CAPÍTULO 2

*** _ Aonde você pensa que vai?! _ Olhei na direção da mão dele e falei.

Martina _ Sugiro que você me solte agora mesmo! _ E deu uma gargalhada, eu lembrei das aulas de defesa pessoal, puxei o dedão dele em direção a mão dele com toda a minha força, ele me soltou e gritou.

Ela se estava parada até que ela puxou o dedão dele, e ele urrou de dor.

*** _ Você não sabe com quem está se metendo! _ Ele foi para cima dela, então eu e os rapazes saímos e falei.

Leonardo _ Tina, está tudo bem aí?! _ Acho que nunca fiquei tão feliz por vê-lo aqui.

Martina _ Leo.. Oi.. na verdade .. esse homem está me importunando! _ Lancei um olhar matador para ele.

Leonardo _ Tina, venha aqui! _ Ele estendeu a mão até mim, e quando eu ia pegar, o maldito me puxou de volta e colocou uma faca em meu pescoço.

*** _ Não mesmo, meu benzinho! _ Eu conheço essa voz, mas da onde? Ela então pisou com o calcanhar no pé dele, deu uma cotovelada na virilha, estômago e nariz, ele saiu andando para trás e caiu na água.

Leonardo _ Bernardo, você e o Patrício podem ir atrás dele na água? _ Os dois concordaram, e fui até a Tina. _ Martina, você está bem?! _ Ela está bem quieta. Eu estava paralisada, até que eu senti o toque dele em meu ombro e olhei nos olhos dele, ele estava claramente preocupado comigo.

Martina _ Err, sim estou. _ Ela segurou a roupa contra o corpo, ela estava com vergonha de nós dois.

Leonardo _ Tommaso, vamos, eu quero saber se o Bernardo e o Patrício acharam ele. _ Tommaso me acompanhou. Eles saíram, eu me vesti e saí correndo, fui para a minha barraca, peguei minha mochila e fui para o banho. Entrei no banheiro e fui tomar banho e comecei a chorar, eu fiquei morrendo de medo de morrer, me vesti e fui para a minha barraca, peguei meu livro e me sentei para ler. Precisava me acalmar, estava lendo sobre um serial killer, Jeffrey Dahmer. Não vi quanto tempo fiquei ali, mas a Patrícia entrou e falou.

Patrícia _ Tina, vamos nos sentar ao redor na fogueira, beber e contar histórias, vamos?! _ Eu estava toda dolorida do nervoso que passei.

Bernardo e Patrício não o acharam, o que é muito estranho, parece que tinha alguém o esperando, não vou falar nada para os monitores, não quero todos em pânico.

Patrício _ O que vamos fazer? _ Eles ficaram preocupados com a Tina.

Leonardo _ Por enquanto, nada. Ninguém deve saber o que aconteceu aqui! Ninguém! _ Falei olhando para os três.

Tommaso _ E a Martina, como ela está? _  Eu também estava super preocupado com ela.

Leonardo _ Não sei, mas depois eu vejo, vamos agora! _ Nós quatro saímos dali, eu dei mais uma olhada em redor, e não vi ninguém, mas a frase que ele disse não saiu da minha cabeça. “Meu Benzinho!”, duas jovens nos abordaram.

*** _ Hey, nós vamos nos juntar ao redor de uma fogueira e beber para contar histórias. _ Todos nós concordamos, era bom beber um pouco.

Depois de nos arrumar, fomos para a fogueira, mas Tina não havia aparecido, mas não me preocupei. Não sei quanto tempo estavamos bebendo, já estávamos todos bêbados, lembrei que eu ia dormir com a Clara, filha do Paulo, um dos homens do conselho.

Eu estava dormindo, quando alguém entrou em minha barraca.

Martina _ Quem está aí? _ Ninguém falou nada, acendi a lanterna, era o Leonardo. _ Ah é você! _ Fui até ela e a beijei, que lábios deliciosos, um beijo cheio de desejo, eu não esperava pelo beijo, mas me rendi, tinha gosto de uísque com bala de menta.

Leonardo _ Seja minha essa noite! Seja minha! _ É uma droga quando somos apaixonadas, e então me entreguei a ele.

Não sei que horas eram, mas era cedo, não ouvi barulho algum, tinha alguém deitado em meu peito, olhei para baixo e não acreditei no que vi. _ MARTINA?! _ Me acordei assustada.

Martina _ O que?! O que foi?! _ Ela estava nua, não estou acreditando no que eu fiz.

Leonardo _ O que você está fazendo aqui?! _ Ele é um idiota, só pode.

Martina _ Você que invadiu a minha barraca. Então eu que devo te perguntar isso! _ Puta que pariu, o pai dela vai me matar.

Leonardo _ Não me diga.. que a gente… _ A pior parte foi essa, ele não se lembra, e eu fiz sim com a cabeça. Não tô acreditando no que eu fiz, ela é só uma menina, meu Deus. _ Eu preciso sair daqui. _ Ao me levantar vi o que não queria ver, ela ainda era virgem, ela estava constrangida.

Martina _ Você pode sair?! _ Eu queria saber o por que ela se entregou a mim.

Leonardo _ Eu quero saber o por que você se entregou a mim? _ Que ódio desse idiota.

Martina _ Por que eu te amo! EU TE AMO! _ Ela é maluca, só pode, como pode me amar?

Leonardo _ Desculpa, mas não posso corresponder ao seu sentimento! _ Que idiota! Idiota, comecei a chorar, ele tentou se aproximar de mim, mas eu virei meu rosto e falei firme.

Martina _ Saia! AGORA! _ Ele saiu, eu me vesti, juntei as minhas coisas e fui até o Bruno. _ Bruno, eu preciso falar com meu pai. _ Bruno fez uma cara de bravo e falou.

Bruno _ Srta Romano, você sabe que são 15 dias aqui sem contato e … _ Eu não estou com paciência e falei.

Martina _ BRUNO! OU VOCÊ ME PASSA O TELEFONE, ou eu farei questão de mandar a sua esposa e filhas para o puteiro mais depravado do meu pai! _ Bruno tremeu na base e falou.

Bruno _ Err, tu tu tudo bem! Aqui está! _ Ele me entregou o telefone e liguei para o meu pai.

📲P: Bruno?! Está tudo bem?

📲M: Não pai, sou eu Martina. _ Um nó se formava em minha garganta.

📲P: Oi minha filha, o que houve?!

📲M: Eu não quero mais ficar aqui, não quero mais ficar na Itália.

📲P: Minha filha, não é assim! _ Não quero discutir.

📲M: Pai, por favor, venha me buscar! _ Eu estava quase chorando.

📲P: Tudo bem, o Heitor está indo te buscar! _ Eu fiquei aliviada, me despedi e desliguei. Bruno se aproximou e falou.

Bruno _ Srta Romano, o que houve com você? _ Eu não queria falar com isso.

Martina _ Me desculpe pela forma como falei com você, mas eu não quero falar sobre isso! _ Bruno entendeu e saiu de perto, mas ficou por ali, demorou cerca de 35 minutos e Heitor chegou. _ Tchau Bruno! _ Bruno acenou e eu fui para o carro com o Heitor.

Leonardo _ MARTINA… MARTINA … ESPERA! _ Não quero olhar nunca mais para ele, eu entrei e fechei a porta do carro.

Depois de eu refletir sobre a forma como eu tratei a Martina, poxa foi a primeira vez dela, eu poderia pelo menos ter a tratado melhor, mas não eu tinha que tratar ela como uma qualquer, voltei para a barraca dela, ela não estava mais, só estava a irmã do Patrício, Patrícia.

Leonardo _ Oi, Patrícia, a Martina onde está?! _ Ela me lançou um olhar julgador e falou.

Patrícia _ Não sei, você deve saber! _ Eu sou um idiota mesmo. Fui então até onde o Bruno sempre fica, a vi entrando no carro do pai dela, ela estava com os olhos inchados de tanto chorar, coitada, sou um babaca. Ela não quis nem me ouvir, eu mesmo não me ouviria se fosse comigo, mas quando eu sair daqui vou falar com ela.

Voltei para o camping, estavam ali os três sentados à mesa comendo o café da manhã.

Bernardo _ E aí como foi ficar com a Clara?! _ Passei minhas mãos pelo meu rosto e falei.

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