Capítulo 4

Na varanda ele veio todo galanteador com duas taças de champanhe.

(Matheo ) estava esperando a noite toda esse momento em que ficaríamos a sós e vc querendo ir embora.

(Mia ) bom, minha companhia queria ir embora né. Fazer o que!?

(Matheo) enfim sós, mas confesso que não era aqui queria estar nesse momento.

( Mia) e onde seria?

(Matheo) tem um local aqui na praia onde os casais usam pra... espera aí, me dê uns minutos.

“Casais usam pra? Rapaz ele já tá pensando em besteira comigo, não que eu não queria porque um homem desses quem não quer né, mas tá cedo demais, nem o conheço direito. “

Comecei a ficar nervosa, veio um turbilhão de pensamentos e inseguranças . Ele estava ao telefone conversando mas eu não conseguia entender nada de tão nervosa que eu estava.

(Matheo) pronto. Podemos ir.

(Mia) ir aonde? Você não me disse nada.

(Matheo) calma Mia, vou te raptar mas não se preocupe você vai amar.

Ele pegou uma garrafa de champanhe e foi me encaminhando para o elevador. Fomos descendo até a recepção quando ele recebeu uma mensagem como se fosse uma confirmação, ele sorriu de lado e continuou a me guiar para fora do hotel.

Tirei minhas sandálias pois começamos a caminhar na areia da praia, ele retirou a gravata.

(Matheo) agora irei te vendar, não estraga a surpresa por favor.

Ele usou a gravata pra tapar meus olhos, me guiou e me sentou em algum lugar. Quando retirou a venda eu fiquei perplexa. O lugar era simples mas muito lindo.

(Matheo) mandei acender algumas velas pra iluminar o lugar e deixar o clima mais romântico.

(Mia) Matheo, quando você falou que os casais usam pra, você quis dizer pra aquilo?

Ele soltou uma gargalhada

(Matheo) que mente suja dona Mia. Os casais geralmente usam pra fotos. Mas porque a preocupação? Achou que eu iria te trazer aqui pra isso?

(Mia) confesso que sim.

(Matheo) e se fosse qual seria a sua resposta?

(Mia) olha , não que eu não queira. Mas não to preparada ainda.

Ele abriu o champanhe e encheu as taças.

(Matheo) te entendo. E lhe garanto que sou um homem bastante paciente viu.

(Mia) se bem que estamos nos vendo hoje, amanhã irei embora e nem se lembrará mais de mim.

(Matheo) impossível, como esquecer esses olhos!? Esse cabelo cor de ouro? Essa mulher meiga é incrível que você é? Essa não será a última vez que nos veremos não, no que depender de mim teremos muitos momentos juntos.

Ele me beijou intensamente, sentir uma labareda passando entre as minhas veias. Me apertou na cintura me fazendo sentir o seu membro em mim. Eu queria afastá-lo mas ao mesmo tempo não via a hora de sentir ele. Apertei seus cabelos intensificando mais o nosso beijo.

Me afastei quando não sentir mais ar nos pulmões. Organizei minhas ideias e também o meu vestido, ele sentou-se no balanco meio que escondendo a sua ereção.

(Matheo) para de me afastar de você, quanto mais faz isso mas vontade de estar junto eu sinto.

(Mia) é complicado

(Matheo) é por causa dele?

(Mia) não, não é isso. Ele já seguiu a vida dele e pra ele isso não é importante. Eu tenho uma filha Matheo, não posso estar com esse tipo de comportamento.

(Matheo) mas não fizemos nada, apenas nos beijamos Mia. E despertou desejo e algumas sensações na gente. Mas mesmo que tivéssemos feito alguma coisa o que tem? Você é solteira, não te vejo como uma depravada por conta disso.

(Mia) certo, vamos mudar de assunto.

Sentei-me na areia de frente pra ele, ele desceu do balanço e fez o mesmo.

(Matheo) me fale sobre você

(Mia) o que exatamente quer saber de mim?

(Matheo) o que quer ser da vida? Não pretende ser a filhinha da mamãe pra vida toda né ?

(Mia) me respeita, eu sou sócia da Gabi na delicatessen que ela tem no Rio. Era dela mas ela foi embora do Brasil e eu fiquei tomando conta e aí ela voltou e nós resolvemos ser sócias.

(Matheo) mas é o que vc sempre sonhou?

(Mia) não, eu queria ser modelo. Fotografar e fazer consultoria de moda era tudo que eu queria. Mas engravidei, casei e resolvi trabalhar pra termos o nosso próprio sustento.

(Matheo) deveria correr trás do seu sonho, tem bastante potencial.

(Mia) é né quem sabe! E você?

(Matheo) bom meu pai tinha uma empresa de consórcio de carros, mas ele decidiu que teria mais e resolveu ter sua própria fábrica de carros, uma linha exclusiva dele. A empresa fica na França e desde que ele faleceu eu que cuido da empresa.

(Mia) muito chique, mas era seu sonho?

(Matheo) eu sempre fui fascinado por carros, desde pequeno, então sim. Estou trabalhando com algo que sempre sonhei.

(Mia) que bom!

(Matheo) chega de papo, bebe um pouco.

Ele encheu as nossas taças e quando me virei pra apreciar a praia ele sentiu atrás de mim e me abraçou, ficou acariciando meus cabelos. Ficamos assim nessa posicaonpor alguns minutos.

Fiquei me perguntando por que demorei a me permitir passar por esses momentos. Eu mereço ser feliz, viver minha vida. Eu não morri, meu casamento que morreu.

Nesse momento meio que por um impulso eu me virei e o beijei, selei nossos lábios com intensidade e desejo. Me deitei por cima dele e continuei a beija-lo.

(Matheo) tem certeza?

(Mia) só estamos nos beijando né? Não estamos fazendo nada de errado.

(Matheo) ok, vou me controlar.

Ele me botou por baixo e começou a me beijar, um beijo lento, suave mas com bastante desejo. E passamos o resto da noite assim trocando carícias, conversas e tomando champanhe.

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