José dá um passo perigoso...
Na segunda-feira vejo que algumas coisas voltaram a acontecer... o chefe Fred voltou a nos visitar e a receber os galanteios da tal Deyse (talvez tenha ficado ausente por motivo de trabalho) e José, coincidentemente ou não, também voltou a me cortejar, mas dessa vez ele foi um pouquinho além dos elogios.
- Vamos sair essa noite? Tem um restaurante aqui perto... e depois posso te levar em casa no meu carrinho - ele coloca motivos para que eu aceite... e vejo que ele está sem aliança, deve ter separado mesmo.
- Olha seu José... - comecei a falar, já fazendo uma expressão negativa.
- Apenas José, por favor... não sou tão velho quanto pareço... só não fui bem cuidado - ele queixa-se e é uma queixa recorrente dos casados... espero ser uma boa esposa quando for minha vez.
- José... eu posso até aceitar, mas nada além de amizade, certo? - deixo tudo bem claro.
- Te vejo mais tarde, então? - ele pergunta animado (ele ouviu o que eu disse?).
- Até mais tarde... - falo tentando não sorrir pra ele, mas não consigo, ele é um tiozinho engraçado.
Ele vai embora... e a bruxa comenta.
- Espero que em breve seja minha vez com o patrão - de certa forma Deyse estava feliz por mim.
Sorri para ela de forma simpática e voltei ao trabalho... na hora do cafezinho nem achei Tatiana, mas na hora do almoço não escapei de seu interrogatório: “É sério que vai sair com José?”, “É só amizade mesmo ou...”, etc.
Antes de ir embora, José veio ao meu encontro dando o braço, querendo que eu me segurasse nele para irmos andando juntos (ele não ouviu mesmo!), apenas fui andando na frente e em passos rápidos e ele foi se virando para acompanhar meu ritmo. Já estava na porta e ele uns três metros atrás:
- Ei, espera... você nem sabe onde é - ele apontou com sabedoria.
- Sim... - respondi de forma simplória.
- É perto, mas vamos de carro - ele fala e finalmente me alcança.
- Ok, mas sem gracinhas. Lembre-se ape... - eu falava, mas ele interrompeu.
- Apenas amizade, já sei, mas não posso ser cavalheiro com uma amiga? - ok, ponto pra ele nessa.
- ... Pode, mas não exagere - respondi conformando-me.
Ele abriu a porta pra mim, em princípio não reconheci o carro (sou péssima nisso), mas creio que seja um do começo dos anos 2000. Entrei e logo depois ele entrou do lado do motorista. Um minuto e meio mais ou menos após ligar o carro ele já estacionou, era virando a outra esquina.
- Pronto, chegamos - ele fala me observando, todo animado, apesar de ter me ouvido (será?).
Eu abro a porta do carro e escuto um lamento dele, acho que ele queria que eu esperasse pra ele abrir a porta pra mim (se fosse o galante patrão, quem sabe...). De qualquer forma entramos no restaurante.
A comida era cara, mas fiz questão de pagar minha parte (ainda nem recebi e já estou gastando, sorte que ando sempre com algum dinheiro). O papo foi bom e aproveitei para saber dele as fofocas, afinal da boca da própria fofoqueira eu jamais saberia. Ele não soube dizer muita coisa, mas ouvi dele duas coisas interessantes: O chefe admitiu pra ele que está gostando de alguém, mas pediu para guardar segredo sobre o nome e que Tatiana já ficou com metade dos funcionários homens da empresa, só não ficou com o chefe e alguns outros casados.
Então o chefe está querendo a Tatiana? Improvável... só pode ser a tal Deyse (que ódio).
Após o jantar, como prometido, José me levou até em casa e não fez mais nenhuma gracinha... na verdade eu percebi que ele é mais atirado quando tem plateia.
E mais um dia se passou, mas dessa vez a noite foi diferente.
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Atualizado até capítulo 35
Comments
ana
😅😅🧡🧡
2025-08-18
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