Capitulo 9

Hunter se controla para não beijá-la ali mesmo e fala passando a mão na nuca.

― Ham... vamos sentar numa mesa?

― Claro, pode ser.

Hunter coloca a mão nas costas dela guiando-a para uma mesa mais escondida.

Ele não queria nenhum abutre olhando para ela.

Angelina se senta e percebe a cara amarrada do Hunter.

― Está tudo bem? Rs.

― Sim, por que? ― Ele pergunta surpreso.

― Você parece... sei lá... bravo com alguma coisa.

― Impressão sua Angel.

Hunter coloca uma mexa de cabelo atrás da orelha de Angelina e ela se arrepia toda com o toque dele.

“Nossa, já o segundo arrepio em menos de 5 minutos!”

Como que percebendo o que fez, Hunter se endireita na cadeira e dá uma tossidinha.

― É.... vai querer o que para beber? ― Ele pergunta um pouco nervoso.

― Pode ser uma cerveja.

Ele assente e volta ao bar para pedir as bebidas.

Angelina aproveita para observá-lo e suspira apaixonada.

Ele estava lindo com uma camisa branca de gola V e manga arregaçada nos braços, com uma calça jeans escura e bota estilo coturno preta.

Hunter ficava um gato de terno, mas ficava ainda mais irresistível quando estava assim... despojado e mostrando mais seu corpo musculoso.

“Por que você tem que ser tão bonito assim??”

Ela dá outro suspiro.

Hunter pede duas cervejas e um prato de amendoim.

Joe o serve e dá uma piscada para ele e depois olha para Angelina e faz uma expressão de “ual que gata” provocando-o.

Hunter balança a cabeça em negativa com um sorrisinho e volta para a mesa.

― Aqui. ― Ele entrega uma cerveja a ela e se senta já tomando um gole da sua.

― Está me esperando há muito tempo?

― Não. Eu tinha acabado de chegar também.

Ela sorri e toma um gole da cerveja.

Eles ficam em silêncio, como se fossem até estranhos.

Angelina sabe que Hunter, apesar de não parecer, era um pouco tímido no início, então decide quebrar esse clima.

― Como estão as coisas na Star?

― Boas. Estamos indo muito bem, ainda mais depois que a agência da Jéssica se tornou nosso canal oficial de publicidade.

― Ah, sim. A Jéssy é muito criativa!

― Você também é. ― Angelina o olha surpresa com o elogio. ― Eu vi alguns trabalhos seus no exterior.

― Que bom! Sinal que vou me dar bem aqui rs.

― Como assim?

Angelina dá um meio sorriso, enquanto bebe a cerveja.

― Dessa vez, eu pretendo ficar aqui de vez rs.

― Sério Angel? ― Hunter fica surpreso, mas muito feliz com a notícia. ― Mas, como assim pretende? Não tem certeza ainda?

Ela dá uma risadinha e come um amendoim.

― É que, na verdade, vai depender de umas coisinhas... inclusive de você Hunter rs.

― De mim? Por que? ― Ele engole em seco meio nervoso.

― Então, estou pensando em abrir meu próprio ateliê.

― Ah... Legal Angel! Vai fazer sucesso.

― Obrigada rs, mas então, eu não entendo nada da parte burocrática sabe? Da parte administrativa, então pensei em você para me ajudar nisso.

― Entendi... ― Ele fica um pouco decepcionado por saber que esse era o motivo da ajuda dele. ― Bom Angel, acho que o ideal seria você contratar um contador e depois um administrador pra isso.

― Ah... sei... ― Ela fala um pouco decepcionada.

Hunter nota isso em seu olhar e se sente mal. Não queria ver esse olhar dela nunca mais, então ele logo tenta corrigir.

― Mas eu te ajudo sim Angel. Te ajudo no que precisar.

Ela o olha feliz e dá um sorrisão de tirar o fôlego.

Hunter engole em seco suprimindo a vontade de beijá-la novamente.

― Obrigada Hunter! Ai vai ser ótimo! Rs.

Ele sorri diante da empolgação dela e realmente ficou muito feliz que ela voltaria definitivamente para Nova York, assim ele poderia vê-la mais vezes...

― Por falar em ajuda, o que vamos inventar para convencer a Charlotte? ― Ela pergunta olhando nos olhos dele e depois desce até a boca.

― Não sei... você que é a criativa aqui rs. ― Hunter devolve o olhar parando nos lábios dela também.

Ela ri e joga um amendoim para o alto e pega-o com a boca.

― Nossa, nunca consegui fazer isso. Sempre cai em tudo que é lugar menos na boca kkk

― Jura? É tão fácil. Olha.

Ela faz novamente e acerta de novo, depois o convence a fazer o mesmo, mas todas as vezes caiu fora.

― Você é ruim mesmo, heim? kkkk

Ele faz uma careta e depois ri também.

― Mas então Hunter, acho que devemos contar que sou irmã do Alex quando ela nos perguntar como nos conhecemos, porque seria fácil ela descobrir isso.

― E por que tem certeza que ela vai perguntar?

― Claro que vai! Toda mulher quer saber kkk

Ele a olha divertido e concorda.

― Tá e o que mais?

― Bom, nos conhecemos desde sempre através do Alex, mas só nos apaixonamos quando eu voltei da França para o casamento dele.

― Hum... seria uma boa, se não fosse o fato de isso ter sido há 5 anos rs.

― Ah... verdade...

Ela morde o canto do lábio pensativa e isso chama a atenção dele.

“Merd@... Ela fazendo isso fica ainda mais sexy...”

― Ah, já sei! ― Ela fala entusiasmada. ― A gente se apaixonou quando vim conhecer a Lyssa e fiquei um bom tempo. O que não deixa de ser verdade, né? Digo, tirando a parte que nos apaixonamos rs.

Ela fala meio sem graça e ele franze o rosto sem saber porque se sentiu meio... desapontado nessa última parte.

― Sim... sim. Está melhor assim. É um bom tempo para ter te pedido em casamento. É, vai colar.

Ela sorri demonstrando satisfação, mas por dentro ela queria muito que isso fosse verdade...

― Vai sim. Quanto menos mentirmos, melhor.

Hunter assente e depois conclui.

― Bom, é isso. Nos conhecemos desde sempre, mas só nos apaixonamos quando Alyssa nasceu. Então temos 2 anos juntos e resolvi te pedir em casamento... quando?

― Hum... no Natal. É faz apenas alguns meses.

― Mas você não veio pra cá no Natal.

― Eu sei, mas ela não precisa saber de todos os detalhes! kkkk

Ele ergue as sobrancelhas e concorda.

Afinal, nada daquilo era real, então podiam inventar qualquer coisa.

― Fechou então.

Ele bate a sua garrafa na dela em um brinde e eles tomam o ultimo gole.

― Vou no banheiro e já volto. Pede outra cerveja para mim. ― Angelina fala já se levantando e indo ao banheiro nos fundos do bar.

Hunter a acompanha o tempo todo com o olhar, mas o problema, é que não foi só ele a ficar olhando.

Resmungando, ele pede mais cerveja e uma tábua de frios que ele sabia que ela gostava, enquanto a esperava voltar.

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