Academia Da Sinergia

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O fim do mundo e a nova era

Seria tentador rotular esta história como um conto de fadas, mas isso seria apenas uma fuga, uma tentativa de escapar do indesejável. Nem sempre foi assim. Nos anos 2110, o mundo era tão esplêndido quanto se pode imaginar. Era uma época em que a tecnologia reinava, tornando tudo fácil, próspero e simples.

Contudo, 2110 marcou o limite dessa prosperidade. Foi o ano em que o mundo começou a sofrer as consequências da evolução tecnológica. Desmatamento, poluição e a exploração implacável de minerais só poderiam levar a uma coisa: a ruína mundial. Não importava se você era rico ou pobre, se vivia em uma mansão ou em uma barraca, se era poderoso ou humilde. A Terra era a casa de todos, e, se ela ruísse, todos cairiam juntos.

A partir de 2111, o mundo se viu mergulhado no caos climático. Tsunamis, furacões e terremotos tornaram-se tão comuns quanto respirar. Com o caos veio a luta entre nações. O dinheiro, a comida e os recursos se tornaram escassos, enquanto a ajuda mútua desapareceu. Os países não podiam mais cuidar uns dos outros, pois estavam ocupados enfrentando seus próprios problemas. Foi então que as guerras eclodiram. Uns invadiam outros territórios em busca de recursos, enquanto outros fugiam desesperados, temendo morrer de fome. As guerras destruíram a maioria da tecnologia do mundo, liberando uma radiação mortal que dominou o planeta, ceifando vidas.

Em meio ao desespero, o mundo já não era mais o mesmo. Em 2123, a inteligência britânica encontrou uma maneira de salvar aqueles que sobreviveram. Não podiam imunizar as pessoas contra a radiação, mas podiam adaptá-las a ela. Foram anos de testes, com muitos efeitos colaterais. Mas, em 2140, encontraram a perfeição. O material radioativo foi incorporado ao código genético da próxima geração. Geração após geração, nos adaptamos cada vez mais rápido. Finalmente, podíamos iniciar a reconstrução do mundo. Com essa alteração genética, uma nova fonte de vida surgiu em nós, que chamamos de sinergia. Aqueles que nasciam sem a sinergia morriam devido à radiação.

A sinergia era um poderoso dom, mas ainda não sabíamos disso. Foi apenas em 2180, quando um jovem chamado Jhon Lark, da equipe de Reconstrutores da Matéria Mundial, sofreu um acidente. Ele estava encarregado de reflorestar uma área preservada quando uma rocha na colina desabou sobre ele. Todos presentes testemunharam o impossível. A rocha deveria tê-lo esmagado, mas simplesmente passou direto através dele.

Os relatos de Jhon revelaram que ele sentiu uma força interior, um instinto que o impediu de ceder sua vida à rocha que o atingiu. Depois desse momento, ele não conseguia mais se lembrar do que havia acontecido.

O mundo ficou sabendo do caso de Jhon, e, de repente, várias pessoas ao redor do mundo começaram a compartilhar relatos semelhantes. Não haviam contado antes, pois pensavam que eram ilusões, e aqueles que o faziam eram rotulados de loucos. Após o caso de Jhon, todos acreditaram. Foi somente após extensas pesquisas que o cientista Duke Brandel, da Califórnia, descobriu que esses eventos eram resultado da sinergia que todos possuíamos.

Com a revelação dessa descoberta, o mundo se polarizou. Em seus momentos mais altos, as pessoas se uniam para reconstruir o mundo, enquanto nos momentos mais baixos, alguns usavam seus poderes para o mal em busca de benefício pessoal.

Foi em 2185 que o mundo se preparou para dar início a uma nova sociedade. Nesse ano, o mundo dividiu-se em quatro continentes. Quatro líderes supremos foram escolhidos, pois, neste momento crucial, a opinião coletiva só atrasaria o desenvolvimento, visto que todos tinham ideias divergentes. O primeiro continente, liderado por James Phartel, foi declarado como Nação Phartel. O segundo continente, comandado por Thomas Aguiar, tornou-se a Nação Aguiar. O terceiro continente, Nação Dtrande, foi nomeado por sua sinergia densa e seu líder, Cornel. E, por fim, o quarto continente, Nação Carmesis, governado por Carmelion Carmesis, um ambicioso líder que desejava criar uma nova nação, os Carmesis.

O continente Phartel era notavelmente pacífico, liderado por James Phartel, que governava de forma coletiva. Embora a divisão entre classes ainda persistisse, James trabalhava incansavelmente para ajudar todos, independentemente de classe, raça ou gênero. Ainda assim, conflitos entre as classes eram frequentes.

A Nação Aguiar era um continente misterioso, com poucos relatos sobre suas ações, mas desfrutava de prosperidade. Era um reino de igualdade, com ricos e camponeses prósperos, mas sem pobreza. Eles valorizavam o simples e a satisfação com o que tinham.

Os Dtrande, liderados por Cornel, eram mais radicais, acreditando serem superiores. Eles eram ricos, mas também havia grande pobreza. Sua liderança era marcada por princípios fortes e ambições determinadas.

Por último, os Carmesis, liderados por Carmelion Carmesis, eram um reino ambicioso e ambivalente. Sua riqueza havia sido construída sobre a desgraça que se abateu a partir de 2110, mas Carmelion acreditava que seu poder poderia ultrapassar as fronteiras de seu continente.

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