Sem Escolha
Hoje é mais um dia normal. Acordei, me arrumei e sai à procura de trabalho. E nada. Estou desesperada, pois o dinheiro que tenho já está acabando. A empresa que trabalhei dos meus 16 anos até agora fechou. Minha irmã Ana só sabe gastar, e nossa tia Berna joga tudo nas minhas costas. Sou muito grata a ela por tudo que fez por nós, mais acredito que tudo tenha um limite.
Volto para casa, e então Pólen, minha melhor amiga me liga:
- Olá bebê, como você tá?
- Bem amiga, e você?
- Bem... Encontrou algo hoje amiga?
- Não amiga. Não sei mais o que fazer.
- Calma. Se arruma e vem, mamãe e eu estamos esperando por você
- Obrigada amiga.
Os pais de Pólen tem uma lanchonete, pequena, mais muito aconchegante. Então sempre me chamavam para fazer um extra como garçonete, e eu sabia que era só pra me ajudar. E eu amava ir, atendida as mesas, e também ajudava no preparo dos alimentos, e isso era o que eu mais amava, principalmente quando eram panquecas. Então fui mais uma vez trabalhar lá, super feliz. Quando cheguei em casa, minha tia me esperava.
Berna - quanto você recebeu hoje?
Naya - porque tia?
Berna - porque precisamos pagar a água.
Naya - tá bom, aqui está...
Berna - preciso de mais um pouco, Ana tem uma festa pra ir esse final de semana, vamos comprar um vestido amanhã.
Naya - mais ela comprou roupas esses dias tia..
Berna - vai negar as coisas pra única irmã que você tem? Sangue do seu sangue?
Naya - Não tia. Eu só queria comprar algo também para estar bem apresentável nas minhas entrevistas e..
Berna - me dá logo
Naya - aqui está...
Depois, Berna saiu e foi para o quarto. Ana e Berna dormiam no mesmo quarto. Naya dormiu por muito tempo na sala até ela conseguir fazer um quarto pra ela.
Naya então se trancou no quarto, e logo dormiu. No dia seguinte, a mesma rotina de sempre, procurar emprego.
Ana estava saindo muito, e suas notas estavam cada dia pior. Naya então resolve falar com ela.
Naya - Você precisa se esforçar, não pode ficar assim. Imagina o que nossa mãe Falaria ao ver isso.
Ana revira os olhos, e então Berna fala:
- e quem você pensa que é pra falar assim com sua irmã? Se acha muito Santa né, igual a sua mãe. Era tão santa, que teve um pai pra cada filha.
Naya se retirou, foi pro quarto e trancou a porta. Ouvir isso era como uma facada para Naya. Ela então se sentou na cama e suspirou. Sua mãe sempre lhe contou que seu pai era um bom homem, um amor da adolescência, e que eles ficaram apenas uma vez. Mais assim que a família dele descobriu, o proibiu de se encontrar com ela outra vez.
Então ela nunca mais o ouviu, pois quando ela descobriu a gravidez, ele já estava morando longe. Naya suspira fundo, e se pergunta o porque que sua tia a trata tão diferente de Ana. Os pais delas morreram quando Naya tinha onze anos. Na verdade, ele era o pai de Ana apenas... Mais sempre foi tão bom com Naya, que ela acabou o chamando de Pai, e ele concordou. Naya não saiu do quarto nem para jantar, não sentiu fome.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Léa Maria
Iniciando 19/10/2024 - 14h
2024-10-20
0
Jack
Começando 22/09/24
2024-09-23
0
Glucck
Bora de mais uma.
2024-08-18
3