Com o passar de três dias, Huiliang ouve o som de batidas na porta. Abrindo, ele vê os entregadores do prédio com suas compras e dá passagem para que coloquem na sala. Uma vizinha que passava pelo corredor notou o nome na caixa e por sua curiosidade se aproximou de Huiliang. Eles já se conheciam desde que o ômega se mudou para o apartamento, mas dificilmente se falavam. Huiliang não gostava de seu comportamento e algumas coisas que essa vizinha costuma dizer.
— Céus Huiliang, você terá um bebê?
Apreensivo, concorda com sua pergunta balançando a cabeça. Ele não queria prolongar a conversa e muito menos dizer sobre sua vida a essa pessoa, mas ainda faltava esperar aqueles homens saírem do seu apartamento.
— Mas já comprou um berço? E se o bebê morrer? Tenho algumas amigas que compraram muitas coisas no início da gravidez e acabaram tendo um aborto espontâneo.
— ... que?
— Só estou dizendo o que sei, preciso ir agora, meus parabéns.
Observando a mulher caminhar pelo corredor até entrar em seu apartamento, Huiliang ficou paralisado na entrada com a palavra “aborto” ecoando em sua cabeça. "Isso realmente pode acontecer?" Como algumas palavras podem afetar tanto alguém?
Originalmente ele teria ignorado qualquer coisa, mas agora que está grávido ouvir esse tipo de palavra lhe deixou amedrontado. Como alguém pode dizer isso de repente e sair como se não dissesse nada demais?
— Com licença? Já colocamos na sala, tenha um bom dia.
— Sim, obrigado.
Fechando a porta de seu apartamento, Huiliang se senta no sofá enquanto observa as caixas no canto da sala. Algumas sacolas de compras ainda estavam pela sala e até três dias atrás tudo estava indo bem e agora parecia como se alguém tivesse amaldiçoado sua gestação.
— Você precisa ter cuidado com o que diz...
Resmungando com suas mãos sobre a barriga, Huiliang mantém uma expressão ambígua e um comportamento abalado. Ele sentia uma sensação desconfortável e queria esquecer o que ouviu daquela mulher.
— Isso não irá acontecer com você, não ligue para o que ela disse.
Huiliang estava se acostumando a conversar com seu bebê, ele viu na internet que após o nascimento o bebê poderia reconhecê-lo pela voz e isso o deixaria calmo e seguro. Na primeira vez ele ficou envergonhado e achou maluquice, pois é como se estivesse falando sozinho.
Levantando-se do sofá, ele arrasta as caixas para o quarto que já tinha sido esvaziado. Ele não iria se arriscar em montar o berço sozinho pois certamente daria errado e pensou em pagar alguém para montá-lo e isso seria feito após a parede do quarto estar pronta.
Ainda era cedo e Huiliang decide pintar a parede, felizmente a cor branca das outras paredes do quarto combinam perfeitamente com o desenho programado em sua mente. Tirando as latas de tintas e pincéis das caixas, Huiliang coloca papéis no chão próximo a parede evitando de fazer sujeira.
Realmente, se ocupar com alguma tarefa foi a melhor decisão. Huiliang precisava esquecer as duras palavras de sua vizinha, tendo tudo pronto, o ômega troca suas roupas e dá início ao seu desenho na parede.
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Reescrito e revisado: 27.03.23
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Wanderleia Menezes
Nossa q boca horrorosa viu 😡
2022-11-08
8
Srta Sky
afffff conheço uns par de pessoas malas assim
2022-11-03
2
Maria Gabriely
sai de ré Satanás 😠😠😠😠😠😡😡😡😡😡
2022-10-19
12