Mas ao contrário do que sua mãe pensava Amanda nunca se sentiu tão normal de novo, vivendo com outras mulheres, trabalhando em equipe, dividindo trabalhos domésticos, artesanato tudo aquilo a distraía do inferno que ela viveu em Londres e a continuação desse inferno depois que ela voltou para casa, era como se ali fosse um mundo completamente diferente, onde ela finalmente pudesse ser ela mesma. Ela resolve ligar para sua casa e dizer que estava bem só para não deixar sua família muito preocupada, sua mãe fica aliviada ao ouvir a voz da filha e saber que tudo estava bem, ela resolve então dizer para mãe onde ela está ficando já que sua mãe disse que quer vê-la e conversar com ela.
Mas quem escuta a conversa entre as duas é Ângela que não está nada feliz achando que a mãe está indo buscar a irmã para voltar para casa, não agora que a sua vida estava começando a voltar ao normal de novo os repórteres haviam sumido as crianças da escola esqueceram um pouco sobre toda a fofoca e pararam de chamar ela de irmã da garota de programa, ela não ia permitir que Amanda voltasse para a vida deles e tornar-se tudo em um inferno novamente, então enquanto sua mãe prepara um lanche e põe uma bolsa térmica para levar para Amanda e separa também algumas roupas Ângela pega o telefone e liga para uma revista pequena e resolve passar o endereço da irmã achando que se toda a imprensa voltar a ficar em cima dela de novo ela iria desaparecer de vez.
Quando Joana está com tudo pronto e vai em direção ao endereço que sua filha passou ela vai com um sorriso no rosto e o coração aquecido sabendo que sua filha não estava dormindo na rua nesses três dias desaparecida, mas assim que ela chega na frente da ONG já existe umas seis pessoas com câmeras e máquinas fotográficas na mão, Joana tenta entrar para ver sua filha mas o portão da ONG precisou ser fechado para que nenhum repórter invadisse já que as mulheres que estavam ali se escondiam de seus maridos violentos ou porque não queriam reviver o trauma, e ter os repórteres ali não ajudavam muito. Ela então conversa com uma mulher que finalmente deixa ela passar, ela entra para conversar com a Amanda que está muito chateada com todo problema que estava causando ali. Joana então corre até sua filha e a abraça entregando a ela o lanche e as roupas e elas conversam por algum tempo quando a tarde chega Joana precisa voltar para casa já que tem que fazer o jantar para seu marido e a sua filha mais nova ambas se despedem e uma funcionária da ONG leva ela até o portão e o tranca novamente, mas quando volta ela chama Amanda para conversar.
Mulher
— Amanda? Eu queria conversar com você sobre tudo isso que está acontecendo, nós queríamos continuar ajudando, mas com toda essa aglomeração na frente da nossa ONG todos esses repórteres, está chamando uma atenção desnecessária, muitas mulheres aqui se escondem de maridos abusivos e ter a cara delas estampada em um jornal não é nada seguro.
Amanda então entende o que está acontecendo ela sabia quais palavras viriam depois dessa longa frase.
Amanda
— Eu entendo, não posso mais ficar aqui estou atrapalhando a vida dessas mulheres que não fizeram nada para merecer isso.
Mulher
— Você também não merece e ficariamos muito contentes em continuar te ajudando, mas não podemos prejudicar a todos para ajudar apenas um você me entende né? Me parte o coração ter que pedir que vá embora, mas é o mais seguro para todas elas no momento.
Amanda
— Eu entendo não precisa se explicar eu agora sou inconveniente.
Amanda então pega a bolsa que sua mãe trouxe coloca as outras roupas que ela ganhou junto e também pega a pequena bolsa térmica com o lanche, dá um abraço na diretora da ONG que a ajudou até aquele momento, se despede de algumas colegas que fez no local e então sai dali com todos aqueles repórteres a enchendo de pergunta ela corre em direção ao ponto de ônibus , naquele momento um ônibus estava parando no ponto, ela entra e começa a chorar novamente era como ciclo que se repita, era como se ser feliz fosse proibido para ela, Amanda não sabia como os repórteres descobriram que ela estava ali já que nesses três dias ela nem mesmo colocou a cara para fora ou apareceu em uma janela exatamente para que não fosse reconhecida, foi uma das recomendações da diretora da ONG, mas então ela fala para sua mãe e todos os repórteres chegam ali, ela então pensa que sua mãe deve ter sido seguida por um deles, ali sentada ela ainda pensa em voltar para casa, mas não era uma boa ideia seu pai e sua irmã ficariam no pé dela novamente e ela não conseguiria lidar com isso.
Ela acaba descendo no ponto final da linha do ônibus e fica zanzando pelo local sem saber o que fazer a partir dali, quando a noite finalmente chega e ela só tem 5 reais no bolso ela pensa no que fazer então pega um outro ônibus em direção a sua casa já que não tem condições dela dormir na rua. Quando chega na frente da casa de seus pais ela ainda para e pensa se deve mesmo entrar ou não, ela se senta ali na frente e coloca a cabeça entre os joelhos segurando o choro, sua mãe abre a porta e abraça sua filha ali mesmo e chora junto com ela.
Joana
— Me desculpa querida algum daqueles repórteres deve ter me visto sair daqui e juntaram as peças de que estava naquela ONG eu só queria te ver e acabei estragando tudo para você.
Amanda
— Não é culpa sua mamãe é minha tudo isso é culpa minha, se eu não tivesse voltado vocês não teriam a vida de vocês virada de ponta cabeça, aquelas mulheres não estariam passando por um sufoco só porque tentaram me ajudar é como se eu fosse um imã que só atraí destruição atrapalhando a vida de todo mundo.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Socorro Maria
essa irmã dela tá precisando de um corretivo já
2025-03-15
0
Fernanda Braz
Coitada não tem um dia de paz 😭😭
2024-10-16
1
Edna Ferreira barbosa
essa irmã dela é uma víbora
quero ver ela se ferar no final, ela tá se fazendo de c# doce
2024-09-16
1