Capítulo 1

Aurora Albuquerque

Quando Aurora chegou em sua casa depois de 3 anos vivendo no colégio de freiras, ela ainda pensava a razão de seus pais adotivos ter mandado que o motorista fosse buscá-la tão repentinamente, apenas lhe dizendo que seus pais precisavam dela lá sem nenhuma explicação. Claro, como ela sempre foi uma filha muito obediente, apenas fez suas malas, se despediu das freiras e de suas amigas noviças e seguiu com ele para casa.

Agora ela estava ali, mas sem seu hábito de noviça como sua mãe praticamente exigiu que ela não usasse quando fosse para casa e nem sua mãe, nem seu pai lhe disseram nada do que estava acontecendo a sua mãe até mandou que vestisse um vestido que ela de maneira nenhuma usaria por ser muito justo revelando todas as curvas de seu corpo que ela fazia questão de esconder por baixo do hábito e era tão curto que chegava indecente, mas ela não gostava de contrariá-los porque se sentia em dívida com eles por a criarem depois que ela foi deixada ainda bebê na porta deles, eles podiam muito bem lhe colocar em um orfanato, mas não fizeram isso a criaram lhe dando uma boa educação e quando completou 14 anos eles a colocaram em um colégio dirigido por freiras e vendo todo o trabalho caridoso daquelas senhoras tão amáveis fez nascer a vontade de se tornar freiras como elas e ajudar o próximo e orientar pessoas como elas faziam.

Quando comunicou isso aos seus pais através de uma carta eles não receberam muito bem a decisão dela, principalmente sua mãe falou que era um desperdício uma jovem linda como ela ao invés de procurar um bom casamento com um homem de boa família e muito rico ela estava querendo se trancar em um convento e viver no meio delas sempre lhe dando com a pobreza e gente sem nenhuma classe sendo que ela era uma, Albuquerque uma das famílias mais prestigiada e de renome em São Paulo.

Ela ficou magoada com aquele comentário, mas não disse nada, apenas lhe disse que ela estava muito feliz com a sua escolha e lamentava não ser o que ela queria para ela. Inês e Mauro nunca foram pais amorosos, mas também nunca a maltrataram, apenas sempre lhe trataram de maneira seria e apesar da falta de carinho, por outro lado, nunca deixaram lhe faltar nada. Mas Aurora sabia que eles ficaram ainda mais frios com ela depois do fato terrível que aconteceu em uma noite naquela mansão, sendo que ela foi a maior vítima naquilo e esse também foi um dos motivos para eles internarem naquele internato e até hoje Aurora sofria com muitos pesadelos ao se lembrar disso.

O seu irmão de adotivo 10 anos mais velho que ela tentou estuprá-la porque sabia que não era sua irmã de sangue. Ele tinha 24 anos na época e Aurora 14 e ela nunca se esqueceu do dia que ele entrou no seu quarto completamente bêbado após chegar de uma festa com os amigos Barra pesada que ele andava e tentou estuprá-la e só não conseguiu porque ela mesmo sendo menor que ele e mais fraca que ele acertou o abajur que ficava na cômoda próxima a sua cama e tocou na cabeça dele com toda força que tinha o que fez ele cair no chão zonzo no chão mais depois ele se recuperou e iria tentar ataca-la novamente.

Foi aí que seus pais ouviram o barulho e foram até seu quarto eles viraram ainda tentando agarra-la e seu pai lhe afastou de Aurora e pela sua expressão de Pânico e a camisola que usava toda rasgada e chorando muito eles sabiam o que havia acontecido só que resolveram fingir que nada aconteceu o que fazia Aurora guardar uma mágoa deles no coração e como queria ser freira lutava consigo mesma para se livrar daquele sentimento, mas até hoje doía porque eles não fizeram nada com o seu irmão o Caio apenas fecharam os olhos mandaram estudar fora do país e mandaram ela para o internato como se quisessem impedi-la de faltar com que quer que seja do acontecido. E isso também foi mais uma razão para ela querer se tornar freira, ela passou a ter medo de qualquer homem que tentasse tocá-la ou se aproximasse demais dela. Aurora sentia como se seus pais a culpasse do ocorrido e se arrependesse de tê-la adotado, mas ela não tinha culpa de aos 14 anos já ser uma moça linda e chamar a atenção de vários garotos e até de homens bem mais velho que ela como o seu irmão adotivo que ela sempre viu como um irmão e é isso que mais lhe doía ele desde que completou 13 anos a tratava de uns forma diferente até se tornou hostil com ela como se ele também a culpasse pela atração que sentia por ela e quando completou 14 ele pareceu não controlar mais essa atração e de prevaleceu da bebida para tomar coragem e tentar fazer o que estava desejando fazer com ela, mas fracassou e graças céus ele não conseguiu.

Ela parou de pensar naquilo tudo que lhe até hoje lhe causava muito sofrimento e tristeza e se olhou no enorme espelho de seu quarto que ainda bem agora era outro diferente do que ela ocupava no andar debaixo que seu pai transformou em um escritório. Ela ficou se olhando por um bom tempo e viu que aquele corpo não era o que ela gostaria de ter por chamar muito atenção com seios pequenos e firmes, cintura fina e quadris largos e suas pernas grossas e bem torneadas também chamavam atenção agora a mostra no vestido que para ela era curto demais mesmo 3 dedos acima de seus joelhos. Pelo menos ele não era decotado, tinha um decote reto nos ombros e por ser preto disfarçava um pouco suas curvas sinuosas. Seu rosto também chamava a atenção com uma pele clara que mais parecia uma boneca, ela sempre foi linda com seus olhos verdes , um narizinho delicado e lábios carnudos e bem feitos que ela ouvia muitos garotos na antiga escola que estudava dizer que eles pediam para serem beijados ela ficava muito envergonhada e odiava ouvir aquilo, ela nunca quis saber de nenhum garoto mesmo antes de acontecer o que aconteceu, muitos garotos e garotas da sua escola dizia que ela era lésbica por causa disso, mas Aurora hoje em dia pensava consigo mesma que ela talvez sempre foi assim porque o seu desejo e vocação para ser tornar freira existia desda daquela época.

Ela voltou de novo para o presente, escovou seus cabelos longos, cortados em camadas e castanhos que caiam brilhantes e sedosos pelas suas costas até a cintura e desceu assim que a governanta que trabalhava a anos na casa, a senhora Amélia, veio lhe avisar que seus pais a esperavam no escritório dele.

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