Será que um dia serei livre? Capítulo 5

Jade Bartiere

Acordo cedo como de costume, faço minha higiene pessoal, e depois vou para a cozinha tomar meu café. Ao chegar lá, Lucia me entrega uma sacola com algumas peças de roupa, eu fico emocionada, pois, eu não tenho nada, o pouco que tinha ficou na casa do meu pai, eu não recebo salário para que eu possa comprar algumas coisinhas para mim, quando eu penso nisso eu fico muito triste, pois os meus planos eram encontrar um trabalho e estudar, queria ser professora, ou cozinheira, eu gosto muito de crianças e de cozinhar. Agora eu estou aqui, trabalhando sem ganhar nada, sofrendo racismo, e nas mãos de homem cruel.

Eu fico emocionada, e agradeço à Lúcia pelas compras:

Jade: Muito obrigada Lucia! você é um anjo na minha vida.

Lucia: não há de quer minha linda, dei de coração se pudesse daria mais coisas, mas não tenho condições.

Jade: Isso já é fantástico!

Falo toda animada e feliz, é tão bom saber que alguém gosta da gente. Nossa estava tão empolgada, que não percebir quando Mateo chegou na cozinha, só sentir puxar a sacola das minhas mãos e perguntar:

Mateo: o que é isso?

Pergunta é revista toda sacola, jogando todos as compras no chão, na hora eu fiquei nervosa, e lágrimas saíram dos meus olhos, estava om medo dele, eu tenho muito medo, pois sei do que ele é capaz. Ele então fica olhando os objetos no chão. E pergunta:

Mateo: O que é isso em quem lhe deu dinheiro garota para comprar essas coisas?

Lucia: Senhor Mateo fui eu quem comprei para ela. Desculpe não sabia que não podia.

Mateo: tudo bem.

Ele fala e se sai, eu fico com vergonha, pois ele viu minhas compras, são coisas pessoais de mulher.

Lucia: minha filha não liga para isso não.

Eu aceno com a cabeça pego minhas compras e vou guarda-las, quando volto Andrea está na cozinha, fica olhando para mim, como se eu fosse um nada, essa mulher é mesmo muito má, mas não darei ouvidos aos seus insultos.

Andrea: Sabe Jade você não gosta que eu lhe chame de escrava, mas você já tem a cor e trabalha e não ganha nada, além de não ter ninguém.

Eu começo a chorar por suas duras palavras, essa mulher é uma megera, meu Deus! como pode ser tão má? eu então lhe respondo tremendo e chorando muito.

Jade: eu não sou escrava nenhuma, para de falar que suo escreva Andrea!

Andrea: esculta aqui sua negrinha fedida não fala no meu nome, não suporto sua gente, vocês são nojentos, você é ridícula, e esse seu corpo exagerado, está mais para gordo isso sim.

Jade: nossa você é muito má, e preconceituosa, isso é ridículo esse tipo de pensamento.

Andrea: para de falar comigo sua sonsa. Você para mim é um nada. Eu sinceramente não entendo como seu Mateo, a trouxe para cá, você não serve nem para faxineira.

Jade: se acha isso então por que sempre fala algo para mim? deveria me ignorar sempre já que não significo nada para você.

Andrea então se aproxima e tenta da um tapa na minha cara, mas antes dela conseguir, alguém á impede, quando eu olho para ver que foi, fico totalmente surpresa.

Mateo Salvatore

Estava quase saindo quando escuto uma discussão vindo da cozinha, ou melhor escuto a Andrea insultar e tentar agredi-la, e sinceramente que menina mole, é agredida com palavras e não diz nada, Andrea com esse preconceito idiota, quem ela pensa que é para falar com alguém assim, não importa quem seja, na minha casa quem manda sou eu, não permito que subordinados meus se metam na administração da minha casa.

Para mim esse negócio de achar que alguém é melhor ou pior que o outro pelo tom de pele é puramente bobagem, para mim Isso não existe, somos iguais temos capacidades iguais perante as adversidades da vida, o que importa é saber usar- la a nosso favor.

Quando eu vejo que a Andrea vai estapear Jade, eu seguro firme seu pulso e dou-lê um tapa forte no rosto, a fazendo cair, seus lábios sangram, então eu falo:

Mateo: Esta louca, quem manda nessa porr@ aqui sou eu! entendeu porra?

Andrea: Seu Mateo foi ela quem começou.

Ela acha que sou louco, eu ouvir toda a discussão, e sem falar que essa garota a jade é uma frouxa, não revida nada, caso alguém tente algo contra ela.

Mateo: acha que sou idiota porra! Esculta aqui, nunca mais ouse falar com alguém assim, dentro da minha casa, aqui quem manda sou eu, entendeu?

Ela então baixa a cabeça e acena que sim, então eu falo.

Mateo: Apartir de hoje você ajudará a Jade na faxina.

Andrea: mas senhor...

eu a interrompo, falando de um jeito calmo e frio, o que eu imagina que ela saiba que não irei repetir novamente.

Mateo: eu não irei repetir outra vez.

Falo e saio, para encontrar meu Pai. Uma hora depois o encontro.

Diogo: Filho como estão as coisas com a garota?

Mateo: a coloquei como minha faxineira.

Diogo: para que isso Mateo?

Mateo: para observa-la melhor pai.

Diogo: certo você que sabe, só acho desnecessário, você deveria casar logo isso sim.