Capítulo 8_ Um deus grego

Denise Andrade narrando

Saiu igual a uma louca no corredor indo até o elevador novamente apertando o botão para que suba mais rápido. Mais isso não parece funcionar

Então vou até a escada descendo as escadas em uma velocidade, que me surpreendi de não ter quebrado o pescoço no processo

Já na porta do prédio chamo um táxi que passava ali, pelo menos pra isso tenho sorte. Passo o endereço é peço para que vá o mais rápido possível

Ainda bem que estou de sapatos ou meus pés com certeza estaria doendo muito agora pela corrida que dei

-Chegamos Senhorita.

-Ah certo. Respondo pagando a corrida saído do carro

Estava tão distraída que não percebi quando o carro parou ali, corro mais uma vez para dentro do hospital indo até a recepcionista

-Heitor Barbosa

-É família?

-Sim. Respondo tentando recuperar o fôlego

-Ele está na sala de cirurgia, vá para sala de espera a namorada dele está lá, é só ir direto é virar a direita

-Ok, obrigado

Caminho em passos rápidos já que não posso correr dentro do hospital, quando viro a direita vejo a minha irmã sentada em uma cadeira com a mão no rosto de cabeça abaixada

-Estou aqui irmã. Digo quando já estou perto

Ela levanta a cabeça na hora é o seu rosto estava repleto de lágrimas, levantando vem até mim me abraçado

-Vai ficar tudo bem meu amor, não se preocupem tanto. Digo passando as mãos na suas costas tentando confortá-la

-Ele vai ficar bem, não é? Pergunta se afastando para olhar nos meus olhos. -Ele tem que ficar bem

-É ele vai ok. Respondo levanto minhas mãos ao seu rosto limpando suas lágrimas é a levando novamente para se sentar no sofá

Foi aí que percebi um homem sentando com uma bebê ao seu lado em um bebê dormindo

Mas quem era esse homem?

Ele parecia um deus grego, pele branca, porte forte, alto, coxas grossas, lábios finos, seus olhos azuis me encarando com intensidade, me deixando até nervosa. Ele levantar uma sobrancelha me olhando de cima a baixo

Certo acho que olhei demais

Desvio o olhar voltando a atenção para minha irmã que deitou sua cabeça no meu ombro agarrando a minha mão

-Me conte o que aconteceu. Digo passando meu braço sobre seu ombro é fazendo um leve carinho nos seus cabelos

-Eu estava falando em uma ligação, não sei exatamente o que ele estava fazendo só escutei quando gritou e logo depois um barulho, fiquei muito preocupada então continuei o chamado foi quando o senhor Williams me disse o que havia acontecido é tinha ligado para ambulância é trouxe ele para cá

-Senhor Willians?

-Sim, é ele. Diz apontando para o homem que estava dando atenção a menina que estava acordada agora. -O chefe do Heitor

Olho novamente para o homem sem conseguir acreditar que ele seja realmente o chefe do Heitor. Eu já tinha vistos o seu chefe e não era esse, com certeza minha irmã deve ter se enganado

-O senhor pode me dizer o motivo do acidente do Heitor? Pergunto olhando para ele

-Sua teimosia, esse foi o motivo. Responde Suspirando. -Sempre falei para deixar o serviço pesado para as pessoas que trabalham como seguranças que já estão acostumados com isso, mais ele com sempre impaciente resolveu fazer uma coisa que não deveria fazer, acabou tropeçando na escada quando estava subindo e caiu com duas caixas em cima dele

-O que havia dentro dessas caixas?

-Alguns livros

-Heitor não é tão fraco assim para cair tão facilmente….

-Bom aí não sei dizer quando cheguei já estava no chão é a sua irmã gritando no celular. Responde me interrompendo

Quando ia respondê-lo o médico chegou chamado por familiares de Heitor Barbosa

-Eu sou a namorada dele senhor. Diz minha irmã já de pé

-A cirurgia foi um sucesso. Respondi é todo mundo respirou aliviado.-Só que o senhor Barbosa quebrou a perna direita e deslocou o pulso esquerdo, conseguimos dar um jeito mas vou precisar que ele fique alguns dias aqui no hospital em observação é imobilizado, então peço que façam a ficha dele

-Tudo bem, eu cuido disso. Responde o Deus grego saindo dali com a bebê

Me pergunto o porquê essa criança está aqui, será que está doente?

Não pode ser filha dele né ou é?!

-Podemos ver ele senhor? Pergunta o médico

-Claro, mais ele ainda está dormindo por causa do sedativo então peço que façam silêncio

-Certo, só queremos vê-lo. Responde minha irmã

-Tudo bem, me acompanhe

O médico vai na frente enquanto vamos atrás, andamos só mais a frente no mesmo corredor parando na última porta

-Mais tarde volto para saber como ele está. Responde se retirando

Minha irmã entra primeiro olhando para seu namorado que dormia calmamente com sua perna engessada é a mão esquerda também com um pequeno gesso imobilizado seus dedos e o soro na sua mão direita

-Ah meu Deus. Diz minha irmã indo até ele beijando sua testa sentando na cadeira que havia ali indo para perto dele segurando a sua mão boa

-Vou pegar um café tudo bem.

Ela apenas concorda com a cabeça sem tirar os olhos de Heitor. Quando abro a porta do de cara com o deus grego

-Eu já ia bater. Diz abaixando a mão

-Pode entrar. Digo dando dois passos para trás

Ele não fala nada apenas entra junto com a criança que brincavam com uma pequena pelúcia. Sai quando ele já estava dentro fechando a porta, indo a procura da lanchonete do hospital, vou precisa de um café para enfrentar tudo isso

De alguma forma sinto um mal pressentimento com isso que está acontecendo

Quando achei compro o café é também mais dois para os que estava no quarto, caminho devagar até chegar lá abrindo a porta sem bater

-Cadê o homem?

-Ele foi embora, precisava dar comida a bebê, disse que voltava outra hora

-Hum, ok. Repondo fechando a porta. -Aqui trouxe pra você

-Obrigado irmã. Diz pegando o copo

Me sentei no sofá que havia no fundo é fico ali esperando o Heitor acorda

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