AINDA NO HOSPITAL

Saio do quarto onde estava Maria Cecília e logo ligo para os meus pais contando o que aconteceu.

eles queriam vir até o hospital, mas não adiantaria muita coisa, tranquilizo eles e ligo para Graça arrumar algumas coisas para minha filha e eu.

enquanto eu esperava em uma sala, ligo para Yuri e ficamos conversando sobre a reunião, fechamos um contrato grandioso com uma joalheria. Ele me parabeniza e eu o agradeço por nem questionar a repentina reunião.

após 40 minutos Graca chega.

GRAÇA- Minha menina(Me dando a bolsa que ela fez)

RAQUEL- Graça, estou arrasada(falo abraçando). Nao consigo ficar naquela sala e ver a minha filha daquele jeito, Daiana saberia lidar com isso. (falo me derramando em lágrimas).

(Olho para fora e Rebeca estava na porta)

REBECA- me desculpa, eu bati, porém não quis atrapalhar.

RAQUEL- Tudo bem

GRAÇA- Olha,Daiana não está mais entre nós, eu sei que dói, e vai sempre doer, mas Cecília precisa de você. Precisa da mãe que restou a ela. quer que eu chame Sophia?

RAQUEL- Não Graça, minha filha nem gosta dela. Obrigada por tudo. sei que você ainda não está muito bem, então volte para casa e descanse.

(nós nos abraçamos e ela foi embora)

Rebeca ainda estava ali, e o seu cheiro doce ainda exalava a sala em que estávamos, era bom e suave.

REBECA-Não quis te atrapalhar, mas saiba que eu sei que é difícil perder alguém, mas ela precisa de você, e prometo ser breve e precisa para desvendar logo o que Maria Cecília tem.

RAQUEL- Eu te agradeço.

Volto para o quarto e Cecília estava dormindo, ela estava com muita dor então deram um calmante para que ele conseguisse dormir.

a noite ela acordou, dou um banho nela e ajudo ela comer. ficamos ali agarradinha e adormecemos juntas.

de madrugada perco o sono e vou tomar um café na cantina e me sento em uma mesa afastada até que uma voz suave fala comigo.

REBECA- Também perdeu o sono?

RAQUEL- Acho que sim. você está sempre em todos os lugares? (falo rindo) ela se levanta e vai até minha mesa

REBECA- Posso? (apontando para uma das cadeiras)

RAQUEL- Claro! me diga, porque não vai descansar?

REBECA- Eu estava em cirurgia

RAQUEL- Quando disse que perdeu alguém, que sabia como era a dor! quem foi?

REBECA- Meu irmão.

RAQUEL- Eu sinto muito.

REBECA-Hoje é muito melhor falar sobre isso.

mas me fale de você, dona Raquel, o que faz da vida?

RAQUEL- Sou diretora de uma empresa, trabalho para o ramo de diamantes.

REBECA- olha, estou diante de uma imperatriz.

Nós começamos a rir juntas, a alegria de conversar com ela era nítido, ela fazia eu me sentir viva de novo.

RAQUEL- Casada?

REBECA- Não, digamos que não achei a mulher certa ainda.

espera! ela disse mulher certa? confesso que fiquei feliz em saber que ela tmb era lésbica.

RAQUEL- o que curte fazer?

REBECA- Na maioria das vezes estou trabalhando, confesso que a muito tempo não sei o que é sair.

ficamos conversando por horas, até que por fim estávamos bocejando.

RAQUEL- Eu vou tentar me deitar, e você, tenta descansar.

REBECA- Prometo!

ela me deixa no corredor, e quando me viro para falar com ela, ela esta tão proxima a mim que consigo sentir o seu hálito quente perto de mim.

REBECA- Até daqui a pouco, imperatriz

RAQUEL- Até doutora (falo rindo sem jeito)

me deito ao lado de minha filha novamente e não paro de lembrar o que acaba de acontecer. durmo com ela em meus pensamentos.

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