Capítulo 2 — Ciúme Fraterno

Na noite anterior...

Laura que estava beijando Estevão em um bar... Quando param de se beijar, ele pergunta:

— Vamos para algum lugar mais calmo Laura?

Laura estando curiosa, pergunta:

— Acabamos de dar nosso primeiro beijo, Estevão... Você já quer transar?

— O que que tem? Há algum problema nisso? Vamos a algum hotel...

— Eu não sei se devo...

— Você não gostou do beijo?

— Gostei, mas daí a terminar em um hotel... Não estou acostumada a isso...

— Você não é virgem, é?

— Claro que não!

Ela pensa...

"É como se eu fosse... Que vergonha! 25 anos e só tenho uma experiência e mesmo assim, péssima com aquele canalha"

— Então? Qual o problema?

— É que... Eu...

— Ok... Deixe-me te beijar mais um pouco... Que eu te convenço.

Eles se beijam mais uma vez e Felipe chegando, encontra os dois e os afasta quando bem bravo, diz:

— Sai de perto da minha irmã Estevão!

Laura olha assustada para seu irmão e Estevão pergunta:

— O que foi Felipe? O que está havendo?

— Não quero que mexa com a Laura...

Felipe que nesse momento está segurando ela pelo braço...

— Solte-me Felipe... Não faça isso!

Estevão mostra-se indignado e diz:

— Solte ela... Não estamos fazendo nada de mal... Ela é adulta.

— Eu sei o que você vai querer depois... Deixe minha irmã em paz. Com ela não!

Laura não entendendo, pergunta:

— O que você está dizendo Felipe?

— Ele te chamou para ir para algum hotel, não chamou?

— Sim... Mas...

— Fique sabendo que ele leva e tira fotos de mulheres lá... Isso quando não filma. Quem sabe o que ele faz depois...

Laura fica assustada e pergunta a ele:

— Isso é verdade Estevão?

Ele se defende dizendo:

— Pare de inventar história Felipe... Você não pode acreditar em tudo que ouve por aí, sou profissional.

— Está vendo Laura? Eu não estou inventando. Quem me garante que você não vai fazer o mesmo com a minha irmã? Com ela ninguém mexe! Entendeu? Ai de você, se encostar mais um dedo nela...

— Cara, nós somos amigos...

— Nunca fui seu amigo. Mexa com qualquer uma. Com a minha irmã, não!

Laura querendo se soltar, porém Felipe não deixa, diz a ele:

— Eu já sou maior, Felipe... Eu escolho se vou ou não... Tenho minha própria opinião.

— Você não vai e acabou... Vamos pra casa agora!

Estevão vendo que naquele momento não ia conseguir levar Laura consigo, diz:

— Quer saber? Eu é que não quero me meter em assunto de família... Depois conversamos Laura... Outra hora terminamos nosso assunto.

— Vai, vai embora mesmo... Arrume outra... Laura tem quem olhe por ela... E não vão conversar nunca mais se depender de mim.

Estevão vai embora...

— Ele já foi... Dá pra me soltar agora Felipe?

— Em casa... Quando chegar em casa eu solto você... Por enquanto não!

— Felipe pare com isso... Tem muita gente olhando...

— Por mim não faz diferença...

Felipe a leva até seu carro, abre a porta e a coloca a força dentro do mesmo.

Depois que ele entra, liga o carro, sai e durante a viagem...

— Eu não quero você beijando qualquer um por aí, você entendeu Laura?

Laura fica quieta...

— Responda. Entendeu?

Ela seriamente responde:

— Eu tenho pai e ele não é você. Portanto comporte-se como meu irmão somente e não com esse ciúme doentio.

— Não é ciúme Laura... É proteção. Eu só quero te proteger, você não percebe?Aquele cara só queria te usar... Queria apenas sexo.

— Arrume uma namorada e a proteja então. Mas pare de se meter em minha vida Felipe... Eu transo com quem eu quiser.

— Não mesmo!

Ele aumenta a velocidade do veículo...

— Diminua essa velocidade.

Ele mantém...

— Estou falando com você... Sempre que você está com raiva, você faz isso... Diminui Felipe... Vamos acabar sofrendo um acidente...

Ele diminui...

— Eu vou falar tudo pro nosso pai...

— Cheio de medo Laura... Muito medo mesmo...

Algum tempo depois quando chegam...

Eles entram... Laura chama por seu pai.

— Pai... Onde o senhor está?

Marta aparece e diz:

— Ele está na casa da senhora Júlia, Laura... O que está acontecendo?

Laura vai em sua direção e a abraça dizendo:

— Felipe, me viu beijando um amigo dele e está descontrolado... Até me machucou...

Marta a defende dizendo:

— Felipe... Pare com isso!

— Marta, ela não tem limites... A vontade que eu tenho é de dar uma surra nela às vezes...

— Nunca que você vai encostar um dedo em mim, nem meu pai faz isso...

Marta já sabendo como os dois são e que Felipe fala as coisas da boca pra fora, resolve acabar com a briga dizendo:

— Você Felipe, não sei... Você que merece uma surra e bem dada... Se eu tivesse forças, você iria ver agora se não iria apanhar...

Laura a olha e diz:

— Marta não fale assim com meu irmão...

Ela ri e fala:

— Sabia...

Eles riem...

— Desde crianças vocês fazem isso... Brigam, mas basta falar algo contra o outro um tantinho que seja que vocês entram em defesa um pelo outro na hora... Vem aqui Felipe... Nos abrace também...

Felipe vai até a elas... E fala:

— Vocês duas e nosso pai são as as pessoas mais importantes da minha vida... Ouviu Laura chata?

Ele a beija em sua testa...

— Ouvi Felipe intrometido...

Marta diz:

— Ah... Não, tudo de novo?

…

Voltando à manhã antes do café...

Felipe pega Laura ao telefone com Estevão...

— Sim, Estevão... Hoje a noite sem falta... Um beijo...

Laura que estava de costas, quando desliga, se vira e vê Felipe encarando ela...

— Felipe...

— Você vai ver quem você vai encontrar hoje... Ele é que não vai ser...

— Não se meta em minha vida!

— Sua sorte que sou seu irmão... Sua sorte...

Eles vão para o café...

…

Já no café novamente... Seu pai bate na mesa e diz:

— Conte essa história direito Laura!

Laura se assusta e diz:

— Acalme-se pai, é exagero do Felipe...

— Exagero? Você não estava beijando o cara? Estou mentindo?

— Sim. Mas não estava me esfregando... Eu o beijei, simplesmente...

Roberto preocupado fala à sua filha:

— Mais um motivo pra ter segurança.

Felipe concorda com seu pai dizendo:

— Perfeito pai!

Roberto vendo ela ainda triste, diz:

— Minha filha... Eu quero viajar e ficar em paz, sem problemas... Não se meta com qualquer um... Nesse caso, apoio seu irmão. Ainda bem que ele chegou a tempo... E um segurança vai ser importante nessas horas...

— Quero ver ficar se esfregando agora...

Laura olha para seu irmão com raiva e fala:

— Cale a boca Felipe!

Roberto por sua vez, diz:

— Calem a boca os dois!

Ele respira fundo e estando um pouco mais calmo diz:

— Você vai conhecer uma pessoa que valha a pena e que Felipe não vai nem ligar, você vai ver...

— É isso que eu falo pra ela pai... Quando aparecer o cara certo, eu não vou me incomodar... Só não quero ela em mãos erradas.

— Para Felipe, não piore a situação. Está difícil conviver com seus ciúmes...

— Se você encarasse como proteção, ao invés de ciúmes, seria menos difícil...

Roberto, afrouxando a gravata fala:

— Chega! Estou passando mal...

Os dois preocupados vão acudir o pai...

— Pai...

Roberto vê a preocupação deles, ri e diz:

— Que bom que ainda se preocupam comigo...

Felipe fala:

— Pai, não faz isso. Não tem sentido. Não brinque desse jeito...

— Concordo com meu irmão. Não tem sentido algum fazer isso. Nem por brincadeira pai.

— Isso que eu queria ouvir... Um concordando com o outro... Agora sim, estão de parabéns...

Felipe olhando para Laura diz:

— Eu amo essa teimosa. Só quero o melhor pra ela...

— Também te amo Felipe, mas pare de me tratar com esse ciúme todo... Eu não ia para nenhum hotel com ele...

— Claro que você ia... Do jeito que está fácil...

— Claro que não!

— Você não sabe o que faz.

— Você que não me conhece Felipe...

— Não. Sou teu irmão e conheço cada ação sua.

Roberto vendo a cena se repetir, respira fundo, sai e deixa os dois discutindo à mesa... Eles nem percebem que Roberto já não está mais ali...

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