrigo?

— Rodrigo nem liga para mim amiga, por que ligaria para ele?

Natália: Porque ele é seu marido.

Eu estava muito irritada comigo mesma, estava com meus 45 anos, frustrada com minha vida e ainda casada com alguém que não me dava a mínima e isso precisava acabar, foi nesse momento que resolvi tomar uma importante atitude na minha vida.

— Esse casamento acaba hoje.

Natália, ficou com os olhos arregalados pois eu estava casada a 25 anos e como poderia pensar nisso a essa altura do campeonato?

Natália: Como assim? Agora?

— Claro, pensa! Eu só tenho dois meses, preciso fazer algo ou serei uma defunta frustrada, não vou perder tempo chorando, preciso recuperar o tempo perdido, pelo menos aproveitar de algum jeito.

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Olá meus amores, bom aqui vai mais uma obra que estou começando, esse será meu primeiro livro baseado nas mulheres acima de 45 anos, contendo muitas cenas de sexo, espero que curtam.

Agradeço desde já!!

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