"Chegaram à mansão de seu pai, seu irmão estava lá e deu um abraço apertado em sua irmã, mas percebeu algo estranho, pois ela o abraçava forte e chorava bastante.
Sua irmã não é de chorar, mesmo com o que ela passou no passado, ela sempre era brincalhona e sorridente. Então, por que chorava daquele jeito?
Olhou para seu pai sem entender nada. Seu pai disse que depois lhe contaria tudo, mas era bom deixar sua irmã descansar um pouco.
Ela subiu para o quarto que o seu pai disse ser o dela. Entrou no banheiro, tomou um banho e se deitou na cama para tentar dormir um pouco, pois sua cabeça ainda estava turbulenta depois de tudo.
No andar de baixo, João chamou Victor até a sala principal da casa, sentou-se no sofá e pediu para ele sentar também, pois a conversa era muito séria.
— Meu filho, sinto muito, mas a notícia que tenho para te dar não é boa. Eu... eu...
— Pai, está me assustando, você parece muito nervoso.
— Bem, não tem jeito fácil de falar isso, então vamos lá. Sua mãe foi assassinada, junto com o Jorge, em sua casa. Malu chegou de viagem e viu a cena, entrou em choque e foi levada para o hospital, onde amarraram ela na cama. Vamos precisar dar muito apoio a ela nesse momento, mas sei que você também vai precisar, afinal, ela também era sua mãe.
Victor se levantou, andou de um lado para o outro com os olhos cheios de lágrimas. Ele tinha falado com a sua mãe um dia antes. Eles combinaram de passar o final de semana juntos. Seu pai se levantou, foi até ele e o abraçou. Ele chorou como uma criança.
— Pai, como foi isso? Descobriram quem foi?
— Não, meu filho. Os corpos foram levados pelo IML e vão passar por uma investigação criminal. Temos que aguardar os laudos médicos.
— Malu herdou tudo, não é? Você podia falar com ela para nos ajudar na agência, pai. Ela pode ajudar, não pode? Precisamos do dinheiro agora que estamos com o processo da Ane nas costas...
— Pare com isso, Victor. Sim, ela herdou tudo, mas é tudo dela. Não venha com essa conversa. Sua mãe foi assassinada e você fica aí pensando em herança? Acabou de chorar e agora isso? Vou subir e me deitar para descansar um pouco. Não quero que você fale disso com ela.
Victor ficou pensando. Sabia que sua irmã jamais recusaria ajudar eles. Ele confiou em Ane, se apaixonou por ela e ela vendeu as imagens da agência para um concorrente do seu pai. Quando eles foram lançar a propaganda, a outra agência processou a deles por estar usando as imagens que pertenciam a essa outra agência.
Eles até conseguiram um sócio bilionário para ajudar, senão já teriam ido à falência. Ainda assim, precisavam de mais dinheiro, pois o novo sócio só pagava o que queria.
Quando seu pai descobriu que foi Ane que vendeu as imagens para a outra agência, ele a demitiu por justa causa. Ela jurou vingança a todos daquela família antes de ir embora.
Ane ainda conseguia atrapalhar algumas campanhas da agência, pois tinha uma aliada lá dentro que ninguém sabia quem era. E também a ajuda do Alex, que mesmo com tudo isso, ainda a amava e não conseguia se separar. Mas disso, seu pai não sabia, pelo menos ainda.
Algumas horas se passaram, e João acordou. Foi até o quarto de sua filha para ver se ela estava bem. Ela estava sentada na cama com os joelhos dobrados e abraçando-os, com a cabeça abaixada entre eles, chorando.
Seu pai chegou perto, abraçou sua filha e chamou-a para descerem e jantarem. Ela recusou, mas ele insistiu tanto com carinho que ela acabou cedendo. Seu pai e seu irmão eram tudo o que ela tinha naquele momento, e ela teria que superar o que passou e começar sua vida do zero.
Chegando à mesa, ela viu seu irmão de cabeça baixa mexendo no celular. Quando ela disse oi, ele levantou num pulo, perguntando como ela estava. Ela simplesmente disse "tô tentando levar".
As empregadas colocaram na mesa o jantar, e mesmo sendo o prato predileto de Malu, ela não conseguiu comer bem. Só beliscou e tomou o suco, pois estava sem fome.
— Malu, que tal você amanhã ir conosco à agência? Lá está muito bonito agora, mas seria bom você ir. Você é criativa e inteligente, poderia nos ajudar com suas ideias.
Seu pai olhou para Victor com uma cara de "o que você está fazendo?"
— Não sei, eu não estou bem. Minha cabeça pode não funcionar direito e eu posso acabar atrapalhando ao invés de ajudar.
— Que nada, irmãzinha. Você sempre foi a melhor em tudo desde pequena. Você ficar em casa sozinha não vai te ajudar em nada. Lá pelo menos você ajuda a gente e ainda se distrai. O povo de lá é tudo doido, só o sócio do papai que tem cara de limão azedo, mas ele mal sai da sala dele e quando sai é para ir embora.
— Sócio? Por que isso, papai?
— Depois conversamos sobre isso, filha, ok? Agora estamos jantando.
— Papai...
— Ah Malu, vamos vai, por favor. A agência precisa de você e de sua criatividade. Diz que sim... Sim?
— Tá bom, eu vou. Mas se eu não me sentir bem lá, eu vou embora.
— Combinado." ("Primeiro passo já dei, logo ela saberá a real situação da agência e vai nos ajudar.")
Depois da conversa, eles dão boa noite e sobem cada um para seu quarto e dormem.
Menos a Malu, ela ainda fica lembrando de sua mãezinha e de Jorge. Ele sempre foi ótimo para ela, ajudou a ser a mulher guerreira que ela é hoje.
Ele a colocou em um centro de treinamento, lá ela sofreu, mas aprendeu tudo o que sabe hoje. Ele queria transformá-la numa mafiosa temida por todos, mas ela nunca quis ser mafiosa.
Passou a metade da noite lembrando de tudo, mas seu corpo está cansado e ela não aguenta mais ficar acordada, então acaba dormindo..."
Espero que isso ajude! Se precisar de mais correções ou qualquer outra coisa, é só perguntar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 54
Comments
Juliana S Andrade
misericórdia que Victor traiçoeiro e ganancioso
2025-03-01
1
Carla Vitória
Com um filho desse, quem precisa de inimigos?
2024-11-13
0
Carla Vitória
Se eu estivesse no lugar dele, já teria mandado a Ane embora e o Vitor direto pra cadeia. Não dou apoio pra quem me rouba na cara dura!
2024-11-13
0