o primeiro encontro...

o velho já queria alguma oportunidade para me humilhar, como encontrou prontamente ele começou, sem me deixar explicar que foi o cliente que por acidente foi que esbarrou em mim, e não o contrário...

- ragazza maledita, como lucrar se uma imprestável como você só trás prejuízo... estas xícaras sairão do seu salário, aliás da sua recisão, sua preta imunda!

- você não tem direito de falar assim com ela!

( disse o homem conseguindo ser mais autoritário ainda do que o velho )

- não se meta seu maledito, que é você?

- kilian Torres, e quanto as xícaras eu que quebrei eu que as pago... poderia até comprar esse muquifo se quisesse mais o que eu faria com ele depois? agora sobre seu chilique.. pode procurar um bom advogado para responder por injuria racial, racismo e segregação, mais eu duvido que encontre um advogado melhor que os meus...

pela primeira vez vi aquele velho nojento, ficar pálido como papel... imagino só, ele encontrou um cachorro que late mais alto que alto que ele... eu pensei!

Em outro tempo da minha vida eu teria ficado pasma e toda derretida por ele, já que parece sem um pessoa importante é muito atraente e me defendeu de maneira nobre, pois eu bem sei que mesmo a capa sendo se fato dele, um rico jamais admitiria ser culpado de nada para livrar um funcionário qualquer...

aceno com a cabeça em gratidão, tiro o avental d cintura e jogo em cima de uma cadeira, e me dirijo a saída... vou caminhando pela calçada e só agora que passou a adrenalina da quelé momento é que percebi que estou na rua... sem emprego e com uma semana de trabalho a decisão é uma mixaria, coloco minhas mais no rosto e deixo as lágrimas escaparem, meu Deus eu não podia ficar sem emprego e não é nada fácil encontrar um...

Rian Torres

Saio da quela cafeteria imediatamente, pois antes quem não queria ser reconhecido acabou de se apresentar em público afim de humilhar um comerciante...

sigo e noto que a frente está aquela bela mulher do café, ela nitidamente está chorando e não sei explicar o porquê, eu nem ao menos a conheço mais eu me sinto triste por vê-la assim... eu sei que foi culpa minha toda aquela humilhação, as coisas que aquele velho disse feririam a dignidade de qualquer um... certamente é por isso que ela chora....

me aproximei e disse...

-me acompanha a um café?

-nem me fale em café, disse enxugando as lágrimas...

- não aquele, um capuccino de verdade... em uma cafeteria descente!

- desculpe, eu não posso... eu não....

- eu pago, vamos... vou ficar me sentindo mau por toda a quela humilhação como se eu próprio tivesse feito a você, se não me deixar compensar a quele acidente....

- está bem... mais não pode ser muito longe! tenho hora para chegar em casa!

- tudo bem é aqui bem pertinho...

seguimos caminhando em silêncio até que paramos em frente a um linda cafeteria, muito linda e de faixada bem trabalhada... nem parece aquele muquifo como ele mesmo disse... fiquei como boba admirando a beleza da quele lugar e nem percebi que parecia uma retardada para alí...

- vem...

ele disse me puxando pela mão

e quando nossas mãos se tocaram sentí como um choque, tipo uma corrente elétrica começando pela mão e se espalhando por todo o meu corpo, então eu subitamente só puxei a mão de volta... ele percebeu meu incomodo e disse..