Minha mãe não seria capaz.

Com Eric.

Assim que termino a ligação de Olivia, minha mãe entra pelo meu quarto, ela senta de frete para mim em sofá que tem ali, ao lado de uma linda vista para o jardim.

Sibele: Com que você estava falando?

Eric: Eu convidei a Olívia para ir ao cinema comigo hoje, mãe você tem que entender que eu gosto dela, e não pode ficar falando sobre o corpo dela, eu não falo nada na frente dos outro porque não quero arrumar confusão, mas por favor eu quero que respeite ela.

Sibele: Eu não sei o que você viu nela, filho você pode ter várias garotas lindas e escolheu uma gorda, sério uma GORDA NÃO PODE SER ERIC. Ela fala gritando.

Eric: Eu não ligo para isso, ela me faz bem, eu gosto de estar com ela, então dá próxima vez que a ver se desculpe com ela faça isso por mim, eu te amo e não quero ver vocês brigando.

Sibele: Uma gorda Eric, eu não posso aceitar isso.

Eric: Se você não aceitar, eu terei que sair dessa casa.

Sibele: Tudo bem, eu faço tudo por você, até me desculpa com aquela gorda, eu quis dizer fofinha.

Eric: Mãe as suas falas, é preconceituoso, fofinha, gordinha, cheinha são falas gordofobia.

Sibele: Me desculpa, eu vou tratar bem a Olívia.

Eric: Eu espero que sim, pois se eu perceber algo eu me mudo definitivamente para o apartamento.

Minha mãe sai do quarto, eu fico, mas tranquila, eu gosto da Olívia, eu acho ela linda, como ela é eu só quero poder fazer ela feliz.

Eu vou até à piscina, Califórnia hoje estava quente, fico aproveitando por um tempo, subo para meu quarto me preparar para ver Olivia, faltando pouco tempo para sair escuto um barulho e gritos da minha mãe.

Saio correndo do quarto e vou em direção aos gritos, vinha da escada quando olho para o final dela vejo minha mãe caída e gritando de dor.

Eric: Mãe, o que ouve, não se mexa, eu vou ligar para o médico.

Sibele: eu me desequilibrei e cai tá doendo muito meu filho. Ela solta um grito de dor.

Eric: vamos ter que ir para um hospital.

Pego minha mãe no colo e levo em direção ao meu carro, ligo para meu pai avisando do acontecido ele nos encontraria no hospital.

Quando chego somos encaminhados até uma sala e logo o médico chega e dá, os primeiro atendimento, ela é levada para fazer alguns exames, eu vejo o meu pai chegar e me encaminho até ele.

André: O que aconteceu Eric?

Eric: não sei bem, mas ela se desequilíbrio e caio da escada, agora ela esta fazendo alguns exames, mas parece não ter sido nada muito grave.

Somos interrompidos pelo médico que estava atendendo minha mãe.

Doutor: família da Senhora Sibele.

André: somos nós. nos aproximamos.

Doutor: ela está bem, apenas uma dor de cabeça, alguns arranhões, foi apenas um susto, mas ela está bem, agora está no quarto descansando e vai permanecer em observação até amanhã pela manhã.

Eric: podemos ver ela.

Doutor: Sim, ela está no quarto 37 vocês podem ir até lá.

André: obrigada por tudo.

Saímos para ver como ela estava, quando entramos ela estava olhando para o teto com um rosto triste.

Sibele: Desculpa, eu não queria preocupar vocês.

Eric: Não se preocupe, mamãe foi apenas um susto, amanhã você já vai ter alta, e vamos para a casa. 

Eu me sento em uma cadeira aí seu lado e ficamos conversando e distraindo minha mãe.

 Eric: eu vou buscar um café para mim, quer algo para você papai?

André: Eu vou com você.

Fomos em direção a lanchonete que tem ali perto, mas percebo que esqueci minha carteira e o celular no quarto, volto e escuto uma conversa da minha mãe, chamando alguém de gorda, eu logo imagino que deve ser com Olivia com quem ela estava falando.

Olivia, olho para o relógio e vejo que já era para mim, ter encontrado ela há muito tempo. Eu saio dali e vou até meu carro, entro e dou partida indo até onde combinamos de nós encontrarmos.

Vou o caminho inteiro relembrando de tudo que minha mãe fez ela passar e eu nunca fiz nada para poder ajudar ela, eu não poderia ter feito isso.

O que passou pela minha cabeça não podia ser verdade, será que minha mãe é uma pessoa tão ruim assim, que conseguiria forjar uma queda para me impedir de encontrar com a Olívia.

Até que ponto ela chegaria para me separar de uma pessoa que eu gosto. 

O caminho parece, mas longo do que é em outros dias, nada estava ajudando, o trânsito estava ruim, a maioria dos semáforos estava  fechado me fazendo esperar, o pior que eu sair e deixei o celular não dava para conversar com Olivia.

O que esta  passando em sua cabeça, ela deve me odiar, com toda razão em todos os momentos que eu presenciei minha mãe lê ofendendo eu nunca fiz nada para impedir.

Quantas vezes eu já vi pessoas na empresa nos olhando e comentando algo e nunca fiz nada para impedir.

Eu não ofendia Olivia, mas não a defender me mostrava que eu não merecia estar com alguém tão incrível como ela é.

Eu chego no local, mas não vejo ela por ali, eu estaciono o carro e vou andando tentando encontrar ela, não sei me sinto desesperado, eu preciso encontrar a Olívia, eu preciso que ela me escute e que possa me perdoa por tudo que minha mãe fez para ela.

Pergunto para algumas pessoas se virar ela em algum lugar, eu penso que ela deve ter ido embora, eu vejo uma mulher, parece ser Olivia, mas com o escuro não tenho certeza se era ela.

Eu me aproximo, e cada vez eu tenho certeza que é ela, mas ainda de longe me surpreende vendo ela em um banco com um homem, ela estava nos braços, mas logo se levante e se despedi e vai para um táxi.

Eu tento alcançar ela, mas foi em vão, eu chamo pelo seu nome, mas ela já tinha partido me deixando ali

Eric.

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