Capitulo 3

Fiquei em dúvida, mas, se ele me colocou sozinha nessa negociação era porque confiava em mim. Os meus colegas parabenizaram-me porque pela primeira vez durante seis meses meu chefe me colocou para negociar diretamente com um cliente.

Sentia-me vitoriosa e marquei um jantar de negócios. Tenho que mostrar que sei do que estou falando e convencer este cliente em fechar conosco.

Procurei o histórico da empresa, ramo e estudei tudo.Onde a empresa que trabalho pode ajudar. E não!fiquei de boca aberta quando soube que quem era dono daquela empresa era ele…Não......

Eu fiquei um ano longe dele, eu não vou-me sentir bem e isso não vai dar certo. Não pode ser...

Fui até a sala do meu chefe e bati na porta. Ele pediu para eu entrar e eu disse:

— Senhor, com todo o respeito não posso negociar com esse homem.

O meu chefe disse-me:

- Sei que não está acostumada com Isso, mas, se convencer está empresa em ser nosso cliente vou promover você.

A minha cabeça começou a doer e comecei a lembrar de tudo. Como que eu vou encarar depois de tudo que ele fez. Pedi um conselho para minha amiga e ela me disse que era para mim, agir normal, pois, com a forma que mudei ele não iria nem me reconhecer.

ajeitei-me e fui encontra-lo, espero que não seja ele nem aquela mulher.

Cheguei lá e para minha infelicidade era ele mesmo.Estava sozinho pelo menos isso. Fui até lá, fingindo que não conheço ele e cumprimentei a dizer:

— Senhor sou a Carla da empresa Confiança.

Estou aqui visando alavancar a sua empresa.

Ele ficou-me olhando e disse:

- Nossa, você parece-me tanto com uma pessoa, não pode ser você.

Eu disse:

— Com certeza, na verdade, não conheço o senhor. E falando da sua empresa eu tenho ótimas notícias.

Ele disse-me:

— Carla, é você? Como está diferente, quase não lhe reconheci.

Ta bom! ele descobriu-me e agora o que eu faço.A minha vontade é de sair correndo, será que eu faço isso?

Prefiro, ficar aqui, pois, o meu emprego depende disso. Então respondo:

— Que bom! vê-lo senhor, estou aqui porque a empresa que eu represento tem uma oportunidade para o senhor.

Ele disse:

— Entendi, está brava comigo e entendo-te. Porque fui um babaca com você.

Eu fiquei irritada e disse:

— Não estou aqui pelo pessoal e sim pelo profissional.

Ele disse:

— Sim, sente-se.

Sentei na cadeira e ele disse:

— Quer tomar algo?

Eu disse:

— Uma água por gentileza.

Ele pediu um vinho e eu fiquei apenas com o copo de água, torcendo para isso ser rápido.

Ele disse:

— Está muito bonita, senhorita Carla e fico triste pelo desfecho da nossa história.

Eu disse:

— Senhor, com todo o respeito. Quero falar apenas da empresa, não sobre um passado que para mim, está enterrado.

Ele disse:

— Sabe que não pode falar assim com um cliente em potencial como eu.

Eu disse:

— Na verdade, a sua empresa não está tão boa das pernas como diz. Precisa muito da nossa assessoria, pois vem lucrando menos nestes últimos meses.

Ele disse:

— Andou estudando sobre mim, senhorita Carla.

Eu disse:

— Gosto de saber dos meus clientes antes de negociar de fato.

Ele disse:

- Nossa, seu chefe deve estar bem orgulhoso de você porque eu estou.

Eu disse:

— Não estou aqui para lhe deixar orgulhoso, agora se me dá licença tenho que ir.

Ele disse:

— Não aprendeu que não deixa um cliente sozinho numa negociação.

Eu disse:

— É inválido quando o cliente é você.

Ele disse:

— Ainda se lembra dos nossos beijos e das nossas noites?

Eu disse:

- Passar bem senhor.

Que ridículo passar por isso, fui para a casa sabendo que vou ser demitida. Já mandei currículos em outros lugares e tinham ofertas bem interessantes.

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