Capítulo 4

Analu

Estou sentada diante dele, por fora pareço serena,mas por dentro estou um caos.

Analu - Bom Sr. Jones, ouvi só parte da sua conversa,gostaria de entender o que você ganha casando comigo? Porque tenho absoluta certeza de que esse acordo não é para ajudar minha família.

Sr. Jones - Um acordo, minha cara, é utilizado para favorecer ambos os lados. Veja bem, eu preciso me casar e seu pai precisa pagar a dívida que seu irmão fez, me caso com você, perdôo a dívida do seu irmão e ficará tudo certo. Uma mão,lava a outra.

Analu - As custas da minha vida, ótimo! Mas ,porque precisa se casar?

Sr. Jones - Meu avô exige que eu me case antes dele se aposentar,ou não passará o controle dos negócios para mim.

Analu - E quando seu avô pretende se aposentar?

Sr. Jones - Em um ano. Mas nosso contrato será de dois anos.

Analu - Nosso contrato será de 1 ano a partir da data do nosso casamento,nada além disso.

Sr. Jones - Dois anos e ...

Analu - Um ano Sr. Jones,ou nada feito.

Sr. Jones - Ok Senhorita, um ano e nos divorciamos. Porém, meu avô não pode saber do nosso acordo,quero que ele ache que estou me casando por amor.

Analu - kkkkkkkkkkkkk

Sr. Jones - Algum problema?

Analu - Seu avô é tão ingênuo assim? Ele vai acreditar que você acabou de me conhecer e já me ama, a ponto de casar comigo?

Sr. Jones - É claro que não. Mas nele vai acreditar quando dissermos que nós conhecemos em Nova York e namoramos um tempo enquanto morávamos lá. E agora nos reencontramos e decidimos viver esse amor.

O filho da mãe já pensou em tudo.

Analu - Como sabe que morei em Nova York?

Sr. Jones - Eu sei tudo da sua vida Senhorita Menezes,oi você acha que eu me casaria com alguém que não conheço.

Ele abre um sorriso sarcástico que me enoja.

Analu - Acredite, você só acha que me conhece. Mas vamos ao nosso acordo. 1 ano casados, quartos separados, viveremos nossas vidas normalmente,porém respeitaremos e tomaremos cuidado para não nos envolvermos com outras pessoas abertamente. Não quero sair com fama de chifruda dessa história.

Sr. Jones - Muito menos eu! Você terá total liberdade para viver sua vida, desde que me mantenha informado. Terá que ir aos compromisso de família e negócios onde esposas forem solicitadas, precisaremos ser vistos juntos para que acreditem que o casamento é real.

Analu - Ninguém além dos meus pais e irmão poderá saber dessa história, estamos entendidos?

Sr. Jones - Claro! Porém vamos precisar que o advogado saiba para fazer o contrato, tenho um amigo de confiança posso pedir a ele?

Analu - Se é de sua confiança,que seja.

Sr. Jones - Amanhã o contrato estará pronto, e você poderá vir assinar.

Me levanto.

Analu - Você pode ir até a construtora,estarei a sua espera. Tenha uma boa tarde Sr. Jones, até amanhã.

Dou as costas e saiu da sala, encontro meus pais e Arthur apreensivos na recepção.

Analu - Conversamos em casa,vamos!

Sr. Jones

Garota abusada, com quem ela acha que está lidando? Um colega de faculdade? Já estou me arrependendo desse acordo, essa garota pode me dar um trabalho que não preciso ter. Talvez seja melhor eu me casar com uma das escondidas pelo vovô... não, só de imaginar já me dá náuseas,não tenho estômago para nenhuma delas. Minha última opção é a senhorita Menezes. Pego o telefone ,ligo para meu amigo advogado.

📳Gabriel - Caio, pode encontrar comigo naquele restaurante?

📳Caio - Claro, o que houve?

📳Gabriel - Prefiro falar pessoalmente. Estou indo pra lá, te espero.

Trinta minutos depois o encontro no restaurante e explico tudo.

Caio - Isso é loucura,parece até coisa de filme antigo.

Gabriel - Nos EUA isso ainda é muito comum.

Caio - Mas aqui no Brasil não. A garota está de acordo mesmo com isso?

Gabriel - Claro que está, jamais a forçaria a nada. E acredite, isso será muito vantajoso para ela.

Caio - O que ela vai ganhar com isso?

Gabriel - Não vem ao caso,quero que faça o contrato,preciso dele amanhã a tarde.

Caio - Ok, será feito!

No dia seguinte ...

Chego a construtora, é realmente muito grande e organizada,vou até a recepção.

Sr. Jones - Boa tarde, tenho uma reunião com a senhorita Analu Menezes.

Secretária - Sr. Jones não é? Me acompanhe por favor,ela está em campo,pediu que eu onlevasse até lá.

Descemos,ela me entrega um capacete de segurança e andamos até um galpão gigantesco. Muitos homens trabalhando,vejo uma silhueta conhecida. Baixinha, os cabelos longos estavam presos em um rabo de cavalo meio bagunçado,com um capacete branco,vestida em uma calça jeans meio surrada,uma bota de obra e uma camisa social com as mangas arregaçadas até a altura dos cotovelos.

Secretária - Chefinha..

Ela se vira.

Analu - Continue,logo estarei de volta.

Sr. Jones - Senhorita , boa tarde!

Analu - Boa tarde. Me acompanha por favor ... Letícia,avisa ao papai que o Sr. Jones está na minha sala. Pede que ele vá até lá,por favor.

Letícia - Claro!

Subimos uma escada de ferro, e entramos em uma salinha pequena.

Sr. Jones - Essa é sua sala?

Analu - Você achou que me encontraria em um escritório como aquele seu? Como sabe, sou engenheira civil, meu trabalho exige que eu coloque a mão na massa.

Sr. Jones - Estou vendo! Mas ,sobre o nosso acordo,aqui está o contrato,sob os seus termos.

Na noite anterior Caio precisou entrar em contato com a Senhorita Menezes para ajustar alguns pontos do contrato. Ela não aceito a compensação de um milhão de dólares que eu daria a ela quando o contrato acabasse, e isso quase a fez desisti. Mas, Caio conseguiu convence-la,depois é claro que eu pedi desculpas por insulta-la daquela maneira. A garota é impossível,só estou fazendo isso porque o prazo que meu avô me deu acaba em alguns dias e não tenho mãos tempo,nem saco para atirar aqueles encontros chatos.

Ela lê todo o contrato,pega uma caneta e assina.

Analu - Aqui está!

A porta se abre, Sr. Menezes entra.

Sr. Jones - Boa tarde senhor, como vai?

Getúlio - Como acha que estou,vendo minha filha vender a alma ao diabo para consertar a burrada do irmão?

Analu - Papai, já conversamos sobre isso,por favor!

Sr. Jones - O senhor tem minha palavra que sua filha será bem tratada e respeitada.

Getúlio - Espero que sim, ou mato o Senhor!

Analu - Eu mesma o mato papai, não tenha dúvida.

Sr. Jones - Senhorita,hoje meu avô quer conhecê-la e marcou um jantar na nossa casa.

Analu - Me passe o endereço e estarei lá.

Sr. Jones - Não se preocupe,irei buscá-la. Seria estranho deixar o amor da minha vida ir sozinha até minha casa,não é mesmo?

Getúlio - Eu devo está louco de participar disso tudo. Só posso está louco,de deixar você me convencer a isso Analu.

Analu - Era isso, ou perder a empresa que o o senhor lutou tanto para chegar onde chegou. Será apenas um ano papai, vai passar rápido.

Sr. Jones - Eu preciso ir agora, te pego as 19:00h.

Analu - Não vai querer meu endereço?

Sr. Jones - Eu já tenho! Tenham uma boa tarde ... Ah, Sr. Menezes, a dívida do seu filho foi quitada e sua entrada no haras terminantemente proibida, pelo menos lá,ele não corre mais o risco de perder a empresa de vocês.

Getúlio - Acredite Sr. Jones, aquele moleque está tendo o castigo que eu deveria ter dado a ele antes dele chegar a esse ponto. Esse sacrifício que a irmã dele está fazendo, não vai sair barato para ele.

Sr. Jones - Espero que ele aprenda. Vou indo, até mais tarde Senhorita Menezes.

Saiu e volto para a empresa,onde Caio me aguarda Lara pegar os documentos e validar o contrato.

Caio - Então agora o senhor é noivo?

Gabriel - Parece que sim!

Caio - E a noiva ficou feliz com a aliança?

Gabriel - Que aliança?

Caio - Você acha que o seu avô vai acreditar que estão apaixonados e vão se casar,se ela não estiver com um diamante na mão direita?

Gabriel - Droga, não pensei nisso. Valeu por me lembrar,vou providenciar.

Pego o telefone.

📳Gabriel - Senhorita Milena, ligue para aquela joalheria que meu avô é cliente,peça que mandem alguém aqui com anéis de noivado,diamantes,muitos diamantes.

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