Coração Acelerado

Na mansão, Elisa está com o coração acelerado, imaginando que algo poderia acontecer com suas irmãs. Será?

Elisa: Tomara que todos estejam bem! — Pensa ela!

As horas se passam e ela escuta a movimentação dos carros, então ela corre para a porta e Mateus entra com sua camisa suja de sangue, ele vai direto para o escritório. Elisa então vai com ele, suas mãos estão tremendo, pois não conseguia entender o que pudesse estar acontecendo.

Eles entram e ele vai direto para um sofá que tinha ali, sua expressão de dor deixava ela preocupada.

Mateus: Puta que pariu que essa doeu.

Elisa pega uma caixa de primeiros socorros, ela se aproxima dele, puxa a saia do seu vestido e coloca entre suas pernas deixando-as literalmente exposta. Ela começa a abrir a camisa de Mateus, ele fica surpreendido, pois aquilo parecia algo natural.

Mateus: Hei! Moça calma aí.

Elisa: Só quero te ajudar, se não quiser é só falar.

Mas a ficha de Elisa começa a cair .... "Meu Deus, que estou fazendo? Nem percebi que tirava a roupa dele rsrsrs"

Elisa: Pode se virar por favor?

Mateus está de costas, as mãos dela deslizando em seus ombros, sua respiração quente em seu pescoço, tudo aquilo é perturbador. Ele sente seu coração bater mais forte, Elisa algumas vezes desvia seu olhar para ele, seus cabelos e seus olhos tentando ver o que ela faz, ele tinha um corpo que era perfeito.

Mateus: Ai! Já está bom, afinal foi só de raspão.

Elisa: Eu já terminei.

Ele então se vira, Elisa estava com uma perna cruzada e a outra estendida para o chão, sem perceber coloca sua mão na perna dela. Sua respiração para, ela nem ao menos espera que ele fale alguma coisa,  se levanta rapidamente.

Elisa: Éé .... vou buscar outra camisa para você.

Mateus: Obrigado!

Assim ela sai deixando ele ainda processando tudo que acaba de acontecer.

Fora da mansão .... Isabela estaciona seu carro, dá uma boa olhada nele, estava cravejado de balas. Lucca que também desce, percebe a forma que ela olha para o seu carro.

Lucca: Não se preocupa depois veja para levar em algum local que conheça para arrumar

Isabela: Isso não é necessário, eu mesma posso cuidar disso.

Lucca: É por isso que temos nossos carros, para evitar esse tipo de situação.

Isabela: Os carros que você tem não serve para esse tipo de trabalho.

Lucca: Tem razão, então você tem autorização para mexer como quiser, estou realmente impressionado com sua atuação de hoje.

Isabela: Eu disse para você que podia confiar em mim. Pelo menos agora espero que deixe de ter certos comentários machistas.

Lucca: É confesso que você é realmente diferente das moças que eu já conheci.

Isabela: Pena que o sentimento não são recíprocos.

Então Isabela entra, deixando Lucca totalmente desconsertado. Mas estava claro que toda aquela adrenalina e a forma que Lucca agiu foi muito diferente para ela.

Isabela: " Se ele acha que vou fazer algum elogio, está completamente enganado."

Lucca: "Essa daí vai me dar trabalho viu rsrsrs."

Enquanto isso, no galpão após o atentado, Antony faz a verificação dos contêineres e aparentemente nenhum foi violado.

Sara estava ali paralisada, olha para os lados, pessoas mortas espalhadas e os homens recolhendo armas, alguém chega perto dela e entrega a flecha cheia de sangue.

— Bela pontaria.

Ela apenas levanta a cabeça, pega a flecha e não responde. Já no carro voltando para casa, ela fica o tempo todo em silêncio.

Assim que entram, Sara desce do carro, pega as armas que tinha levado e segue para o galpão,  Antony vai atrás dela, ela vai direto para um pia e começa a lavar as mãos sem parar.

Antony, percebe que Sara nunca havia matado alguém, se aproxima dela pegando em suas mãos, ela o olha com olhos cheios de lágrimas.

Antony: Pelo jeito essa foi  primeira vez que matou alguém certo?

Ela olha para ele fixamente ... Em seu pensamento ela se lembra que já pensou em fazer exatamente isso em defesa própria, mas lhe faltou coragem ou será que não existia ódio suficiente para concluir?

Sara: Eu nunca achei que pudesse fazer isso algum dia, mas na hora não pensei, só fiz.

Antony: Tem certeza que é isso mesmo que você vai querer fazer?

Sara: Eu … Desculpe, mas não é por isso que estou assim.  Com licença eu preciso guardar minhas coisas.

Antony: Espera aí ...você hoje foi perfeita.

Sara: Eu disse que quando chegasse a hora eu não iria falhar.

Dentro da casa, Elisa desce com uma camisa para Mateus, entra no escritório e ele ainda estava no mesmo local.

Ele se levanta, ela se aproxima, começa a vesti-lo, algo tão simples parecia um jogo de sedução na cabeça dele.

***Pensamento de Mateus***

"Seu perfume entra na minha mente, não consigo desviar meu olhar daquela boca, suas mãos delicadas deslizavam sem querer por meu corpo, para não me perder nos pensamentos que tenho fecho meus olhos e desejo que isso acabe logo,  Elisa tem um jeito de menina num corpo de mulher, seus cabelos presos com alguns fios soltos em seu rosto, parece até uma paisagem que tenho vontade de tocar."

Elisa: Senhor? Oi? Senhor Mateus?

Mateus: Oi, desculpe, estava preocupado com umas coisas.

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