Charlotte/Bruce

Charlotte

Após sair da mansão, o meu carro não quis pegar. O que foi ótimo, pois peguei uma carona com Bruce, estávamos tendo uma conversa bem saudável, até eu provocar ele. Sabia que ele iria tomar uma atitude, o que eu não imaginava, era que as coisas iam tomar um rumo mais intenso e quente.

Sentir o calor dos seus lábios no meu, foi incrível... acabei me entregando a ele. Meu coração estava acelerado, meu corpo todo implorava pelo toque dele. Minha intimidade pulsava por ele.

Nunca senti isso em toda a minha vida... um prazer surreal, um prazer incontrolável.

Ao chegarmos no clímax... estava sentindo uma felicidade imensa, mas que durou pouco. O beijei carinhosamente e senti que ele ficou estranho.

Ajeitei as minhas roupas e voltei para o meu lugar, fiquei em silêncio.

Bruce: Que merda, Charlotte! Isso não podia ter acontecido! - disse e desferiu um tapa no volante.

Charlotte: Porque não?! Você não gostou?! - perguntei com o coração dilacerado.

Bruce: Claro que eu gostei, mas...

Charlotte: Mas?!

Bruce: É a irmã do meu melhor amigo, é muito mais nova que eu, e pra piorar... transamos sem camisinha!

Charlotte: Pode ficar tranquilo... eu tomo contraceptivos, e não tenho nenhuma doença sexualmente transmissível!- disse irritada. — Afinal é o segundo cara que... deixa para lá! — disse irritada.

Bruce: Olha só...

Charlotte: CHEGA! Me leva para casa agora! — disse a segurar para não chorar.

Bruce: Charlotte! Eu...

Charlotte: Já disse para levar-me, para casa! — disse asperamente com os braços cruzados.

Fomos o caminho todo em silêncio, assim que ele parou no portão de casa, desci rapidamente do carro, as lágrimas rolaram por meu rosto sem que eu controlasse. Entrei na mansão e fui direto para o meu quarto. Me derramei em lágrimas. Fiquei até a noite, trancada no meu quarto.

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Bruce

Sou um idiota mesmo, tratei a Charlotte muito mal, entendi muito bem que ela quis dizer que sou o segundo homem que ela se entregou. Tentei me explicar, mas não quis ouvir, mas acredito que seje melhor assim.

Voltei para casa, me arrumei e fui para o departamento. Acabei chegando um pouco atrasado. O plantão foi bem tranquilo, mas não vou mentir que aquela ruiva deliciosa, não sai dos meus pensamentos, parece que o seu cheiro ficou impregnado no meu nariz.

Estava em minha sala, quando Spancer, minha colega de trabalho entrou.

Spencer: Oi gato! — disse a trancar a porta.

Bruce: Boa noite Spancer! - disse ajeitando-me na cadeira.

Spancer: Vim te fazer companhia! - disse sentando-se em meu colo.

Spancer é uma mulher muito bonita, uma excelente policial. Já faz alguns meses que transamos, mas nada sério. Deixei claro que é apenas sexo ela concordou. Nosso lance é apenas físico, nada mais... é madura o suficiente para entender isso, algo que Charlotte talvez nunca concordaria, pois no momento quero apenas focar em minha carreira. Spancer, sabe muito bem que ela não é única, e posso ficar com outras.

Ela começou a beijar o meu pescoço, foi para a minha boca. Sinceramente, não sei o que deu em mim, tentei corresponder, mas senti algo estranho e Charlotte imediatamente veio em meus pensamentos.

Bruce: Desculpe Spancer! Hoje não foi um bom dia! E não é um bom momento!

Spancer: Ah, qual é? Vai me rejeitar? Estou molhadinha para você!- disse tirando a camiseta.

Bruce: Por favor, Spancer! - disse a afastando.

Spancer: Tudo bem, então! Estarei na minha sala caso mude de ideia! — disse a vestir-se.

Ela saiu da minha sala e eu voltei ao trabalho.

Fala sério, não consigo tirar aquela ruiva da cabeça. Ela realmente mexeu muito comigo.

Ao amanhecer, fomos fazer uma ronda num bairro mais simples, que vem acontecendo muitos roubos. Nos dividimos em dois carros. Fui com mais dois policiais em um carro, e no outro foi Spancer e Mike (meu amigo do departamento).

Não encontramos nada, passei o rádio para eles para pararmos para tomar um café numa lanchonete. Nos sentamos e uma moça loira veio nos atender.

Estávamos no aguardo, quando não pude acreditar. Charlotte chegou toda linda na lanchonete, jogou a sua bolsa no balcão. Estava com um capacete, nas mãos. Não pude acreditar, que essa maluca frequente esse tipo de bairro, e ainda de moto.

Ela e a moça loira abraçaram-se.

Assim que entrou na lanchonete, todos os olhares recairam sobre ela.

Policial: Que gostosa é essa! Meu pai amado!

Policial 2: Oh lá em casa! Por essa aí sou capaz de matar kkkk!

Mike: Ruiva maravilhosa! Deve ser um espetáculo na cama!

Os comentários estavam me tirando do sério. Eu não conseguia desviar o meu olhar dela... analisando cada movimento dela, vi quando deitou a cabeça no balcão por um breve tempo, em seguida, amarrou seus cabelos, deixando as costas a mostra, me deixando louco de raiva. Tudo piorou quando a moça colocou o avental nela e ela veio nos servir.

Ao ver-me, os nossos olhares encontraram-se de uma forma muito intensa, mas ela rapidamente desviou e fingiu não me conhecer.

Spancer havia ido ao banheiro, vendo Charlotte nos servindo depositou um selinho em meus lábios, a olhei com muito ódio e percebi que ela queria marcar território, a questão é que não temos nada. Senti muito ódio...

Charlotte, rapidamente saiu da nossa mesa e voltou para o balcão.

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Charlotte

Ontem não jantei e dormi entre lágrimas. Sei que fui eu quem provoquei, Bruce..., mas a forma que ele me tratou, foi horrível. O meu coração despedaçou-se. Não fui a faculdade, minhas amigas me ligaram e contei-lhes tudo, por chamada de vídeo... Elas tentaram me consolar, mas não adiantou muito. Só precisava de uma bela noite de sono, e todo esse sentimento ia passar.

Acordei, fiz as minhas higienes pessoais, tomei um banho, me arrumei, tomei um café e fui para a lanchonete. Meu carro teve que ir para a manutenção, então fui de moto.

Antes de sair, liguei no consultório do Ethan e consegui marcar a consulta para a Laura no primeiro horário. Imediatamente liguei para ela avisando. Então hoje, vou passar o dia trabalhando na lanchonete, para ela ir ao médico e ficar com o meu irmão. Não é a primeira vez que faço isso, o chefe dela é muito bom, conversei com ele e sempre que ela precisa ele deixa eu, a substituir.

Estava usando uma roupa, bem confortável e um óculos de sol, pois meus olhos estavam sensíveis... devido ter chorado.

Ao chegar, entrei na lanchonete joguei minha bolsa no balcão, coloquei o capacete também e abracei Laura. Sentei rapidamente.

Laura: Como está, amiga?

Charlotte: Bem melhor! Como não tem possibilidade de ver o Bruce tão cedo, vou ficar bem!

Laura: Desculpe, amiga! Não queria te chatear, mas o seu policial gato está sentado na última mesa nessa direção, com mais alguns policiais!

Charlotte: Aí não! Fala pra mim que está brincando?!

Laura: Não! Desculpe!

Charlotte: Tem como o meu dia piorar?! - disse e deitei a cabeça em cima da minha bolsa.

Laura: Tem! Você vai ter que servir eles..., porque estou indo para a consulta, não quero me atrasar!

Charlotte: Fala sério! Eu me meto em cada enrascada! - disse divertida, fazendo um rabo de cavalo, nos meus cabelos.

Laura colocou o avental em mim, nos despedimos e ela foi para sua consulta. Respirei fundo, peguei a bandeja e fui servir eles.

Eu e Bruce, nos olhamos com uma intensidade, mas rapidamente desviei o olhar. Não quero que ele pense que vou ficar correndo atrás dele, depois do que aconteceu.

Quando vi a policial beijar Bruce, senti muito mal. Senti vontade de chorar, mas não vou mais fazer isso. Tenho que me valorizar. Rapidamente os servi e voltei para o balcão.

Durante o tempo que estive ali, senti o olhar dele em cima de mim. Sou conhecida aqui no bairro, então todos me chamam por nome. Tem um casal de irmãos, que sempre passam por aqui pedindo. Levi de 8 anos e Hadassa de 7 anos. A mãe deles está doente e eles pedem nas ruas para ajudá-la. Deixo pago todos os dias, algumas coisas para eles levarem para casa e não precisarem ficar andando pelas ruas, correndo perigo.

Eles passaram e ficaram olhando as coisas pela vitrine, ao me verem banaram a mão.🤚 Sorri, e fiz sinal para esperarem, peguei várias coisas coloquei nas sacolas e levei para eles que sorriram e me abraçaram fortemente.

Hadassa: Obrigada tia!

Charlotte: De nada minha princesa! Vocês estão indo na escola, como prometeram?

Levi: Sim, tia!

Charlotte: Que bom, fico muito feliz!

Dei um beijo em cada um deles, me despedi e voltei a trabalhar. A mesa de Bruce, pediu a conta e fui até lá.

Ao entregar a nota, um dos policiais segurou meu pulso com força.

Policial: Me passa seu número gostosa! -disse e os outros policiais riram.

Charlotte: Por favor, solte o meu braço, está me machucando! -disse séria.

Ao falar isso, não precisou de mais nada. Bruce levantou-se e o empurrou com toda força, o fazendo cair da cadeira.

Bruce: Ela disse para soltar, porra! - gritou.

Policial: Pirou cara?! -disse tentando levantar-se.

Spancer: Ficou maluco, Bruce!

Bruce: Ele que perdeu a noção do perigo!

O outro policial foi para cima dele, mas os outros o seguraram... desperada fui até Bruce, parei em sua frente o impedindo de ir para cima do policial!

Charlotte: Para Bruce! -disse com as mãos em seu peitoral.

Bruce: Por quê?! Estava gostando?! - perguntou asperamente.

Charlotte: Claro que não!! Só estou pedindo para parar... porque, se o dono vir que por minha culpa teve confusão, ele vai mandar a Laura embora e ela precisa do emprego!

Ele estava com sangue nos olhos, respirou fundo. Então os chamou para ir embora.

Confesso que fiquei preocupada, mas também feliz de perceber que ele ficou com ciúmes... já é um começo 🤭.

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Bruce

A Charlotte, tem chamado muito a minha atenção... suponho que a julguei muito mal. Vi quando duas crianças, bem simples com as roupas sujas chegaram na lanchonete, notei que elas já a conheciam, ela deu duas sacolas cheias de coisas para eles, ela os abraçou e os beijou com muito carinho. Fora, que todos que entravam e saíam daqui, a cumprimentavam.

Sinceramente, não sei o que está acontecendo comigo, quando um dos policiais segurou no braço dela, o meu sangue ferveu e piorou quando ela disse que estava a machucando.

Com muita raiva o empurrei. Voltamos para o batalhão, estava muito irritado, entrei na minha sala empurrando e chutando tudo o que estava na frente. Spancer entrou na minha sala.

Apeguei pela cintura e a beijei ferozmente, mas a minha irritação só aumentou quando não consegui sentir nada.

Spancer: O que foi? Por que parou?

Bruce: Estou cansado! Vou para casa! — disse a afastar-me.

Spancer: O que está acontecendo? Está todo estranho esses dias... defendeu aquela garçonete...E...

Bruce: Não tenho que te dar nenhuma explicação! — disse asperamente. -Mais uma coisa! Nunca mais me beije em público! Principalmente no nosso horário de trabalho, perto dos outros policiais!

Saí do departamento e fui para o meu apartamento. Tomei um longo banho, lembrando do toque da Charlotte... e o meu corpo reagiu totalmente e tive que me aliviar, pensando nela.

...💭💭... O que está acontecendo comigo?! Essa garota está mexendo comigo, como nenhuma mulher mexeu! Preciso espairecer um pouco! A noite vou em alguma boate beber e pegar alguma mulher!- pensei.💭💭...

Após o banho, fui dormir um pouco.

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Mike, 27 anos, policial. Braço direito do delegado e amigo de Bruce. Trabalhador, honesto e muito correto com tudo. Sua profissão é a sua vida. Guarda um segredo de todos.

Spencer, 28 anos, policial. Uma mulher cheia de artimanhas… Apaixonada por Bruce, e será capaz de tudo para te-lo só para ela.

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Levi e Hadassa

Levi, 8 anos. Hadassa 7 anos. Sua mãe está no estágio terminal, seu pai é um homem mal caráter, envolvido com pessoas perigosas... mesmo com a sua mulher desse jeito, tenta agredi-lá, mas Levi sempre leva a surra em seu lugar. Saem pedindo pelas ruas para não passarem fome. Conheceram, Charlotte e Laura na lanchonete. Charlotte combinou que todos os dias lhes daria comida, mas em troca, deveriam ir para a escola. E assim eles tem feito. Todas as noites, oram pedindo a cura de sua mãe... temem ficar sozinhos no mundo.

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