•○ Capítulo 2 ○•

...》• Annastásia Middleton •《...

“Adam estava no telefone com sua cadeira de costa para a entrada, mas quando ele se virá na nossa direção, ele fica mudo...

Por um longo tempo ele permaneceu completamente estático... Mas então da um suspiro baixo e finalmente fala com quem quer que estivesse do outro lado daquela linha...”

— Ligo pra você depois!

“Sua voz sai fria como uma pedra de gelo, ele coloca o telefone de volta no gancho e permaneceu me encarando, como se não acredita-se que de fato eu estou aqui... que estava mesmo na sua frente... Mas as expressões em seus rosto não permaneceram neutras... Não... em seus olhos logo se via uma mistura de raiva, surpresa, confusão, e mas algumas expressões que eu ainda não sabia bem o que de fato poderia significar. Mas logo o silêncio da sala e interrompido por Niko que diz calmamente...”

— Eu acho melhor deixar vocês a sós, vocês dois tem muito o que conversar!

“Niko sai sem que nem um de nós diga absolutamente nada. E só quando a porta se fecha Adam finalmente diz... Mas não de forma passiva... Ele fala com uma raiva na voz, que me faz tremer..."

— O que você faz aqui?

“Engulo em seco, respirando fundo... Mas fundo de que qualquer outra vez que eu tenha respirado na vida! Eu sei que essa conversa não vai ser fácil mas não posso mais arriscar! Digo depois de um longo tempo calada...”

— Eu preciso da sua ajuda!

“Adam se levanta da cadeira vindo na minha direção e fala em um tom totalmente frio, rancoroso...”

— Depois de 17 anos, você vem aqui dizendo que quer minha ajuda? O dinheiro que pediu para os meus pais não foi suficiente? Você ainda quer mais é isso?

“Eu sinto aquele nó na garganta se fechar como um punho e acabo não me contendo dei um tapa na cara dele por causa dessas acusações ofensivas!

Eu não devia ter vindo aqui! Eu não vou me deixar ser humilhada por ele! Principalmente por algo que eu não fiz!

Eu me viro para sair, não vou dizer mais nada para esse estúpido, e visível o quanto ele mudou, e como eu fui tola de achar que ele me ajudaria. Mas antes que dei um passo Adam puxa meu braço me fazendo virar de frente para ele de forma brusca, olhos brilhantes de uma fúria incandescente, a respiração forte enquanto ele fala em um tom de fúria...”

— Você me bateu? Como ousa me bater? Eu tenho todos os motivos para estar furioso e não você!

“Eu tento me soltar já sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto enquanto volto a falar já não suportando toda essa humilhação..."

— Não Adam, você não tem! você não sabe de nada!

“A frustração, a dor física que ele estava me causando e também a emocional faziam Adam me olha de forma confusa, aqueles lindo olhos azuis brilhavam de uma fúria que chegava a até há ser atrativa! Ele respira fundo como se o ato fosse totalmente mecânico e diz com uma mistura de sentimentos que não conseguia diferenciar uns dos outros...”

— Então me fala Annastácia! Me fala o que eu não sei? Me fala que a minha namorada... Que a garota por quem eu era completamente apaixonado, não aceitou dinheiro dos meus pais para me largar? Que não foi embora sem nem ao menos dizer adeus? Que você não me amava? Que eu sempre fui um trouxa na nossa relação?

“Eu sinto as lágrimas descerem ainda mais forte, sinto uma dor e uma raiva sufocante me dominarem, sinto meu corpo virar migalhas e então eu falo o que está entalado na minha garganta a 17 anos, a culpa de um plano sórdido que eu nunca tive...”

— Eu nunca aceitei dinheiro nenhum! Eu não fui embora porque eu quis! Você não sabe de absolutamente nada! Como... Como pode acreditar em um absurdo desses Adam? Como... Eu era uma menina... uma menina de 16 anos! O que queria que eu fizesse?

“Meu corpo inteiro estremecia, eram tantos anos carregando toda essa maldita história que sempre me sufocou... sempre me afundou... Adam solta meu braço e fala com uma voz abafada, sofrida quase como se fosse uma suplica pela verdade...”

— Então me fala Anna... Por favor me fala o que aconteceu?

“Encaro seu olhar confuso e suas expressões frustradas me partem o coração, eu quero falar, eu tenho que falar, pelo bem da minha filha, eu tenho que contar toda a verdade para ele! Respiro lentamente enquanto digo...”

- Adam, eu...

“A voz fica presa na garganta, era como mastigar espinhos, eu não sabia bem por onde começar essa bagunça, porém sabia que assim que começasse não poderia parar... Não poderíamos ser interrompidos... respiro fundo mais uma vez tentando desfazer os nós presos na garganta enquanto digo em um tom mais calmo..."

— Eu respondo todas as suas perguntas, mas podemos ir para outro lugar? Eu não quero que sejamos interrompidos, porque eu tenho muita coisa para fala!

“Adam mantinha aquele olhar fixo nos meus e era quase perturbador para se manter firme na sua frente. De repente pega na minha mão e sai do seu escritório me puxando sem dizer mais nada. Ele para em frente a mesa da secretária e fala para a mesma desmarcar tudo que por hoje pois ele não voltaria pelo resto do dia, ele volta a andar saindo me puxando até nós entramos no elevador, que assim que entra aperta um dos botões e depois de alguns minutos estamos na garagem do prédio, ele volta a me puxar e me leva até sua Lamburguine, abre a porta me mandando entrar. Aparentemente isso não mudou nele... continua sendo o cara autoritário e mandão!

Nós seguimos por todo o caminho em silêncio, até chegarmos em um pequeno prédio que parece ter 2 ou 3 andares, ele entra no lugar e o térreo era todo garagem. Lá dentro tinha uma moto e mais três carros além desse que nós dois estávamos. Nós saímos do carro e entramos em um elevador, subimos no para o primeiro e único andar que o elevador leva, chegamos a um apartamento gigantesco, muito lindo e sofisticado bem a cara do Adam. Nós entramos e eu sinceramente estava encantada com o lugar, só saio dos meus pensamentos quando ele me olha sério e fala com um leve desdém...”

— Você gostou?

“Abro um leve sorriso gentil enquanto respondo calmamente...”

— Sim.. Ele e a sua cara!

“Adam me encarava sério, triste, mas logo respira profundamente enquanto sacode levemente a cabeça em negação e então diz de maneira fria...”

— Sente-se e fale!

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