Seguir em frente...

— Mas você ainda não me disse, aonde você tá me levando? — Pergunto.

— Pra casa da minha noiva. — Vicente responde sem tirar os olhos do. volante.

— O quê?! 

— É onde ela deve estar agora.

— E como você tem tanta certeza? E se ela não quiser te encontrar de novo e tiver ido pra outro lugar?

Ele sorri.

— Aí, você vai se virar pra trazer ela de volta! Já que você causou toda essa confusão, você vai arrumar! Quero que você encontre ela e convença ela a se casar comigo, entendeu?! 

Vixe, ferrou!

— Não! Eu não quero! Você é um brutamonte, e eu já tô me arrependendo de te ajudar! — Exclamo suspirando.

— Quem você pensa que é?! Você arruinou meu casamento e não tá no direto de fazer o que quer! Você não tem bom senso não, garota?! 

As palavras dele me atingiram em cheio como flechas no meu coração.

— Eu tenho sim bom senso! E é por isso que eu quero sair desse carro agora!

— Você não vai até a gente chegar em casa! — Ele suspira. — Olha, pra amenizar a barra, se você conseguir encontrar ela, você vai poder ir, Ok?

— Tudo bem, eu te ajudo… Mas só se você me tratar sem grosseria!

— Eu não sou de cumprir ordens de garotinhas, mas eu prometo ser gentil se você cooperar comigo.

Bufo. Que homem sem noção. Bruto!

— Grande coisa! Ser gentil é o que toda pessoa normal faria!

— Mas você não é normal, Yasmin! Você é louca!

Engulo em seco. E minha vontade era de chorar agora! Que droga! Por que eu tô tão sentimental assim? Cubro o rosto com minhas mãos e sinto lágrimas escorrerem pela minha face. Aquilo era o que todos me chamavam…De louca. E que eu devia estar num hospício agora.

— Vai chorar agora, princesinha? — Ele ironiza. — Não queira bancar uma de inocente comigo, entendeu?!

— Eu não sou inocente. Mas eu não sou de aturar brutamontes como você! Eu também tenho sentimentos como qualquer garota! —Digo secando minhas lágrimas e tiro as mãos do rosto. Assim que olho pro lado, percebo que ele me encarava. Mas eu desvio o olhar pra janela do carro, observando a paisagem.

— Você é uma garota estranha. — Ele diz mais calmo.

— E você petulante.

Na mesma hora um alarme começa a tocar no painel do carro. Era um aviso que a gasolina já estava no fim. Ele para em um posto de gasolina.

— Fica aí, volto já. — Ele diz enquanto descia do carro indo falar com um frentista do local se afastando do automóvel.

E ele é muito burro se pensa que eu sou mulher pra seguir ordens, ainda mais de um petulante feito ele! Aproveito que ele deixou a porta destrancada e saio do carro, me abaixando pra ele não ver e assim que consigo deixar o local, pego o 1° táxi que vejo na avenida. E volto pra casa. Ufa! Que homem maluco! 

Mas assim que já estou na entrada do apartamento, vejo Rebeca sentada em frente da porta. E assim que me vê vem em minha direção com os olhos cheios de lágrimas.

— O que você faz aqui, sua maluca? — Pergunto.

— Não pergunta nada, só me abraça. — Ela diz já me abraçando.

— O que aconteceu? Foi o Diego?

— Nem me fale desse traste!

— O que ele fez?

— Ele cancelou o casamento bem em cima da hora!

— Pra você foi em cima da hora, mas acho que ele já tinha planejado isso há muito tempo, porque outro casamento aconteceu naquela Igreja no mesmo horário que o seu…

— O quê?! Não sabia que ele era tão canalha a esse ponto… Desculpa Yas, você tinha razão.

— Tudo bem, agora é seguir em frente.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***