o início...Marina contando...

Estamos em 2022...O ano em que tudo é inovador, a tecnologia avançando cada vez mais, a era virtual então nem se fala..

Para que vocês possam me conhecer melhor , vou me apresentar a vocês,

Sou Marina Rodrigues, estou no auge dos meus 25 anos, poderia dizer que moro na casa de meus pais, mas sem eles pois os perdi em um trágico acidente de carro há dois anos atrás..

Dois longos anos que virou minha vida e meu corpo de cabeça para baixo...

Antes eu era linda..eu tinha prazer em me olhar ao espelho...Roupas para sair então? Tinha diversas que eu poderia escolher e ficar incrívelmente maravilhosa, mas isso foi antes...

Antes de tudo acontecer na bela noite depois da ceia de natal na casa do único parente rico da família de meu pai, meu tio Ricardo Agostini, fossemos meu pai , minha mãe , benjamin e eu embora no cair da madrugada para nossa casa que ficava a uns bons quilômetros de distância dali..

Meu pai estava atento ao volante até por que não havia ingerido nada de bebida alcoólica pois sabia que tinha que voltar em plena segurança..

Benjamin e eu estávamos no banco de trás...Ele jogando seu jogo favorito em seu celular e eu estava ouvindo meu IPOD, quando tudo de fato aconteceu..

Foi tudo tão rápido que não deu tempo nem de processar o que tinha acontecido..

Em um segundo eu cantarolava o novo single de Adele em meu iPod para no seguinte eu só vir a acordar no hospital cheia de fios em meus braços, com minha perna quebrada bem como uma das minhas mãos também...

Papai vinha devagar pela estrada e quando chegou a um determinado ponto ele teve de fazer uma curva de acesso a outra parte da rodovia que levava ao caminho que tínhamos que seguir quando ao terminar de fazer a curva, algo nos atingiu de um modo tão forte que o nosso carro rodopiou algumas vezes e foi projetado para fora de um cercado de proteção caindo. Um barranco...

A vaga lembrança que tenho as vezes é de ter visto minha mãe com metade de seu corpo prensado entre a parte da frente do carro e uma árvore que foi aonde colidimos, e logo não avistar o meu pai...

Benjamin estava preso ao cinto de segurança gemendo de dor em suas pernas..

Eu consegui me me soltar e me arrastei para fora do carro para poder solta- lo também quando minha última lembrança antes de mergulhar em uma escuridão foi a dele gritar ...

- naaaaaaooooooo....

Logo fui tragada por um abismo...uma escuridão me envolveu em um silêncio acalentador que só fez eu despertar depois de ter sido praticamente toda remendada no hospital..

Quando acordei, estava no quarto..Vi meu irmão chorando nos braços da tia Janet, bem como meu tio Ricardo também visívelmente abalado..

Logo que eles perceberam que eu acordei, eu já fui perguntando sobre o que tinha acontecido e aonde estava meus pais, e ali eu recebi a pior de todas as notícias mais devastadoras para um filho...

Foi meu tio Ricardo o porta voz da notícia mais destruidora de minha vida cuja qual abriu a porta para o início de minha destruição física e emocional...

Após o enterro de meus pais, Ben e eu voltamos para a casa que antes nos enchia de amor , e agora só nos levava a dores e lágrimas..

Poucos dias depois de tudo que aconteceu, outra perda me deixou arrasada..

Benjamin passou no seu tão sonhado vestibular e iria estudar em outra cidade me deixando sozinha no momento mais difícil de toda a minha vida..mas por ser algo benefício para ele eu o apoiei em sua partida garantindo a ele que ia ficar bem...