Capítulo 8

Sophia

— O sangramento vai durar de três a quatro dias, vou te receitar alguns medicamentos, você terá que tormá-los, por sete dias.

— Obrigada Tony.

— Se quiser, podemos acompanhar sua gravidez aqui na clínica, assim, não correrá o risco que algum médico vase suas informações.

— Quero sim, muito obrigado por me ajudar.

— Isso é o que os amigos fazem.

Saio da clínica, já deixando um horário marcado para a próxima semana. Pego uma carona com Briana, que me leva até a mansão.

— Amiga, se cuida. E se esse ogro fizer alguma coisa com você, me liga que, eu venho dá na cara dele.

— Não se preocupe, vamos ficar bem. Me manterei o mais longe possível dele, não vai demorar de sair o divórcio. Obrigada pela carona( Falo dando um abraço ).

Depois de me despedir de Briana, entro na mansão, e vou em direção ao meu quarto, segurando uma sacola com medicamentos e absorventes que comprei na farmácia.

Estou com tanta pressa, que não percebo as pessoas na minha frente, e acabo esbarrando em alguém, fazendo com que, a sacola caia no chão, revelando o que têm dentro.

— Me desculpe Sophia, eu não te vi.(Fala Marisa nervosa).

— Não precisa pedir desculpas, eu que não prestei atenção no caminho.

— Deveria tomar mais cuidado, você poderia ter machucado alguém.( Ouço a voz fria, que me dá arrepios)

Olho para o lado e Vejo Sebastian na sua cadeira de rodas, com o mesmo olhar frio que vi mais cedo.

— Tomarei mais cuidado.

— Oh, isso são... As suas regras vieram? Então, não deu certo?

— Sim, as minhas regras vieram. (Minto para Marisa)

Não me sinto bem em mentir, mas, a situação, me obrigou.

— Podemos tentar novamente, vou marcar com o doutor...

— Não haverá outra tentativa, vamos nos divorciar.

Quando Sebastian termina de falar, Marisa desmaia, caindo ao chão.

— Senhora Marisa! ( Falo me abaixando e segurando a sua cabeça)

— Adelaide! Adelaide! ( Ouço Sebastian gritar)

Logo Adelaide chega, ele pede que chame o médico da família.

Dona Marisa foi levada até um quarto de hóspedes, o médico a examinou, e conversou de portas fechadas com o seu filho.

Eu fico do lado de fora do quarto onde ela está, esperando notícias da Marisa. Mesmo sendo ela que projetou esse casamento, depois de alguns dias, comecei a me dar super bem com ela.

O doutor sai do quarto, e eu vou na sua direção.

— Doutor, como está a senhora Marisa?

— Ela está bem, só precisa de um pouco de descanso.

— Quê bom que não é nada grave.

Ele se despede e vai embora. Olho para o lado e vejo Sebastian me analisado.

— Não precisa fingir estar preocupada com minha mãe, sei que é só teatro.

— Você pode pensar o que quiser, eu não ligo.

— Quer que eu acredite que se importa com ela?

— Eu me importo com a senhora Marisa.

— Você faz tudo por dinheiro.

— Eu não me casei com você por dinheiro!

— Eu não caio nessa conversa barata. E por que foi então? Por amor, porque eu acho que não se apaixonaria por um inválido.

— Foi por amor, mas, por amor a outra pessoa. A minha avó Ellie.

— A sua avó? O que ela tem a ver com isso?

Nesse momento, me sinto tonta, preciso ir para o meu quarto repousar, não quero perder o meu filho por negligência minha.

— Preciso ir para o meu quarto(Falo colocando a mão na cabeça).

— Você está se sentindo bem?

— Estou sim, coisas de mulher, cólicas, essas coisas. (Falo para ele continuar pensando que não fiquei grávida).

Sébastien assente com a cabeça, e eu vou para o meu quarto. Estou cansada, com muito sono, e logo adormeço.

Acordo com uma batida na porta, é a Adelaide, me chamando para jantar.

— Minha nossa! Eu dormi tanto assim?

O caminho que leva para a cozinha, passa pela sala de jantar, vejo Sebastian sentado à mesa, mas, passo direto para a cozinha.

— O seu lugar é aqui na mesa, Sophia. Enquanto for uma Jackson, terá que ter o seu lugar.( Fala com um tom frio)

— Não vou incomodar o senhor com a minha presença, vou jantar com a Adelaide na cozinha, bom apetite.

Saio sem olhar para trás, não quero ter uma congestão, ao jantar com esse ogro.

Quando entro na cozinha, Adelaide fica surpresa.

— Sophia, não deveria estar aqui, o seu lugar é a mesa, com o senhor Sebastian.

— Não Adelaide, o meu lugar é onde me sinto bem. E eu me sinto bem, aqui, com você.

— O patrão não vai gostar nada disso.

— Eu não me importo. Vamos comer, eu estou com muita fome. E a senhora Marisa, como está?

— Está bem, o senhor Thomas veio buscá-la, e a levou para casa.

Adelaide coloca a comida na mesa, e juntas, começamos a jantar. Quando terminamos, eu ajudo a organizar a cozinha, e a lavar a louça. Ao sair da cozinha, me deparo com Sebastian, me esperando, na sala de jantar.

— Me acompanhe até o meu escritório, precisamos conversar.

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