capítulo 4

Sebastian ia todos os dias ao escritório,e todos os dias ele mantinha a Madeleine trancada. Quando ele ia jantar em casa,ele liberava ela do quarto. Soraia ficava com frequência na casa dele. Fazia de tudo para ver Sebastian bater nela. Os pais dela estranharam a ausência da filha, nenhuma ligação,ou visita. Não tinham o endereço da casa dela,ligavam para o celular e não conseguiam. Eles foram até a casa do avô do Sebastian,e foram atendidos pela empregada. Eles entraram e o seu Gaspar recebeu eles. Ambos comentaram da preocupação com a filha pois não viam ela desde o casamento. Ele também disse que não viu nem o neto,e nem ela depois que voltaram da lua de mel. Mas ele iria ligar para o neto. Senhor Gaspar ligou, mas só dava desligado. Ele prometeu que assim que tivesse alguma notícia avisaria eles. Que eles não se preocupassem que ele pessoalmente levaria a Madeleine para ver eles. O senhor Gaspar mandou buscar chá para eles. Após o chá os pais de Madeleine foram embora. Havia seis meses que a filha não via eles. Seu Gaspar chamou o motorista e pediu para levar ele até a empresa. O motorista fez o que ele pediu. Quando chegou,e perguntou pelo neto a secretária informou que ele havia viajado. Seu Gaspar pediu então o endereço da casa dele,a secretária passou imediatamente. Ele mandou o motorista leva-lo até lá. Quando chegou e tocou a campainha a empregada veio atendê-lo.

-Boa tarde,em que posso ajudá-lo? -Eu gostaria de falar com a Madeleine. -A senhora não está. -Ela vai demorar a voltar? -Não sei informar senhor,gostaria de deixar algum recado? -Avise a ela que o avô do Sebastian está a procura dela. -O senhor é avô do senhor Sebastian? -Sim. -Entre por favor. -Obrigado.

Ele entrou e olhou tudo em volta. Não havia nenhuma foto do casamento,nem foto alguma,parecia tudo muito vazio.

-Senhor gostaria de um chá,uma água,ou um café? -Porque não há fotos pela casa? -O que disse senhor? -A casa parece não ter vida. Onde estão as fotos,as cores,onde está a vida dessa casa? -Senhor,posso perguntar algo? -Sim. -O senhor gosta da senhora Madeleine? -Lógico que sim. -E do seu neto? -Também, como não gostaria. -Se eu contasse algo o senhor ajudaria ela. -Ajudar a Madeleine? -Sim. -Por Deus mulher fale logo. -Senhor... -Vovô que surpresa,deveria ter me avisado que vinha. -Você não estava viajando? -Precisei voltar mais cedo,e quando vi o seu carro fiquei surpreso com a sua visita. -Eu vim saber se estão bem,depois que voltaram não foram me visitar. Os pais de Madeleine estão preocupados com ela,não tem nenhuma notícia dela há meses. -A Medeleine foi assaltada,e levaram o celular dela. Imagina coitada ficou em estado de choque. Ainda bem que não machucaram ela. Ela ficou com medo de sair por um bom tempo,agora quando vai para algum lugar procura andar sempre com uma amiga. -Pois é,eu queria muito ver ela,mas a sua empregada me disse que ela saiu. -Ela deve estar com essa amiga. Eu queria fazer uma surpresa a ela. -Porque não levou ela com você? -Essas viagens são sempre cansativas. -Mas ela poderia fazer alguma outra coisa. Compras por exemplo. -Nem me fale,ela adora. -Já deveria ter comprado outro celular não acha,assim os pais poderiam conversar com ela. Coitados devem sentir a falta da filha. -Eu vou providenciar isso. -Não tem como falar com a amiga dela,eu quero ver ela. -Infelizmente não sei o número. -Como não vai saber,se acontece algo e você precisa falar com ela. -Foi um descuido meu Vovô,mas prometo ser mais cuidadoso. O senhor quer um chá? -Não,mas quero que vá jantar comigo hoje,e leve a Madeleine. -Iremos sim Vovô. -Quando voltar eu quero ver essa sala com mais vida,não tem nenhuma foto de vocês. -A empregada deve ter tirado os quadros para limpar. -Bom eu já vou indo,não esqueça do nosso jantar. -Não vou esquecer. Eu acompanho o senhor até a porta.

Sebastian olhou para a empregada. A coitada estava com medo,mas indignada com as mentiras que ele falou. Assim que o avô foi embora,ele entrou.

-Você falou alguma coisa para o meu avô? -Não senhor,não disse nada. -Eu acho bom.

Sebastian subiu e foi até o quarto tirar ela de lá.

-Sai daí anda. O meu avô veio atrás de você,eu falei que você estava na casa de uma amiga,ele queria saber porque não foi visitar os seus pais,e porque não liga para eles. Eu disse que você foi assaltada,e ficou com medo de sair de casa por um tempo,e agora quando sai leva essa amiga,o seu celular foi roubado no assalto,você entendeu. Responde garota. -Sim. -Agora vai dar um jeito de tomar banho e se arrumar, ele quer ver você e vamos jantar lá. E não esquece nenhuma palavra sobre nada, se abrir essa boca,amanhã ela vai amanhecer cheia de formigas. Agora vai.

Madeleine subiu as escadas e foi para o quarto. Ela viu uma roupa,uma comprida para cobrir os hematomas que tinha pelo corpo,e foi tomar banho. Ela aproveitou bem aquele banho. Quando saiu do banheiro vestia uma calça jeans,e uma blusa de manga comprida,tudo muito simples. Colocou o tênis,penteou os cabelos,e desceu. Ela foi até a cozinha,a empregada entregou a ela um copo de leite. Madeleine escutou os passos apressados pela casa e largou o copo. Sebastian entrou na cozinha e viu ela ali parada.

-Vamos.

Ela saiu apressada da cozinha. Antes de entrar no carro,ele agarrou o braço dela e apertou.

-Não esquece nenhuma palavra.

Ela só fez sinal de positivo. Ele entrou no carro,e esperou ela entrar. Eles foram para a casa do avô. Quando entraram ele estava na sala sentado.

-Vovô chegamos. -Madeleine minha querida,saudades sua. -Como o senhor está? -Bem minha querida. Melhor agora vendo você,seus pais estão preocupados pois não tem falado com você,e estão sem notícias. -É que... -Vovô depois do assalto ela ficou com medo de sair. -Ela poderia ter ligado do seu celular, você poderia ter levado ela até lá. -Eu chego tarde em casa Vovô, e tenho muito trabalho. -Não tem desculpa,amanhã mesmo vamos até a casa dos seus pais,eu levarei você. -Não precisa Vovô eu levo. -Não como você disse,tem muito trabalho. Eu vou aproveitar e passar um tempo com a Madeleine,e tomar chá com os pais dela.

Sebastian não gostou da ideia de deixar ela e o avô sozinhos. Talvez ela tentasse fugir.

-Amanhã eu não tenho muito trabalho,e como faz um tempo que não fico com o senhor,podemos ir todos juntos. -Onde estão pensando em ir? -Oi mãe. -Como você está meu filho? -Bem. -Deveria vim ver a sua mãe mais vezes. -Sebastian que milagre.

Soraia já vinha com um sorriso de orelha a orelha. Seu Gaspar percebeu algo diferente na Madeleine quando viu a Soraia.

-Bertha mande buscar chá para nós. -Porque eu? -Porque estou pedindo. -Eu busco. -Não,você é visita. A Bertha não faz nada o dia todo,ela que vá. -Tudo bem,meu filho você quer um café. -Eu disse chá para todos. -Vamos tomar chá com o Vovô.

Ela foi soltando fogo pelas ventas.

-Madeleine me fala sobre a viagem, gostou? -Claro. -Eu espero que tenha se divertido. -Claro. -Que lugar você mais gostou de conhecer? -Acho que foi o restaurante Vovô. -Espero que tenha apreciado a comida de lá,tem restaurantes muito bons. -Claro,a comida era realmente maravilhosa. -E quando pretendem me dar bisnetos? -É Sebastian quando vamos ter cópias suas pela casa.

Soraia falou com um ar de deboche.

-Eu prefiro cópias da minha querida Madeleine,meu neto é feio demais. -Quem sabe em breve,estamos trabalhando para isso,não é mesmo meu amor. -Claro. -Que bom,espero resultados em breve.

Bertha chegou com os chás. Ela entregou o do seu Gaspar. Sebastian entregou uma xícara para a Madeleine,e pegou outra para ele. Sebastian não deixou ela sozinha com o avô,vigiou ela em tempo integral. Após o jantar Sebastian acompanhou o avô até o quarto. Bertha não perdeu tempo.

-Meu filho deve ter vergonha de sair com você,vestindo esses trapos velhos. Deve ser por isso que ele não sai. Você sempre será uma pobre nojenta. A Soraia sim está no mesmo nível de classe que o meu filho. Quer saber sai da minha casa agora. -Eu não posso sair. -Eu mesma vou tirar você daqui.

Bertha pegou ela pelo braço,abriu a porta e jogou ela na rua.

-Fica aí,esse é o seu lugar ,já que parece uma mendiga.

Bertha fechou a porta na cara dela. Madeleine levantou e ficou encostada no carro esperando pelo Sebastian. Ele conversou um pouco com o avô e se despediu. Soraia esperava por ele na porta do quarto.

-Vamos para o meu quarto. -Não posso,aqui não. -Ele não vai saber de nada. -Eu vou para casa amanhã a gente se fala. -Vem meu amor,vai ser rapidinho. -Rapidinho.

Sebastian foi para o quarto da Soraia,o rapidinho dele foi uma hora. Madeleine estava com frio,caminhou de um lado a outro. Sebastian apareceu e reclamou por ela não ter esperado dentro da casa. Ela explicou que a mãe dele havia colocado ela para fora da casa. Mas ele não quis ouvir. Entrou no carro e foi embora para casa.

-Não tenta nenhuma gracinha amanhã, você entendeu. -Sim. -Se acha que está ruim agora,pode piorar e muito.

Eles chegaram em casa,ela foi direto para o quarto dela. Ela trocou de roupa,foi ao banheiro,voltou para o quarto e trancou a porta. Ela deitou e se cobriu para poder se aquecer. Sebastian não estava gostando da intromissão do avô na vida dele. Talvez a Soraia tivesse razão,se acabassem com ele agora, tudo ficaria mais fácil.

Na manhã seguinte Madeleine foi acordada com chutes na porta. Ela abriu a porta.

-Se arruma e desce,meu avô deve chegar daqui a pouco. -Já vou descer. -Não demora.

Ela foi ao banheiro,voltou no quarto colocou a mesma roupa do dia anterior,prendeu o cabelo,e desceu. Sebastian estava à mesa,esperando ela servir ele. Ela serviu,e se sentou. Ambos tomaram café,e ele passou mais uma vez as regras para ela. Quando o avô chegou ele foi atender.

-Bom dia Vovô. -Bom dia. Então vamos? -Vamos. -A Madeleine vai,você fica. -Eu vou junto. -Não,apenas nós dois vamos sair. Vai trabalhar. -Tudo bem Vovô.

Antes dela sair,ele pegou o braço dela apertou e lhe deu um beijo.

-Bom passeio.

Assim que eles saíram,Sebastian ligou para a Soraia. No caminho seu Gaspar notou que ela estava muito calada. Ele mandou o motorista parar em um café. Ele desceu com ela. Pegaram uma mesa mais afastada,ele pediu chá e bolo.

-Então minha querida pode me dizer o que está acontecendo? -Não está acontecendo nada. -Está,você me respondeu ontem de um jeito tão diferente. Era como se não soubesse o que falar. -Não há nada. -Tem sim,e eu quero que me conte tudo,a sua empregada me pediu para ajudar você,mas quando ia falar Sebastian apareceu. O que está acontecendo?

Madeleine começou a chorar.

-Minha querida fala a verdade,assim vou poder ajudar você. -É o Sebastian. -O que ele fez? -Ele me humilha,me xinga,me bate,me deixa trancada dentro de um quarto sem comida,sem água,sem nada. Ele ainda leva a amante dele para a nossa casa,e ela faz de tudo para ver ele me maltratar. Eu não sabia o que responder ontem,eu passei a viagem toda trancada no quarto do hotel sozinha,enquanto ele se divertia com ela,ele ia apenas tomar banho e saia novamente. Ele não me ama,ele nem tocou em mim depois que casamos, ele não é o mesmo Sebastian que eu conheci. -Eu não posso acreditar que ele faça tudo isso com você. -Ele ameaçou matar a mim,e aos meus pais se eu falasse alguma coisa para qualquer pessoa. -Isso não pode continuar,eu vou conversar com ele. -Se fizer isso,as coisas vão piorar para mim. -Que tipo de ajuda precisa de mim? -Eu só quero me separar dele,eu quero a minha vida de volta. -Eu vou tentar ajudar você,mas por enquanto vamos fingir que você não me contou nada. Eu vou dar um jeito de resolver isso tudo. Eu só preciso que você fique calma. -Por favor me ajuda,eu não quero nada de vocês,somente a minha liberdade. -Quem é a amante do Sebastian? -A Soraia. -Aquela cobra,ela deve estar envenenando ele. -Seu Gaspar não fala nada para nenhum deles por favor. -Esse será o nosso segredo,vamos dar um jeito de resolver isso. -Obrigada. -Fica tranquila.

Gaspar tranquilizou ela. Depois de tomar o chá,e comerem o bolo eles voltaram para o carro. Eles seguiram viagem,depois de algum tempo eles finalmente chegaram a casa dos pais dela. Madeleine bateu à porta,e a mãe veio abrir.

-Filha,que bom ver você. -Aí mãe que saudade. -Vem vamos entrando. Aí filha eu sinto tanto a sua falta. -Eu também mãe eu também. -Vamos seu Gaspar entre.

Ela acompanhou eles até a sala. Ela abraçava a filha,beijava e falava da saudade que estava.

-O seu pai já vem,foi pegar umas coisas que eu precisava. Estão com fome? -Não. -O seu Gaspar é homem de palavra,ele disse que traria você é trouxe. -Imagina se ia ficar sem cumprir.

O pai dela chegou,e quando viu a filha na sala ficou feliz.

-Minha filha que bom ver você novamente. -Oi pai eu senti sua falta. -E porque não veio antes me ver? -A Madeleine passou por um trauma,mas agora já está melhor. Ela havia sido assaltada,levaram o celular,mas graças a Deus não aconteceu nada né meu anjo. -É sim,foi só um susto grande. -Mas deveria ter ligado para dar alguma notícia. -Me desculpa pai. -Mas ela vai poder matar a saudade de vocês agora,ela pode ficar o fim de semana com vocês,e na segunda feira eu venho pessoalmente pegar ela. -Mas e o Sebastian? -Não se preocupe,eu mesmo falo com ele. Fique com os seus pais,e descanse. Pois na segunda feira vamos passear. -Fico feliz por saber que gosta da nossa filha. -Como não gostaria de uma menina como ela,é inteligente,bonita,educada,seus pais criaram muito bem você. -Criaram sim.

Enquanto eles estavam ali. Sebastian estava em um café com a Soraia.

-O que está pensando? -Na Madeleine. -Esquece essa garota. -Se ela contar tudo para o meu avô. -Aquela mosca morta não vai contar,ela tem medo de você,aliás ela é burra demais para qualquer coisa,se fosse esperta já tinha fugido de você. -Ela ama demais os pais para fazer isso. Eu disse a ela que mataria eles,não vai fazer nada. -Se ela não vai fazer nada porque esta tão preocupado? -Eu gosto de ter ela sob o meu controle. -Não vai disser que sente alguma coisa por ela. -Não, está louca. -Eu acho muito bom você não sentir nada por aquela mosca morta. -O que poderia sentir por ela? -Quando estava namorando ela andava todo animadinho. -Eu precisava conquistar ela. E você não pode reclamar,quantas viagens inventei só para ficar com você. -Mas sempre voltava para ela. -Eu precisava e você sabe disso. Se ela fosse tão importante eu não teria ficado com você. -Eu realmente espero que eu seja muito mais importante que ela. Agora chega de falar dela,eu estou cansada. -Vamos terminar o café,e vamos para onde você quiser.

Sebastian pagou a conta e eles foram para uma loja.

O dia passou e o fim da tarde chegou,Sebastian voltou cedo para casa. Queria estar lá quando o avô chegasse com ela. Seu Gaspar se despediu dela,e dos pais. Madeleine levou ele até o carro.

-Minha querida não preocupe os seus pais,eu vou resolver esse assunto. -Não faça nada que deixe o Sebastian com raiva por favor. -Não se preocupe, eu vou saber lidar com a situação. Agora aproveite o seu fim de semana, e eu venho pegar você na segunda. -Vá com cuidado. -Obrigado.

Gaspar foi embora, Madeleine estava apreensiva, sebastian poderia chegar a qualquer momento e levar ela de lá. Madeleine entrou,e ajudou a mãe na cozinha.

Gaspar chegou na casa do neto,e foi recebido pessoalmente por ele.

-Vovô e a Madeleine? -Eu deixei ela com os pais,para passar o fim de semana. Eles estavam tão feliz por ver a filha,que resolvi deixar ela. Mas não se preocupe na segunda-feira eu vou buscar ela. -Ela ficou. -São apenas dois dias meu querido neto,ela vive praticamente sozinha aqui,sempre a sua espera. -Claro. -Aliás eu quero que diga a empregada para deixar as coisas da Madeleine arrumadas. Apenas algumas roupas. -Porquê? -Como você é muito ocupado,e eu sou velho,e ela uma jovem com todo gás,eu quero passear com ela por alguns dias,ela vai acabar mofando se ficar somente aqui. Aliás estou muito feliz por vocês,em especial por saber que você se tornou o homem que eu queria que fosse. Madeleine me disse é um ótimo marido, que faz as vontades dela,cuida bem dela,e que esta muito feliz por ter casado com você. Apenas disse que você trabalha muito. -Eu não poderia ser diferente,afinal tive um bom exemplo dentro de casa. -Ela me falou que ela quer esperar mais um tempo antes de ter filhos,por isso o meu bisneto ainda não está a caminho. -Eu não quis comentar nada aquele dia,pois talvez ficasse chateado com ela. -Tudo bem ela é jovem ainda. E amanhã passe na minha casa,eu irei para a empresa com você. Quero matar a saudade de tudo. -Mas Vovô o senhor vai ficar cansado. -Se cansar o motorista vai me pegar. -Eu passarei sim. -Por que não faz melhor,vai ficar lá hoje. Assim não vai precisar se deslocar daqui,até lá e depois ir até a empresa. Claro se não tiver nenhum compromisso. -Eu vou sim,não tenho compromisso algum. -Então pegue as suas coisas e vamos. Já avise a empregada sobre a mala da Madeleine. -Claro.

Sebastian saiu furioso com aquilo,mas pelo menos ela não tinha contado nada. Isso era o que ele pensava. Sebastian deu a ordem para arrumar algumas roupas dela na mala,as melhores. O avô iria pegar na segunda. A empregada apenas assentiu com a cabeça. Ele foi até o quarto e pegou uma roupa para ele. Sebastian desceu e saiu com o avô. Eles foram para a casa dele. Sebastian levou as coisas dele para o antigo quarto,e desceu. Ele foi sentar na sala com o avô. O mesmo começou a perguntar sobre a empresa,novos negócios,sócios. Ele falou sobre o Salvatore,e como estava difícil conseguir uma sociedade com ele. O avô se interessou pelo assunto,não lembrava de ter ouvido aquele nome. Soraia chegou em casa,e viu eles sentados na sala.

-Boa noite. -Boa noite.

Ela subiu para o quarto,e Sebastian observava ela subindo as escadas.

-Algum problema Sebastian? -Não Vovô, apenas estou sentindo falta da minha esposa. -Creio que sim,menina adorável. Se fosse da sua idade eu teria competido pelo coração dela. -Tenho certeza que teria ganhado. -Sabe sua avó também era como a Madeleine, vinha de uma família simples,na época eu não tinha todo esse patrimônio,e se tenho tudo isso eu devo a ela. Ela batalhou comigo para chegar onde cheguei,muitas vezes deixou de comprar alguma coisa que ela havia gostado, deixou de comer em um bom restaurante, deixou de usar as melhores joias,as roupas e bolsas de marca,para deixar o dinheiro em caixa. A Madeleine tem todas as qualidades que eu admirava na sua avó. Ela é do tipo que se tiver que comer um sanduíche com você em qualquer lugar ela vai comer. Pode ser em um botequim,na rua,ou seja lá onde for. Esse é o tipo de mulher que você precisa valorizar,ela não vai se importar de abrir mão das coisas que ela gosta para ajudar você a crescer. Nunca na sua vida faça qualquer coisa para magoar ela. -Não se preocupe Vovô. -Oi filho,a Soraia me falou que você estava aqui. -Meu avô me convidou para ficar aqui,ja que a Madeleine foi visitar os pais. -É bom ter você por perto. -Eu vou tomar um banho antes do jantar.

Gaspar levantou e foi para o quarto. Ele fechou a porta e fez uma pesquisa rápida sobre a empresa Yang. Ele se interessou pela empresa. Mandou um e-mail tentando conseguir um horário com Ian Salvatore. Ele largou o note e foi tomar banho.

Bertha na sala com o filho falava sobre a Soraia.

-Meu filho precisa resolver essa situação com a Soraia logo,ela sofre por ter que ficar longe de você,ela vive de migalhas. -Mãe eu não posso largar a Madeleine agora,vai chegar a hora que tudo vai se acomodar. -Não precisa largar,dá um sumiço nela. -Você está maluca,a empregada pode me denunciar. -Acaba com as duas. -As vezes a senhora me dá medo. -Precisa fazer o que for preciso para ficar com a empresa,e se livrar de certos incômodos. -Meu avô não está tão bem assim de saúde,assim que ele morrer a empresa vem para as minhas mãos,e eu me separo logo em seguida dela. Esperamos passar um tempo,e eu me caso com a Soraia. -Mas tem o processo de divórcio. -Quem disse que tem. -Vai ficar viúvo? -Meu casamento é de mentira,na verdade eu não sou casado. -Como assim não é casado? Eu vi,aliás todos viram você assinando os papéis. -Nem o juiz,nem o padre são eles de verdade. A certidão por tanto é falsa, meu casamento é uma mentira. -Então porque mantém aquela mosca morta perto de você? -Meu avô jamais aceitaria outra mulher,então precisamos que tudo continue como está. -A fruta não cai longe do pé mesmo. Você é tão podre quanto a sua mãe. -Em pouco tempo tudo será nosso.

Madeleine teve uma boa refeição,e uma noite tranquila com os pais.

Sebastian mesmo estando na casa do avô, ele dormiu com a Soraia.

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