Naquela noite Bárbara só queria sair e beber, ela sabia que teria muito trabalho pela frente para conseguir novos clientes e fechar novos contratos, pois apesar de serem fortes no ramo dos vidros, teriam que trabalhar o triplo para cobrir o rombo nas contas. Apesar de ouvir de seu pai que não poderia gastar desnecessariamente, considerava aquele um ótimo motivo para gastar, precisava relaxar um pouco!
Bárbara se arruma impecavelmente, assim que chega à mansão onde morava, sobe para seu quarto, tira suas roupas jogando no chão peça por peça, pois algum empregado certamente recolheria, se dirige até o banheiro e prepara sua banheira para relaxar um pouco. Lá, ela usa seus sais de banho importado e espalha pétalas de rosas na água. Queria que a noite fosse perfeita.
Depois de muito tempo relaxando na banheira, ela sai e começa a se arrumar, começa primeiro pela maquiagem feita com precisão, destacara os olhos apenas pois suas joias já chamariam muita atenção. Ela escolhera um belíssimo vestido verde esmeralda muito colado ao corpo, ele possuía um decote acentuado na parte da frente, e as alças eram finas, nas orelhas colocara brincos de esmeralda para combinar com o vestido, e nos pés, uma delicada sandália de salto agulha e com apenas uma tira. Seus cabelos foram escovados impecavelmente, fazendo cachos largos apenas nas pontas. E por fim, passou seu perfume preferido, era um perfume extremamente sensual que mandara fazer especialmente para ela, ninguém tinha um igual, afinal gente rica gosta de exclusividade.
Ela se admirava no espelho e só conseguia ver o quanto era linda e o quanto seu corpo era perfeito, enquanto se observava, pensava que com aquela aparência, poderia certamente ser confundida com uma modelo internacional.
Desde pequena sua mãe havia a ensinado que tinha que se aproximar de pessoas tão ricas quanto ela ou até mais. Chiara ensinara sua filha que status era importante e que uma mulher sempre deve procurar por um bom marido RICO. Ensinara também que o valor das pessoas se mede pela conta bancária, e Bárbara crescera confortavelmente em sua bolha social, onde gente rica só se relacionava com gente rica.
Bárbara havia namorado muitos homens, porém nenhum havia feito seu coração bater mais forte, ou se encaixava em seus padrões, afinal era difícil atender a todos os requisitos que ela exigia: de bilionário para cima, gostoso, sorriso matador, cheiroso, bom de cama, romântico, e que a mimasse bastante, e claro, um homem que ela pudesse mandar.
Ela era uma cópia de sua mãe, se preocupava apenas em ter tudo do mais caro possível, a única diferença entre as duas, era que Bárbara tomara gosto pelo trabalho, pois amava ver o dinheiro se multiplicando, já sua mãe, era a personificação da futilidade.
Bárbara só queria esfriar a cabeça, pois no dia seguinte teria que começar a procurar mais clientes e achar uma solução para resolver a situação, mas naquela noite só queria se divertir.
Ela chega a um restaurante muito badalado onde só frequentavam pessoas da alta sociedade, o restaurante possuía ainda uma boate e ela havia ido direto para lá.
Se movia na pista de dança freneticamente, dançava e bebia ao mesmo tempo, misturava uma bebida em cima da outra como se não houvesse amanhã. Seu corpo se movia ao mesmo ritmo das batidas e as luzes coloridas da boate a deixavam enjoada, ou talvez o enjoo fosse por misturar tantas bebidas como estava fazendo.
Vez por outra alguns homens dançavam com ela e Bárbara não perdia a chance de se insinuar para eles, afinal ela gostava de joguinhos e de se sentir desejada.
Horas se passaram e ela já havia bebido demais, já não conseguia parar em pé, seu corpo apenas ia no automático, ia trançando as pernas até a porta, e tentava caminhar em direção ao estacionamento.
No momento em que chega ao seu carro, ela tenta abrir a bolsa para procurar a chave, porém sem sucesso, apesar de estar com uma minúscula bolsa, não conseguia nem ao menos abri-la direito.
Homem: Acho que é uma irresponsabilidade você querer dirigir nesse estado, venha comigo, eu a levarei para casa. – diz um homem atrás dela.
Bárbara: Eeeeiiiii.......nem peeensssssaar.........eu neemm te co-co-nheee-ço!
Homem: Você está completamente bêbada! E esse bafo? Vou acabar ficando bêbado só em sentir esse cheiro, vamos, eu a levarei para casa, estive te observando a noite toda, e você misturou muita bebida. Me informei na boate e como quase todos aparentemente te conhecem, me disseram onde mora. Vamos no meu carro, amanhã você busca o seu.
Sem ter tempo de dizer nada, Bárbara é conduzida até o carro do homem misterioso, ela não conseguia raciocinar direito, apenas entra e se senta no banco da frente, assim que o homem entra no carro, suas narinas se inundam com um perfume muito familiar, ele cheirava a riqueza, certamente ele era um homem rico, pois reconhecia aquele perfume, e somente homens ricos o usavam. Bárbara acaba adormecendo, mas não tinha ideia se estava segura com aquele desconhecido.
Bárbara acorda na manhã seguinte e abre os olhos lentamente, sua cabeça rodava sem parar, o estômago estava embrulhado, se recordava vagamente de um homem ter a levado para casa, porém não se recordava como havia entrado em seu quarto e como havia deitado em sua cama.
Ela lembrava apenas daquele perfume delicioso, era uma mistura de cacau, fava tonka, baunilha, frutas secas, flor de tabaco, era o perfume perfeito, ao mesmo tempo que era um cheiro másculo, e forte, certamente ele usava Tobacco Vanille, tinha quase certeza, afinal sabia reconhecer um bom perfume.
Vagarosamente Bárbara se levanta e vai tomar um banho, se arruma impecavelmente e desce para o café da manhã, certamente seus pais já estavam à sua espera na mesa, pois tinham o costume de tomar café todos juntos na mansão.
Ela não via a necessidade de morar em outra casa, pois tinha a liberdade para fazer o que queria, sem contar os privilégios de se morar numa mansão daquelas, tinha muitos empregados, mordomias, conforto e claro, muito luxo, e afinal de contas era filha única, então de certa forma seria tudo dela um dia.
Bárbara desce as escadas com cautela, pois sua cabeça girava, ainda de cabeça baixa e com os olhos semiabertos por conta da dor de cabeça, ela vai para a mesa e se senta no seu lugar de sempre, assim que levanta seus olhos, se surpreende por estar à sua frente um estranho, mas somente seu rosto era estranho, pois seu cheiro era irreconhecível!
Giuseppe: Bom dia minha filha, não vai cumprimentar nosso convidado?
Bárbara: Convidado? Quem é ele? – pergunta em tom ríspido.
Homem: Bom dia para a senhorita também! Não me reconhece? Eu a trouxe para casa ontem, ou melhor hoje de madrugada, como eu preferi te “entregar” pessoalmente ao seu pai, ele veio te receber, eu te levei em meus braços até o seu quarto e a coloquei na cama.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
Carla Coelho
😂😂😂😂😂😂 Alguém avisa que não existe estes Homem na vida real só de inteligência artificial. tadinha agora tô com pena dela muito iludida 🥹
2025-04-30
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Carla Coelho
A humildade marcou um encontro com você para ficar na sua vida ,porém passou na rua de Ferrari e esqueceu de você Bárbara 😱😧😤😢
2025-04-30
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Carla Coelho
Eu acho um absurdo deixar coisas espalhadas para outros tirarem do chão falta de educação e respeito com os funcionários 😧😤😢 .
2025-04-30
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