Enquanto arrumava o meu novo quarto notei que minha audácia em escrever esta história me privou de perguntar ou mesmo querer saber dos meus honorários.Realmente estava cego para escrever sobre a família Canelloni e sua saga até chegar à América, ao poder da Europa, seus altos e baixos, enfim.
Fiquei feliz em saber que tenho carta branca para escrever e entrevistar quem eu quiser. Não vou negar que tremi as pernas ao falar dos Brassi. Arquiinimigos da família a anos. Mas, Marshall me deu uma excelente devolutiva.
No meu quarto havia uma varanda. Que dava diretamente a grama da imensa mansão Canelloni, ou seria o quartel general e eu o preso ilustre?
Havia alguns anos que parei de beber, me manter saudável com a minha idade era imprescindível. Escrever exigia um preparo, acredite. Mente sã, corpo são! Mas, mantive meu vício por cigarros mesmo porque segurar algo entre os dedos e observar sua fumaça se desfazer no ar me fazia pensar com mais clareza. E foi isto que fiz durante o resto deste dia. Por onde começar?
Notei que os autores menos afortunados começaram pela genealogia dos Canelloni. Porém, não tomaram cuidado com o sangue que havia nesta história.
Vou dividir minha história em três etapas: A Gênese , que ficaria a cargo desta origem da família, porém iria contar sobre os outros clãs. Não vi isto nesta obra ao qual manuseio. Seria um bom motivo para desfazer esse sangue todo nas costas de uma família apenas.
A outra etapa seria: A ascensão. Mostraria de maneira minuciosa e romântica como foi o nascimento da família nos negócios. Creio que esta é a parte que mais me preocupa quanto aos crimes, assassinatos e coisas que nem imagino e que poderei descobrir. Terei de saber escrever tudo isto! Terei os olhos de Marshall sobre mim…
Na última etapa, farei um final do livro focado na ida da família à América. O problema é que este fato parece estar em evidência ainda… e não conheço muito a história da família para o novo continente. E se não for uma história de sucesso? A cara de Marshall nestes últimos dias mostra preocupação. Batizarei esta etapa em À América.
Sentei na cadeira à minha máquina de escrever. Era velha ,mas confiável ao meu dever.
Por o papel para escrever uma história que não seja breve como uma nota de jornal ou um argumento político me fez respirar fundo mas, me senti cansado. O bom escritor inicia a escrita em seus pensamentos. E eu já tinha feito o esqueleto desta obra à anos… .
Minha fixação pela família não parte somente pelo drama e ascensão da fortuna. Mas, das mulheres desta família. Penso que elas são as cernes para motivos. A alavanca para um arco glorioso.
Luana, por exemplo , mostra que as mulheres da família botão a mão na massa e estão inseridas no sistema complexo da família. Não são passionais como das outras famílias. Talvez esta seja a priori para a vitória dos Canelloni sobre os outros Clãs…
Meu cigarro acabou entre meus dedos, olho a hora e já são cinco da tarde. Renunciei um almoço e um café da tarde. Apenas cigarros e conjecturas.
- Senhor Felipe, o jantar sai daqui duas horas…
-Desculpa, mas pretendo pular esta refeição também , senhora…
- Infelizmente não poderá, Senhor Felipe! Dom Marshall gostaria de sua presença….
-Algo especial para que possa vestir!?
Abro a porta pela primeira vez e vejo uma senhora negra segurando um terno.
- Dom Marshall já preparou tudo. Só se vista e leve sua máquina de escrever. Estás foram as recomendações!
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Atualizado até capítulo 38
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